Category: Santos

Santa Teresa D’Ávila

Nascida em Ávila, na Espanha, no dia 28 de março de 1515,Teresa teve uma educação bem orientada e muito cuidada pelos pais. Tinha gosto pela leitura de histórias de santos, chegando a sair de casa com seu irmão para dar a vida por Cristo tentando evangelizar os mouros.

Teresa já mostrava a sua vocação desde cedo. Ainda criança, ela era fascinada pelas histórias dos santos, principalmente por seus martírios. Após a morte de sua mãe, seu pai a levou para estudar no Convento das Agostinianas de Ávila. Depois de ler as Cartas de São Jerônimo, disse a seu pai que iria se tornar religiosa. Mesmo com a reprovação do pai, ela partiu para o Convento Carmelita de Encarnacíon, em Ávila.

Após 25 anos no Carmelo, pede permissão ao provincial, padre Gregório Fernandez para fundar novas casas, com uma vida mais austera e com menos irmãs, visto que onde ela morava haviam mais de 200 freiras.

Apesar da maioria ter ido contra sua proposta, Santa Tereza continuou com sua missão e fundou várias casas, com o apoio de 2 frades carmelitas. Deixou para São João da Cruz a missão de continuar fundando novos conventos, escrevendo ele, também, a pedido de Santa Tereza, as regras para os mosteiros masculinos.

Santa Teresa realizou uma grande reforma na Ordem das Carmelitas Descalças e fundou vários conventos, com uma rígida forma de vida, trabalho e silêncio. Santa Tereza foi considerada muito inteligente, e deixou vária obras escritas, como o Livro da Vida, o Caminho da Perfeição, Moradas e Fundações entre outros.

Com uma forte doutrina que dirige a alma até uma espiritualidade com Deus, no centro do Castelo Interior, com base na espiritualidade carmelita, escreve os quatro degraus da oração: o recolhimento, a quietação, a união e o arrebatamento.

Santa Teresa nos ensina que devemos seguir nosso coração na busca da construção do Reino de Deus e que devemos nos entregar sem medo à vocação que somos chamados, sendo sempre confiantes e participativos no processo de evangelização.

– Jhuliano Oliveira

São Francisco de Assis

São Francisco de Assis, nasceu no dia 5 de julho de 1182, ficou conhecido como o santo dos Italianos, e aos seus 24 anos tomou a iniciativa de renunciar a toda riqueza para se dedicar a “Senhora Pobreza”.

Jovem alegre, apreciador da música e das festas, com bastante dinheiro para gastar, tornou-se um ídolo entre seus companheiros. Adorava banquetes, noites de diversão que se estendiam pelas noites e cantar serenatas para as belas damas de sua cidade. Tinha o desejo de ser “herói” e por isso alistou-se, em 1202, como soldado na guerra de Assis contra a Perugia. Foi capturado e passou cerca de um ano preso, à espera de ser resgatado.

Tudo mudou quando, em Assis, num dia simples, mas muito especial, Francisco recebeu seu chamado durante uma festa com os amigos, onde foi tocado por Deus e desde então começou a perder o interesse pelas diversões e desejos mundanos.

Aos 25 anos, em um momento em que Francisco rezava sozinho na Igreja de São Damião, em Assis, sentiu que o crucifixo falava com ele, repetindo por três vezes a frase: “Francisco, repara minha casa, pois olhas que está em ruínas”. Francisco vendeu tudo o que tinha e levou o dinheiro ao padre da Igreja de São Damião, e pediu permissão para viver com ele.

Partindo em missão de paz em alegria ao Cristo pobre, casto e obediente, São Francisco trabalhava no campo, pregava, visitava e consolava os doentes. Por seu amor aos pássaros e dedicação à natureza também ficou conhecido como o padroeiro dos animais.

São Francisco de Assis manifestava seu amor a Deus por uma alegria imensa, que se expressava muitas vezes em cânticos ardorosos. A quem lhe perguntava qual a razão de tal alegria, respondia que “ela deriva da pureza do coração e da constância na oração”.

