LEITURA ORANTE – “Os orgulhosos sempre criticam os profetas!” – Quarta-feira 20/09/2023

20-09 LEITURA ORANTE
24 Comum Quarta f. =
Lc 7,31-35 = Os orgulhosos sempre criticam os profetas!

ORAÇÃO INICIAL para sentir-se à presença de Deus

1º LER Escuta a Palavra de Deus!

31 A quem compararei os homens desta geração? Com quem se assemelham?
32 São semelhantes a meninos que, sentados na praça, falam uns com os outros, dizendo: Tocamos a flauta e não dançastes; entoamos lamentações e não chorastes.
33 Pois veio João Batista, que nem comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Ele está possuído do demônio.
34 Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: Eis um comilão e beberrão, amigo dos publicanos e libertinos.
35 Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos.*

2º MEDITAR. Refletir sobre esta Palavra

Os fariseus e os sacerdotes do templo não quiseram escutar João Batista que pregava a penitência a fim de preparar-se para o Reino de Deus.
Também não querem escutar Jesus que anuncia a alegria do Reino de Deus. Eles são como as crianças na praça, que não aceitam brincar com os colegas nem brincadeiras alegres para dançar nem brincadeiras tristes para chorar.
Quando alguém não quer acolher a vontade de Deus, sempre arranja alguma desculpa para se justificar, e critica aqueles que obedecem a vontade de Deus. João Batista foi considerado endemoninhado, Jesus é considerado pecador.

Quem não é sábio sempre critica os profetas. Mas as boas obras do profeta são sinais do Reino de Deus e mostram onde está a sabedoria, a verdade. Quem obedece a vontade de Deus realizará as obras de Deus e será reconhecido sábio, porque descobre a vontade de Deus em seu coração, nos acontecimentos da vida e na sagrada Escritura. Quem é guiado pela sabedoria do Evangelho se esforça de fazer o bem, e não deve ter medo das conversas e das críticas do mundo.
Quem se esforça por fazer o bem encontrará sempre alguém que o critique. às vezes até haverá alguns que se sentem incomodados e perseguem quem faz o bem. É importante não desistir no cumprimento de nossa missão.

3º ORAR. Dialogar com Deus

Jesus, você encarregou seus discípulos de testemunhar o Reino de Deus que você trouxe do seio da Trindade. Também você foi criticado, até pagou com a vida seu testemunho do Pai.
Às vezes ficamos acanhados e com medo das críticas e das fofocas dos outros. Dá-nos força para superar o sofrimento e continuar sempre firmes fazendo o bem sem se importar com as críticas e com as dificuldades.

4º CONTEMPLAR. Qual é a Palavra que mais tocou meu coração?
Silêncio para olhar com amor a Deus e ao próximo.

ORAÇÃO FINAL em agradecimento

LEITURA ORANTE – “Cura do servo do centurião: Senhor, eu não sou digno” – Segunda-feira 18/09/2023

24 Comum Segunda =
Lc 7,1-10 = Cura do servo do centurião: Senhor, eu não sou digno…

ORAÇÃO INICIAL para sentir-se à presença de Deus

1º Ler a Palavra de Deus, consciente que Deus se manifesta a seu povo. Ler duas ou três vezes a passagem bíblica. Ler a explicação para entender melhor.

1 Tendo Jesus concluído todos os seus discursos ao povo que o escutava, entrou em Cafarnaum.
2 Havia lá um centurião que tinha um servo a quem muito estimava e que estava à morte.
3 Tendo ouvido falar de Jesus, enviou-lhe alguns anciãos dos judeus, rogando-lhe que o viesse curar.
4 Aproximando-se eles de Jesus, rogavam-lhe encarecidamente: Ele bem merece que lhe faças este favor,
5 pois é amigo da nossa nação e foi ele mesmo quem nos edificou uma sinagoga.
6 Jesus então foi com eles. E já não estava longe da casa, quando o centurião lhe mandou dizer por amigos seus: Senhor, não te incomodes tanto assim, porque não sou digno de que entres em minha casa;
7 por isso nem me achei digno de chegar-me a ti, mas dize somente uma palavra e o meu servo será curado.
8 Pois também eu, simples subalterno, tenho soldados às minhas ordens; e digo a um: Vai ali! E ele vai; e a outro: Vem cá! E ele vem; e ao meu servo: Faze isto! E ele o faz.
9 Ouvindo estas palavras, Jesus ficou admirado. E, voltando-se para o povo que o ia seguindo, disse: Em verdade vos digo: nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé.
10 Voltando para a casa do centurião os que haviam sido enviados, encontraram o servo curado.

