LEITURA ORANTE – “Quem me vê, vê o Pai; eu estou no Pai, e o Pai em mim” – Sábado – 27/04/2024

27-04 LEITURA ORANTE
4 Páscoa Sábado = Jo 14,7-14 = Quem me vê, vê o Pai; eu estou no Pai, e o Pai em mim.

Vinde, Espírito Santo, oração espontânea

Leitura: Pela Palavra inspirada Deus se manifesta a seus filhos.

7 Se me conhecêsseis, também certamente conheceríeis meu Pai; desde agora já o conheceis, pois o tendes visto.
8 Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta.
9 Respondeu Jesus: Há tanto tempo que estou convosco e não me conheceste, Filipe! Aquele que me viu, viu também o Pai. Como, pois, dizes: Mostra-nos o Pai…
10 Não credes que estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que vos digo não as digo de mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é que realiza as suas próprias obras.
11 Crede-me: estou no Pai, e o Pai em mim. Crede-o ao menos por causa destas obras.
12 Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque vou para junto do Pai.
13 E tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
14 Qualquer coisa que me pedirdes em meu nome, vo-lo farei.

Meditação: Na leitura da Palavra o que chama minha atenção? Que sentimentos, apelos desperta em mim?

O mais profundo desejo humano é ver a Deus, conviver com Deus origem de nossa existência. Muitas religiões existem neste mundo, mas só Jesus é o caminho verdadeiro que nos leva a Deus.
Os discípulos de Jesus pertencem à religião de Abraão, Moisés, os Profetas. Junto com eles participam do desejo profundo de ver a Deus. Por isso se tornaram discípulos de Jesus que veio nos revelar o Pai.

Mas Jesus na Santa Ceia revela que está para ir ao Pai.
Então Felipe pede: Senhor, mostra-nos o Pai. E Jesus responde: Acredita! quem me vê, vê o Pai. Jesus está intimamente unido ao Pai, e tudo quanto ele faz, é o Pai quem faz. O Pai se mostra a nós através das obras de Jesus. Quem tem fé, compreende.

E Jesus acrescenta uma afirmação surpreendente: Quem acredita em mim fará as obras que eu faço e fará ainda maiores. Jesus recebeu a ordem do Pai de exercer sua missão evangelizadora somente no meio do Povo de Israel, e fora deste povo fez poucas obras de evangelização. Mas Quando ele for glorificado, dará a seus discípulos a força do Espírito Santo para fazer as obras do Pai. Assim o campo de ação será maior e eles receberão a missão de levar a salvação até os confins da terra.

Nós devemos pedir em nome de Jesus: Não é só falar o nome de Jesus, mas viver o nome de Jesus. Isto significa que a comunidade cristã que vive realmente o amor fraterno alcançará os dons do Espírito para a evangelização.
Estamos rodeados por um ambiente materialista. No meio das trevas, nós devemos fazer as obras do Pai, ser a luz para que os homens vejam a presença de Deus fazendo o bem a suas criaturas. Pessoas de fé alcançam muitas graças em favor de seus irmãos necessitados.

Oração: Eis-me aqui ao serviço do Senhor……. Louvar, amar, pedir, agradecer, pedir perdão, sorrir, chorar, prometer.

Senhor Jesus, sempre a Igreja na Liturgia reza as orações em seu nome. Mas temos dificuldades para viver o amor fraterno. Dá-nos um coração humilde para reconhecer nossas faltas de amor e nos arrepender. Que possamos realizar o seu mandamento: Nisto todos reconhecerão que são meus discípulos se tiverdes amor uns aos outros.

Contemplação: Deixar-me envolver pelas coisas de Deus. Em cada pessoa que encontro, em cada acontecimento é Jesus que vive, se alegra, sofre e necessita de mim.

O próximo domingo, 28 de abril, será a visita do Papa Francisco em Veneza. O Papa pediu para que o Pavilhão da Bienal da Arte fosse preparado na Giudecca, a prisão feminina onde estão 80 detentas com condenação definitiva. Mulheres encontraram uma maneira de juntar os pedaços de suas vidas: algumas começaram a costurar, trabalhar na lavanderia, especializar-se em cosméticos.
O Pontífice quis que a Bienal da Arte, fosse na prisão feminina para que as detentas se sintam valorizadas como ser humano. Algumas delas criaram uma relação de confiança com os artistas que animam o pavilhão da Santa Sé intitulado “Com os meus olhos”. Elas foram ouvidas, seus pensamentos foram valorizados e confiaram suas fotos mais queridas às mãos daqueles que as transformaram em pinturas.

A diretora da Giudecca: disse: “o Papa não se esquece de ninguém”
Há um fermento entre as detentas para a chegada de Francisco e também “uma grande emoção”, diz a dra. Mariagrazia Bregoli, diretora da prisão feminina Giudecca, “porque a mensagem que o Papa quer nos trazer é uma mensagem universal, de amor, de acolhimento e de respeito de quem observa sem julgar”. Na vida”, acrescenta, ‘cometemos erros, mas podemos corrigi-los, e o Santo Padre não se esquece de ninguém, e talvez seja bom que a sociedade também não se esqueça daqueles que cometeram erros’.
A diretora Bregoli enfatiza a importância de considerar a prisão como parte da sociedade: “muitas vezes as pessoas não querem saber ou ver, mas existe e é um dado de fato. É um lugar que olha para fora e está fortemente comprometido com a reintegração das pessoas presas. A participação no Pavilhão da Santa Sé também contribui para essa veia de abertura, em um diálogo inegável entre o interior e o exterior.

Russo, diretor do Departamento da Administração Judiciária disse: “Foi uma escolha importante, quase uma provocação à administração da justiça, em particular à administração penitenciária que lida com o sofrimento, que lida com a marginalização”, O dr. Russo fala de “uma proposta poderosa em que a beleza da arte, a beleza da crença, da religião, e a beleza da recuperação de alguém que errou e foi condenado, mas que merece uma nova chance e o Estado deve agir nesse sentido”. Foi exatamente a beleza do projeto, que levou o Papa a vir. “Isso o intrigou, e ele quase ditou o título: “Com meus olhos”, que significa uma profunda humanização da vida de todos, cada um de nós é um indivíduo cujo direito de expressar um pensamento, de interpretar a realidade deve ser reconhecido. Esse é o mandato constitucional: os detentos não perdem seus direitos, os detentos na prisão são privados de sua liberdade, mas seus direitos devem ser reconhecidos, e acho que isso também vai ao encontro do pensamento e da palavra do Papa Francisco.