Chamava a todas as criaturas de Deus de irmãos, e se considerava a menor delas. Até hoje é um dos santos da Igreja mais devotados, santidade esta, que foi firmada desde que ainda estava em vida, sendo conhecido por muitas pessoas e chamado de santo ainda em vida.

Que sigamos os ensinamentos de São Francisco e possamos olhar o próximo como filhos dEle, e que estejamos dispostos a ouvir seu chamado para espalhar o amor e a palavra de Deus que nos alegra e nos dá vida.

– Jhuliano Oliveira

SÃO JERÔNIMO, Doutor da Igreja de Cristo.

No mês de setembro, tradicionalmente dedicado a Bíblia Sagrada, nós somos chamados a conhecer melhor a pessoa de São Jerônimo que, entre outras coisas, foi um homem que marcou os primeiros séculos da nossa Igreja, por ter manifestado em sua vida um grande amor pelo Cristo e pela Sagrada Escritura.

Jerônimo revisou o texto grego do Novo Testamento e traduziu o hebraico do Antigo Testamento, oferecendo à Igreja um texto que logo se propagou e foi chamado de Vulgata latina. Este texto tornou-se oficial com o Concílio de Trento e permaneceu com grande autoridade até a realização do Concilio Vaticano ll.

Por sua veemente defesa da fé, nós aprendemos com São Jerônimo que é necessário que todos os batizados conheçam a Palavra de Deus que está expressa na Bíblia Sagrada, para que possam chegar ao conhecimento perfeito de Jesus Cristo, pois, como ele nos ensina: “A Bíblia é o instrumento com o qual todos os dias Deus fala aos seus fiéis”.

Pela leitura e pelo estudo da obra que São Jerônimo nos legou, nós percebemos que a Bíblia é, para todos nós, um alimento para a vida espiritual, uma imprescindível matéria para o estudo diário e uma grande fonte de argumentos para a defesa da fé. No cotidiano da fé, na leitura orante das Sagradas Escrituras, todos e cada um de nós podemos nos questionar:

“Que podemos nós aprender de São Jerônimo? Penso, sobretudo, o seguinte: amar a Palavra de Deus na Sagrada Escritura. Diz São Jerônimo: ‘Ignorar as Escrituras é ignorar Cristo’. Por isso é importante que cada cristão viva em contato e em diálogo pessoal com a Palavra de Deus que nos é dada na Sagrada Escritura… Devemos ler a Sagrada Escritura não como palavra do passado, mas como Palavra de Deus que se dirige também a nós e procurar compreender o que o Senhor nos quer dizer”. (Papa Bento XVI, Audiência, em 07 de novembro de 2007.)

São Jerônimo, rogai por nós.

José Luiz Gazal  

PADRE PIO

Francesco Forgiane (futuro Padre Pio de Pietielcina), nasceu no dia 25 de maio de 1887. Nasceu em Pietielcina, Província de Benevento, ao sul da Itália.

Desde a sua infância, Francesco recebia graças excepcionais sem que ninguém a sua volta pudesse suspeitar. As aparições de Nossa Senhora, Jesus e o Anjo da Guarda e, os êxtases tiveram início quando ele tinha apenas 5 anos. Contudo, também aos 05 anos, foi alvo dos ataques do demônio. Aos 09 anos, praticava a mortificação, abstendo-se de alimentos sólidos e líquidos e, dormia sobre o chão, reclinando a cabeça sobre uma pedra que servia de travesseiro.

Em outubro de 1902, com 15 anos, solicitou ingressar na Ordem Franciscana, no ramo capuchino. A 06 de janeiro de 1903 foi admitido no noviciado de Morcone, recebendo o nome de Frei Pio. Ele escolheu este nome porque muito admirava São Pio V, bem como o Beato Pio IX. No dia 10 de agosto de 1910 foi ordenado Sacerdote na Catedral de Benevento. A 14 de agosto, celebrou em Pietielcina sua primeira Missa Solene. Dormia não mais que 3 ou 4 horas. Acordava geralmente às 3h30min da madrugada para rezar até o horário da Santa Missa às 5h. Permanecia semanas inteiras em jejum. No final desse período, seu peso não diminuía.