2º Meditação: Que Palavra de Deus chamou minha atenção? Não devo ter pressa, mas me deter com docilidade, para refletir e perceber onde Deus quer me levar. Repetir esta palavra algumas vezes com calma para que inflame meu coração.

O centurião é pagão, mas pessoa muito humana que sente seus empregados como membros da família e tem atenção também para os judeus.

Os judeus apresentam a situação a Jesus e se apoiam sobre “as obras”, uma forma de merecimento, e pedem para Jesus acompanha-los até a casa do centurião: “O oficial merece que lhe faça este favor, porque ele estima o nosso povo. Ele até nos construiu uma sinagoga”.

O oficial não se acha merecedor de receber visita de Jesus. Esta humildade é um terreno fértil em que pode nascer a fé em Jesus não só no poder de curar, mas também na sua missão salvadora. “Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; mas dize somente uma palavra e o meu servo será curado”.
Para Jesus o mais importante é a fé humilde. Jesus não olha para os merecimentos, mas para o coração. Elogia a fé do centurião, dizendo que é maior do que a fé encontrada no meio do povo de Israel. Jesus fica admirado e reconhece que muitos pagãos, apesar de não ter recebido a revelação pelos profetas, tem um coração humilde e aberto para a fé.

Estas palavras de um pagão humilde permanecem como uma mensagem perene na Missa. Quando recebemos a Santa Comunhão, Jesus vem a nós na Eucaristia, porém lembremos que não é por nossos merecimentos, mas é porque nós necessitamos e ele nos ama. Jesus fica muito admirado quando o acolhemos com um amor humilde e generoso.

3º Oração:
Conversar com Deus. Diálogo de amigos: conversar e especialmente escutar com o coração aberto à moção do Espírito Santo.

Jesus, os judeus apresentaram a você motivos de merecimento, ao contrário o centurião pagão não se acha digno de sua presença, e confia em você ainda antes de ver o milagre.
Eu também repito as palavras dele: Senhor, não sou digno de que entres em minha casa, peço as graças de que necessito, e confio na sua misericórdia: dize somente uma palavra e eu serei curado.

4º Contemplação: Deixar-me envolver pelas coisas de Deus, olhar os acontecimentos com os olhos de Deus, assumir minha missão. sentir-me amado, perdoado. Reconhecer que tudo está envolvido pela ação de Deus.

ORAÇÃO FINAL em agradecimento

LEITURA ORANTE – “Parábola do senhor que perdoa e do servo cruel” – Domingo 17/09/2023

Domingo 24º A = Mt 18,21-35 = Parábola do senhor que perdoa e do servo cruel.

Vinde, Espírito Santo, oração espontânea

Leitura: Pela Palavra inspirada Deus se manifesta a seus filhos.

21 Então Pedro se aproximou dele e disse: Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?
22 Respondeu Jesus: Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.*

23 Por isso, o Reino dos céus é comparado a um rei que quis ajustar contas com seus servos.
24 Quando começou a ajustá-las, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos.*
25 Como ele não tinha com que pagar, seu senhor ordenou que fosse vendido, ele, sua mulher, seus filhos e todos os seus bens para pagar a dívida.
26 Este servo, então, prostrou-se por terra diante dele e suplicava-lhe: Dá-me um prazo, e eu te pagarei tudo!
27 Cheio de compaixão, o senhor o deixou ir embora e perdoou-lhe a dívida.
28 Apenas saiu dali, encontrou um de seus companheiros de serviço que lhe devia cem denários. Agarrou-o na garganta e quase o estrangulou, dizendo: Paga o que me deves!
29 O outro caiu-lhe aos pés e pediu-lhe: Dá-me um prazo e eu te pagarei!
30 Mas, sem nada querer ouvir, este homem o fez lançar na prisão, até que tivesse pago sua dívida.
31 Vendo isto, os outros servos, profundamente tristes, vieram contar a seu senhor o que se tinha passado.
32 Então o senhor o chamou e lhe disse: Servo mau, eu te perdoei toda a dívida porque me suplicaste.
33 Não devias também tu compadecer-te de teu companheiro de serviço, como eu tive piedade de ti?
34 E o senhor, encolerizado, entregou-o aos algozes, até que pagasse toda a sua dívida.
35 Assim vos tratará meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão, de todo seu coração.