Vez por outra, tinha problemas de saúde. Doenças misteriosas que num dia o acometia com febre elevadíssima (48º C), fortes crises de asma, bronquite, enxaqueca, dores de cabeça, e no seguinte amanhecia curado e bem-disposto. Padre Pio era vítima da fúria diabólica, mas sempre se mostrou um corajoso guerreiro de Deus, imbatível, lutador contra as forças do mal. Sua vitória estava sempre no número incontável de almas que levava para Deus.

Desde o ano de 1910, Padre Pio já sofria os estigmas visíveis apenas como manchas avermelhadas na palma das mãos e na planta dos pés, acompanhadas de dores agudas.

No ano de 1915, as manchas das mãos, abriram-se em feridas doloridas, aparecendo e desaparecendo periodicamente. No dia 20/09/1918, ocorreu a estigmatização externa. Ele estava no coro da Igreja Santa Maria das Graças, em San Giovanini Rotondo, rezando em ação de graças após celebrar a Santa Missa. Estava diante de um crucifixo quando recebeu os estigmas. Eram 5 chagas: mãos, pés e um ferimento do lado esquerdo do tórax em feitio de cruz, chaga que vertia Sangue continuamente. Entretanto, após sua morte foi descoberto uma ferida no ombro direito. Esses estigmas permaneceram por 50 anos no corpo de Padre Pio, sob condições estáveis, isto é, sem piorar nem melhorar, nunca inflamadas ou infeccionadas.

Jesus permitiu que Padre Pio também sofresse Sua coroação de espinhos e Sua flagelação que se intensificavam de 5ª feira a sábado, sobretudo na Santa Missa.

Padre Pio tinha muitos outros dons e carismas além da transverberação do coração, dos estigmas, dos êxtases, das visões celestiais e do jejum prolongado, como por exemplo: Bilocação; Dom de Línguas ; Perfume (odor de santidade) – o sangue das chagas de Padre Pio era límpido e destilava um suave aroma; Perscrutação de corações; Luminosidade e Levitação.

Padre Pio amava os pecadores, mas era intransigente e severo com o pecado, a ponto de negar a absolvição para muitos. Ele via nos olhos quando as pessoas não estavam arrependidas de seus pecados (dom de prescrutar os corações e as consciências). Porém, as pessoas que eram repreendidas, sentiam compulsão no coração. Elas voltavam e eram profundamente tocadas no coração. O demônio tentou Padre Pio aparecendo-lhe como um ser horroroso e repugnante; ora como um sedutor sob a forma de uma mulher que dançava nua, ora sob a forma do Papa São Pio X, de seu anjo da guarda e de São Francisco.

As vezes o demônio aparecia e o espancava. Em outras oportunidades torturava Padre Pio com barulhos ensurdecedores de caráter preternatural; e as vezes como sugestões internas insufladas como vozes não sonoras, para leva-lo a pecar. Mas em todas as ocasiões ao invocar o santo nome de Jesus ou santo nome de Maria, Padre Pio livrou-se das ciladas do maligno. Era fascinado pela perfeição de Maria Santíssima, promovendo-lhe o culto, apontava Nossa Senhora como modelo divino a ser seguido. Segundo ele, a exclamação “Viva Maria Imaculada” é uma palavra de ordem para desmascarar o demônio, disfarçado de um anjo de luz, enganando as almas.

Padre Pio amava o próximo e se preocupava muito com os pobres e doentes. Teve a inspiração de construir um hospital gratuito que pudesse atender a todos e, as suas necessidades mais urgentes. Padre Pio não queria que se chamasse hospital, clínica ou casa de saúde, por isso recebeu o nome de “CASA ALÍVIO DO SOFRIMENTO”. Queria que fosse lugar de oração e de ciência, onde cada doente seria reconhecido como o próprio Jesus. A inauguração da casa se deu a 05/05/1956, com a benção de Papa Pio XII. Atualmente, é um dos hospitais mais importante da Itália, cidade de San Giovanni Rotondo.

Nos últimos momentos de vida Padre Pio pediu para confessar-se e renovar seus votos religiosos. Repetia, com a voz cada vez mais fraca: “JESUS…MARIA…JESUS…” Padre Pio faleceu aos 81 anos no dia 23/09/1968. Padre Pio foi beatificado a 02 de maio de 1999, e a 16/06/2002 o então Papa João Paulo II, proclamou-o SANTO. Padre Pio profetizou que o jovem Karol Woytyla se tornaria Papa. João Paulo II relatou que durante um encontro com Padre Pio (quando ainda era um jovem padre), este o olhou em seus olhos e disse: “Você será Papa, mas haverá sangue e violência.”

Comunidade de Aliança Adoradores do Coração de Jesus Itu-Sp.

Referências :

  • Padre Pio – “Seus Milagres, seus carismas, sua vida” – Giovanni Cavaganni
  • Quem é Padre – Pio Lilá Sant’anna
  • Padre Pio – Breve história de um Santo – Gabriele Amorth

São Mateus, Apóstolo e Evangelista

Então… “Segue-me, Tu” (Mt 9,9).

Mateus, um dos doze apóstolos de Jesus, é também autor do Evangelho de Mateus. Era um publicano, portanto, cobrador de taxas e impostos a serviço do Império Romano. Considerando o ofício que desempenhava, o apóstolo Mateus provavelmente era uma das pessoas mais cultas entre o grupo dos discípulos de Jesus, mas também, da classe de trabalhadores desprezada pelos demais judeus que os reputavam praticamente como traidores de seu próprio povo, pois, enriqueciam ilicitamente, especialmente, a custas dos pobres. Jesus encontrou Mateus “sentado na coletoria”, ou seja, na alfândega, nas proximidades de Cafarnaum, e lhe ordenou que O seguisse (Mt 9:9).

Qualquer pessoa pode perguntar-se: “Como pode Deus estar presente em certos ambientes, como o de Mateus, tão repugnantes, maus ou perversos, em certas situações injustas como a vida vivida pelo publicano Mateus?”. Jesus se encontra ali para curar, para salvar: “Quero misericórdia e não sacrifício”.

Todo o Evangelho, quando se trata de Deus, nos urge para que saibamos ultrapassar a noção de justiça e descobrir a Misericórdia infinita de Deus pelo pecador. Deus não se cansa de perdoar e de se encontrar com os pecadores, os perdidos da vida para salvá-los, pois Jesus, o Deus-Conosco, veio para chamar, salvar os arrependidos. Jesus chama Mateus para segui-lo: “Segue-me” (Mt 9,9). E ele o segue (Mt 9,9).

O termo “seguir” (akoloutheo, em grego), em sentido próprio significa “ir atrás de alguém”. No sentido figurado significa “ser discípulo”, “ir em seguimento de alguém”. Seguir significa andar, avançar, ver mais, aprender mais. Quem andar, quem caminhar, vai encontrar muita coisa no caminho. Portanto, Seguir Jesus é romper com todo o passado, é abandonar-se no Amor, no Chamado do Pai. Pra isso, Jesus exige o desapego total: renunciar às riquezas e à segurança, deixar os familiares (Mt 8,19-22;10,37;19,16-22), sem esperar o retorno (troca ou retribuição). Ao exigir de seus discípulos esse sacrifício, Jesus se revela como Deus, única garantia, e revela integralmente até que ponto vão as exigências de Deus. Pode ser que seja até o sacrifício da cruz e até se sentir abandonado pelos outros, como Jesus sentiu (Mt 26,56).