Meditação: Na leitura da Palavra o que chama minha atenção? Que sentimentos, apelos desperta em mim?

Quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes? Pedro pergunta quantas vezes, onde está o limite, e Jesus responde que o perdão não pode ter limites porque é dom de Deus.

A parábola do Evangelho é uma catequese sobre a misericórdia de Deus. Mostra a desproporção entre as duas dívidas e também a diferença de atitudes e de sentimentos entre o senhor (capaz de perdoar infinitamente) e o funcionário (incapaz de perdoar, mesmo depois de ter experimentado a alegria de ser perdoado).

Pela fé sentimos que nossa desobediência a Deus é pecado que tem gravidade imensa, que Jesus representou com a dívida imensa que o empregado devia ao patrão. Nesta parábola Jesus nos ensina que Deus ama sem cálculos, sem limites e sem medida, Deus cheio de bondade e de misericórdia derrama o seu perdão sobre os seus filhos e convida-nos a assumir uma atitude semelhante para com os irmãos que, dia a dia, caminham ao nosso lado e facilmente podem nos ofender.
A parábola mostra que fazer a experiência do amor de Deus deve transformar o nosso coração e ensina-nos a amar os nossos irmãos, especialmente aqueles que nos ofenderam.

Na cruz Jesus morreu pedindo perdão para os seus assassinos…
O ensinamento de Jesus tem ajudado a mudar o coração para realizar gestos de amor, de partilha, de diálogo e de comunhão. O cristão não guarda rancor para com o irmão que falhou, nem permite que as falhas derrubem as possibilidades de encontro, de comunhão, de diálogo, de partilha…
O cristão é, antes de mais, um seguidor de Jesus; não aceita a injustiça e não se cala diante do que está errado; mas sabe que o perdão reconstrói a pessoa e a sociedade. Por isso ele está dispostos a renunciar ao seu orgulho e autossuficiência para apostar num mundo novo, marcado por relações novas e verdadeiras entre os homens.

O Cristão tem consciência que Deus lhe perdoou imensa dívida, sente-se amado e perdoado, e com todo o coração ama o próximo e perdoa sempre, e não somente algumas vezes.
A condição para poder receber o perdão de Deus é perdoar a nossos irmãos. E perdoar não somente com a boca, mas com todo coração, desejando que o seu irmão se levante de sua maldade, e deixando a Deus o julgamento e a condenação do irmão que não quer se corrigir.
Somos fracos e necessitamos do perdão de Deus e dos irmãos. Nossa vida está repleta de quedas. O castigo só amedronta o transgressor, mas não o recupera para a comunidade. O perdão reconstrói a pessoa e a comunidade. O perdão é a disposição interior que faz reviver as pessoas. Perdoar não é só esquecer, mas reconstruir a pessoa. Só o perdão renova a pessoa e renova a sociedade. A Comunidade cristã é ambiente de perdão.
Somos egoístas, temos medo de perder, exigimos nossos direitos. Somos orgulhosos e temos medo de sermos rebaixados. É necessário pedir a Deus esse grande dom de saber perdoar. Quando o rancor, o ódio, a vingança surgirem em nosso coração, meditemos nas palavras de Jesus. Amemo-nos como Cristo nos amou. O cristão deve pedir continuamente o dom do Espírito Santo que nos leva a perdoar como Deus perdoa, agir como filhos de Deus. É um luta contínua contra nossos sentimentos de violência.
Deus ama e perdoa sempre. Deus é justo. Quem não perdoa, tem o coração fechado ao perdão de Deus e vai ficar na justiça de Deus.