E nós? O que significa para nós hoje seguir a Jesus? Quem é Jesus a quem seguimos? Conseguimos ouvir a voz que chamou Mateus e nos tornar discípulo de Jesus?

No decorrer de toda nossa existência nos defrontamos com toda sorte de crise moral, espiritual, mental, vocacional, social familiar, profissional… difícil como a crise existencial do publicano Mateus, ou quem sabe, até pior do que isso. Diante de nossos anseios e buscas pessoais, também nos deparamos, nesses tempos, com as consequências da Covid-19, uma pandemia mundial que tantas perdas e angustias trouxe a humanidade. Mas também exigências e atitudes concretas de cuidados, consigo, com os demais, com o todo…

Urge parar para ouvir a voz do Senhor que novamente, insistentemente, nos chama: “Segue- me!”. Esta voz deve ressoar em todas as situações de nossas vidas. Jesus nos chama para a liberdade de filhos e filhas de Deus a fim de sermos instrumentos da misericórdia divina para os demais. Como São Mateus, devemos seguir a Jesus acreditando em seu projeto de relações humanas e sociais baseadas na justiça, no amor, na fraternidade e no perdão pra si, para os demais. Percebendo-nos filhos e filhas de um Pai Amoroso, mas conscientes que viver segundo o projeto de Jesus é estar pronto a mudança de planos, a viver até o martírio. Quem se propõe a seguir Jesus esteja pronto também para viver a bem-aventurança das perseguições (Mt 5,10s).

Não sabemos como as pessoas têm olhado para você, se a sua vida é marcada por rejeição, se a sua reputação é boa ou não diante das pessoas. No entanto, o que devemos saber é que Jesus não está olhando para mim, para você para condenar, mas sim para amar, salvar e transformar a minha, a sua, nossas vidas para sempre. Jesus vê em você o que ninguém consegue ver: a possibilidade de restauração da sua vida, a possibilidade de lhe transformar em um discípulo frutífero. Antes da visão de Jesus, Levi era um publicano de má fama. Após a visão de Jesus, Levi se transforma em Mateus, o Discípulo de Jesus.

Qual será hoje nossa resposta? Conseguimos ouvir a Voz que chamou Mateus e nos tornar também hoje, Discípulos de Jesus?

Para refletir melhor:

No chamado para mudar de vida…

  1. Entenda que Jesus VÊ em VOCÊ o que ninguém VÊ

    “Jesus saiu e viu um publicano chamado Levi…”

    Jesus enxergou na vida de Levi aquilo que ninguém mais conseguiu enxergar. Quando analisamos esse verso com muita atenção, vemos que Lucas utilizou um verbo no grego para a palavra “viu” que significa – “olhar, observar, ver atentamente, contemplar com admiração”. Chamou-me a atenção os dois últimos significados. Ver atentamente e contemplar com admiração. E, analisando a cena, a conclusão é de que Jesus olhou para Levi não para enxergar suas falhas, seus pecados, sua deformação no caráter, seus traumas de rejeição, mas sim para ver seu grande potencial, afinal, Jesus o transformaria em seu discípulo.

  2. Aceite o CONVITE para SEGUIR a Jesus

    “e disse-lhe Jesus: : “Siga-me…”

    Jesus viu Levi, e, logo em seguida, o chamou. Foi um chamado curto, mas decisivo: “siga-me”. A palavra grega utilizada aqui é literalmente: “venha para o meu caminho” ou “vamos agora caminhar juntos?”. Ao aceitar esse convite Levi deixaria de andar em seus próprios caminhos, para andar nos caminhos de Jesus. Não há convite mais sério do que esse. Mas, no contexto do Novo Testamento, isso significava começar uma nova vida, algo realmente novo e completo. Jesus nos chama para um novo caminho. Não há como seguir a Jesus e continuar no mesmo caminho.

  3. Tome IMEDIATAMENTE sua decisão

    “Levi levantou-se, deixou tudo e o seguiu.”