Oração: Eis-me aqui ao serviço do Senhor……. Louvar, amar, pedir, agradecer, pedir perdão, sorrir, chorar, prometer.

Pai nosso que estas no céu, perdoa nossas dívidas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.
Que eu não seja um fariseu que mede a ofensa com a pequena medida humana, mas peço o grande dom de reconhecer a gravidade da minha ofensa contra você, amor infinito. Você é amor que sempre quer fazer crescer suas criaturas, por isso sempre perdoa, quando reconhecemos nossas falhas. Peço o grande dom do Espírito Santo que me leva a perdoar como você perdoa.

Contemplação: Deixar-me envolver pelas coisas de Deus. Em cada pessoa que encontro, em cada acontecimento é Jesus que vive, se alegra, sofre e necessita de mim.

LEITURA ORANTE – “O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração” – Sábado 16/09/2023

16-09
23 Comum Sábado =
Lc 6,43-49 = O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração.

Oração invocando: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.
Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.

43 Uma árvore boa não dá frutos maus, uma árvore má não dá bom fruto.
44 Porquanto cada árvore se conhece pelo seu fruto. Não se colhem figos dos espinheiros, nem se apanham uvas dos abrolhos.
45 O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, porque a boca fala daquilo de que o coração está cheio.

46 Por que me chamais: Senhor, Senhor… e não fazeis o que digo?
47 Todo aquele que vem a mim ouve as minhas palavras e as pratica, eu vos mostrarei a quem é semelhante.
48 É semelhante ao homem que, edificando uma casa, cavou bem fundo e pôs os alicerces sobre a rocha. As águas transbordaram, precipitaram-se as torrentes contra aquela casa e não a puderam abalar, porque ela estava bem construída.
49 Mas aquele que as ouve e não as observa é semelhante ao homem que construiu a sua casa sobre a terra movediça, sem alicerces. A torrente investiu contra ela, e ela logo ruiu; e grande foi a ruína daquela casa.

Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.

Cada árvore se conhece pelo seu fruto. O discípulo de Jesus vale pelo que faz e não pelas aparências, ou pelas palavras bonitas que diz.

45 O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração
Para a sociedade uma ação é boa quando executada em conformidade com a lei social.
Para Jesus nossa ação é boa na medida em que procede de um coração puro, de uma intenção sincera que quer o bem.
O discípulo de Jesus é reconhecido pelos seus frutos: quem está com a bondade no coração espalhará obras de bondade. Quem tiver um coração bom, sabe dizer e fazer coisas boas.

46 Por que me chamais: Senhor, Senhor… e não fazeis o que digo?
É na vida prática que se verifica a consistência da fé. Não basta dizer “Senhor, Senhor”, para dizer que estamos com Jesus, é necessário cumprir a palavra de Jesus. Não é bom sinal pregar o evangelho sem compromisso. Não basta dizer algumas orações, o essencial é obedecer à vontade de Deus. Eu não posso tomar o lugar de Deus, mas a vontade de Deus deve moldar a minha vontade.

A rocha é Jesus Cristo e sua palavra que nos orienta. O que vale é nosso esforço para cumprir a vontade de Deus como Jesus nos ensina.
Ventos e tempestades são os problemas e dificuldades que encontramos. Assim quando vierem as enchentes, Deus nos ajudará a ficar em pé e não desmoronar por causa das dificuldades, e não desanimar frente aos problemas da vida.
É importante todo dia ler a palavra de Deus. Durante a oração podemos espelhar nossa vida no comportamento de Jesus, no ensinamento dele, e assim orientamos a nossa vida à luz de Jesus.

A areia movediça são nossas vontades humanas passageiras, aquele que fica só na opinião do mundo, constrói sua casa sobre a areia movediça. Vem as dificuldades e desmorona.
A cultura moderna dá mais valor às aparências, à ciência e às leis do mercado capitalista, e a quer independente de toda autoridade divina. Assim a humanidade fica refém dos mais fortes, e os mais fracos pagam.

Oração: é a minha resposta a Deus é louvor e adoração, é intercessão e ação de graças.