    Jesus fez um convite. Levi aceitou. E aceitar esse convite significava tomar imediatamente uma decisão. Levi atendeu pronta e imediatamente ao chamado de Jesus. Ele não argumentou e nem adiou a sua decisão. Sua obediência decisiva e imediata o levou a levantar-se, deixar tudo e seguir a Jesus. E você? O que vai fazer com esse chamado para mudar a sua vida.

Conclusão:

Levi entregou-se totalmente a Jesus. De publicano transformou-se em discípulo. Que mudança incrível. Todos nós podemos experimentar grandes mudanças, mas é necessário entregarmo-nos a Jesus sem reservas.

No chamado para mudar de vida…

  1. Entenda que Jesus VÊ em VOCÊ o que ninguém VÊ
  2. Aceite o CONVITE para SEGUIR a Jesus
  3. Tome IMEDIATAMENTE sua decisão

Então… “Segue-me, Tu” (Mt 9,9).

Silvana Figueiredo da Silva

São Gregório Magno: Papa, pecador e servo de todos.

É interessante, principalmente, no século em que vivemos, pensar um pouco sobre santidade… Bom, para iniciarmos esse diálogo, sobre São Gregório Magno, apresentarei a seguinte pergunta: O que significa ser santo para você? Ou melhor, quem é digno de santidade? Reflita um pouco sobre. Enfim, certamente é uma pergunta difícil de ser respondida em um primeiro momento, mas se pensarmos bem se torna muito clara. Na vida de São Gregório, por exemplo, existiram momentos em que a caminhada não foi perfeita, ou seja ele foi humano (ele errou). Entender que, antes de qualquer título, somos humanos e que estamos sempre em processo de aprendizagem, faz nossa caminhada seguir em um deslocamento verdadeiro, o discipulado. E nesse deslocamento, São gregório nos presenteia com o seguinte pensar:

“naquele silêncio do coração, enquanto permanecemos vigilantes no interior através da contemplação, estamos como que dormindo para tudo que está no exterior…”

A grandiosidade presente nessas palavras que são vida, nos remete a um grande aspecto pessoal, o autoconhecimento, porque a gente só pode dar aquilo que tem, ninguém pode dar o que não tem. Essa introspecção faz a gente se conhecer e ser casa, colo e escuta para os outros, o verdadeiro significado de caminhar em comunidade. Uma questão muito interessante, também sobre São Gregório, apresenta-se na ideia de Servus Servorum Dei (Servos dos Servos de Deus), a qual traz a ideia central de ser igreja, a de ser servo dos mais pequeninos, ser o último custe o que custar, e quando entendemos isso a igreja passar a ser um verdadeiro lugar de acolhida, escuta e partilha, o que deveria e deve ser. Lembremos sempre que:

“Aquilo que nos separa é menos importante do que aquilo que nos une…”

Paz e bem à todos! Amém, Axé, Awere, Aleluia!

Pedro Paulo Conceição dos Santos

(Paróquia Sangrado Coração de Jesus – Diocese de Macapá)

Macapá-AP, 03 de setembro de 2021.

MARTIRIO DE SÃO JOÃO BATISTA

A história se repete, cansada, sem imaginação. Mateus, o Evangelista, nos fala sobre o triste fim do maior dos profetas. O próprio Jesus elogiou isso, declarando que João Batista foi o maior homem que já viveu. No entanto, o pobre João termina seus dias em uma prisão em Macheron, sacrificado ao ciúme furioso de uma primeira dama que não aceita suas críticas e que manipula o apetite de um rei fantoche, vítima de seus próprios impulsos incontroláveis e excessiva imagem de si mesmo.

João é morto, decapitado, sem motivo, sem julgamento, sem justiça. Herodes o ouviu de boa vontade e temeu-o, dizem os evangelistas, mas não foi suficiente para tornar aquela abertura de escuta uma verdadeira conversão.

Como é possível que um homem de responsabilidade, como Herodes, mesmo que não seja igual a seu pai, seja manipulado por sua concubina? E faça matar João, que também ouvia de bom grado?

“João tinha dito a Herodes: “Não te é permitido ter a mulher de teu irmão”…..A filha de Herodíades apresentou-se e pôs-se a dançar, com grande satisfação de Herodes e dos seus convivas. Disse o rei à moça:“Tudo o que me pedires te darei”. Ela saiu e perguntou à sua mãe: “Que hei de pedir?”. E a mãe respondeu: “A cabeça de João Batista”(Mc 6,17ss)

Às vezes, como Herodes, também ouvimos de boa vontade as coisas de Deus, e quantas vezes se lê sobre presumíveis “conversões” de personagens do mundo do espetáculo ou dos poderosos deste mundo!

Mas a conversão se vê nos fatos, quando o julgamento muda e a vida se adapta às descobertas feitas. Este não é o caso do inepto Herodes, que se delicia com a pregação, mas nunca se converte.

Herodes tinha feito o que costumamos fazer: diante das críticas de quem nos coloca em dificuldade, em vez de nos perguntarmos se o que ele diz tem um grão de verdade, preferimos … nos livrarmos disso! A ideia de poder mudar, converter, mudar de vida nunca lhe passou pela cabeça, nem por um momento. A solução foi encontrada para ele por sua cruel amante, furiosa contra a pregação do Batista que não era tão sutil. E assim, hoje, estamos aqui para lembrar Herodes e Herodiades não por seus méritos ou habilidade política, mas por serem os assassinos do maior dos profetas.

É o mesmo para nós: somos tão obcecados com o julgamento dos outros que corremos o risco de cometer erros gravíssimos para não causar uma má impressão. Uns mais, outros menos somos todos influenciados pelo contexto social: sentimos uma forte pressão para sermos pessoas à altura do nosso papel, sempre nos sentimos bem observados para sermos bons filhos, bons pais, bons cristãos, bons padres .. Como se tivéssemos para passar continuamente em um exame.

Herodes apaga a pequena chama de curiosidade que nasceu nele para não causar má impressão. Aproveitando sua fraqueza, a pérfida Herodiades conhece a fraqueza de Herodes: o julgamento dos outros. Pedimos ao Senhor que nos tornemos pessoas livres, capazes de ir além do que as pessoas pensam de nós.

Pe. Gianfranco Vianello

Santa Mônica, um modelo para as mães

“Ela me gerou seja na sua carne para que eu viesse à luz do tempo, seja com seu coração para que eu nascesse à luz da eternidade”.

Estas são palavras de Santo Agostinho sobre sua mãe, Mônica.

Mônica viveu na África, no século IV. Casou-se e teve três filhos. Seu marido era rude e muito irado. Graças a sua intercessão, conseguiu que o marido fosse batizado um ano antes de falecer. Depois da morte do esposo, agora sendo viúva, Mônica se dedicou integralmente aos filhos.

Agostinho era o filho que mais trazia angústia e aflição ao seu coração profundamente cristão. Rezava e chorava constantemente pedindo em suas orações a conversão do filho rebelde. Foram anos, ou melhor, décadas de oração pela conversão do filho. Em uma noite, Mônica em seus sonhos ouviu uma voz que dizia: “Não acontecerá que o filho dessas lágrimas se perca”.

Mônica nunca desistiu de suas orações e nem de seu filho.

Agostinho se converteu e se tornou um dos maiores e mais citados cristão no exemplo de conversão, de teólogo e de filósofo. Em meios acadêmicos, estudos religiosos, igrejas e famílias, Agostinho é lembrado por sua extraordinária inteligência e ardente paixão por Jesus.

Sem dúvida, o nome e a vida de Agostinho, que atravessa os séculos por seu testemunho, palavras e estudos, possuiu esse vigor em razão da intercessão de sua mãe que foi recompensada por Deus por ser fiel e perseverante.

É lindo perceber que o dia de Santa Mônica é no dia 27 e de Santo Agostinho é no dia 28 de agosto. Deus ouve e acolhe as orações das mães e suas lágrimas não são desperdiçadas.

Que Santa Mônica nos motive a não deixar de rezar e a não desistir dos nossos filhos. Que ela nos encoraje a sermos fiéis e nunca abandonar a nossa fé. Que ela interceda por nós para confiarmos em Deus e termos um coração com espiritualidade profunda e abandonado à Divina Providência, esperando no tempo do Senhor o cumprimento de suas promessas

Angela Cecília Souza Gomes

Santa Teresa Benedita da (Edith Stein) Cruz virgem e mártir

A mais prolífera autora e doutora da igreja, Edith Stein, ou conhecida também como Santa Tereza Benedita da cruz, foi uma carmelita nascida na Polônia nascida em 9 de Agosto de 1891.

Cedo, órfã de pai, nasceu em meio a uma família judia, e que apesar da fé de sua mãe, a mesma ainda jovem perdeu a fé em Deus. Começou a estudar na faculdade de Breslávia em 1911, onde estudava alemão e história, mas sua busca sempre foi pela verdade, por isso aspirava pela filosofia. Sua conversão se deu após uma crise em sua alma, no ano de 1921, enquanto estava com uma amiga já convertida, onde leu a biografia de Santa Tereza D’Avila, o que lhe proporcionou a tão buscada paz que seu intimo almejava.

Por sua posição filosófica e teológica sempre presente, através da igreja e de Edmund Husserl, onde a mesma escrevia periódicos filosóficos em sua revista, ela atacava a “falta de empatia humana”, foi perseguida e condenada a perecer no campo de concentração de e Auschwitz-Birkenau, presa pela Gestapo como uma judia, e envenenada por gás em 1942, aos 50 anos. Sua beatificação se deu no ano de 1987, no dia primeiro de Maio, no pontificado de São João Paulo II.

Rafael H. Santos

São João Maria Vianney

Três anos após ser ordenado padre, Dom Vianney foi nomeado pároco de Ars, pequeno vilarejo no sul da França, de 230 habitantes. Uma paróquia onde não havia muito amor ao Bom Deus: todos os homens trabalhavam aos domingos e quase nunca comungavam e, à noite, ficavam nos botecos da aldeia, se entregando às bebedeiras; os jovens se divertiam em bailes licenciosos.

No dia que foi para Ars, já perto do povoado, Dom Vianney pediu a um pequeno pastor o caminho certo. Obtida a resposta, o novo pároco disse ao menino: “Tu me mostraste o caminho de Ars, eu te mostrarei o caminho do céu”.

A principal preocupação do Cura d’Ars foi a conversão de seu pequeno rebanho. Começou a levar uma vida de muitas orações, penitências, jejuns. Toda manhã ficava por três horas ajoelhado diante do sacrário. À noite, ficava na igreja rezando por longo tempo antes de deitar. Não dormia mais que quatro ou cinco horas. O exemplo do pároco, junto com suas homilias e catecismos, levaram, em poucos anos, os paroquianos de Ars a mudar de vida. Naquela paróquia onde havia pouco amor a Deus, o santo Cura conseguiu despertá-lo em todas as almas.

A fama de santidade de Dom Vianney se propagou por toda a França e um fluxo contínuo de peregrinos começou a chegar, todo dia, neste pequeno vilarejo. Milhares e milhares de pessoas vindas de regiões mais distantes. Muitos acorriam só pra ver o Cura e, acima de tudo, confessar-se com ele, mesmo que para isto tivessem que esperar horas ou dias inteiros. O Padre chegava a ficar 15 ou mais horas por dia dentro do confessionário que para ele foi, por mais de trinta anos, como um longo martírio.

Uma vez, um peregrino também foi para Ars. Lhe perguntaram: “O que você viu em Ars?”. Respondeu: “Vi Deus em um homen”. Jesus falou: “Vós sois a luz do mundo”. O santo Cura d’Ars foi realmente uma luz de Deus para o mundo em que viveu.

Pe. Luiz Mandelli, pime