Jesus, você se queixou: “Por que me chamais: Senhor, Senhor… e não fazeis o que digo?”
É verdade que estamos sempre falando seu nome, mas nosso coração não consegue se libertar de maus costumes. Porém sempre confiaremos na infinita misericórdia do seu Coração.
E vamos repetindo o refrão do canto: “Jesus de Nazaré o teu semblante eu quero ter, tal qual és tu eu quero ser, Jesus de Nazaré”.

Contemplação:  perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.

Oração final

LEITURA ORANTE – “NOSSA SENHORA DAS DORES” – Sexta-feira 15/09/2023

15-09 LEITURA ORANTE
Sexta f. 15 de setembro – NOSSA SENHORA DAS DORES =

Invocar luz do Espírito de Deus e pedir sua ajuda.

O povo fiel chama Maria “Nossa Senhora das Dores” e celebra sua memória no dia seguinte à festa de Santa Cruz na Liturgia.

Leitura – Lendo este evangelho eu estou presente perto de Jesus, o que ele está me falando?… a Palavra de Deus é sempre nova e atual.

Lc 2,33-35. Profecia de Simeão.
33 Seu pai e sua mãe estavam admirados das coisas que dele se diziam.
34 Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições,
35 a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma.*

João 19,25-27 Maria aos pés da cruz.
25 Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.
26 Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho.
27 Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa.

Meditação – Esta Palavra ilumina minha vida. O que mais toca no meu coração? O que Deus está iluminando na minha vida?

Pela vontade de Deus, como Mãe de Cristo, Maria foi chamada a ser a pessoa que mais cooperou na obra do Salvador, pela sua fé, esperança, caridade e obediência.
Maria é a Mulher-mãe que acompanha Jesus nas alegrias do nascimento e nos sofrimentos da paixão. Pelo evangelho conhecemos alguns destes acontecimentos de dor:

  • A profecia de Simeão anunciando que uma espada de dor transpassará o seu coração.
  • A perseguição de Herodes contra o filho, e as dificuldades do desterro no Egito.
  • A perda de Jesus no Templo aos 12 anos.
  • No início do ministério, em Cana da Galileia, por sua intercessão consegue o milagre da transformação da água em vinho, o primeiro dos sinais do Messias. Mas poucos dias depois vê o Filho expulso da sinagoga de Nazaré já sendo ameaçado de morte.
  • Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe…, Acompanha o Filho até o cumprimento final da redenção no Calvário onde se associa ao sacrifício do Filho. Maria é a mãe que está perto do filho que sofre, e lhe oferece o apoio de todo seu amor. Está de pé, com coragem confiando em Deus que levanta os humildes.
  • Maria é a Mulher que aos pés da cruz recebe de Jesus a nova tarefa de ser Mãe dos discípulos, que se tornam irmãos de Jesus, e filhos dela, a Mulher-Mãe da Nova Humanidade, a Nova Eva.

Hoje Maria conhece nosso sofrimento. Na história da Igreja podemos constatar que Maria, a mãe de Jesus, está sempre presente perto de seus filhos que sofrem, de fato as aparições da Virgem quase sempre acontecem em tempos de sofrimento. Vamos ficar perto dela, e sentir seu carinho materno.

Oração – Esta Palavra me leva a dar uma resposta a Deus, um louvor, um agradecimento, um pedido perdão, uma adoração, uma promessa.

Senhor, que, na vossa admirável providência, quisestes que, junto do vosso Filho, elevado sobre a cruz, estivesse sua Mãe, participando nos seus sofrimentos, concedei à vossa Igreja que, associada com Maria à paixão de Cristo, mereça ter parte na sua ressurreição.

Ó santa mãe, por favor,
faze que as chagas do amor
em mim se venham gravar.
Que do Cristo eu traga a morte,
sua paixão me conforte,
sua cruz possa abraçar!
Que a santa Cruz me proteja,
que eu vença a dura peleja,
possa do mal triunfar!

Contemplação – Esta Palavra me leva a ver a mim e aos outros com o olhar de Jesus. Esta contemplação me leva a um compromisso, uma ação, um gesto concreto.

Oração final
Alma de Cristo, santificai-me. Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me. Água do lado de Cristo, purificai-me.
Paixão de Cristo, confortai-me. Ó bom Jesus, ouvi-me.
Dentro de vossas chagas, escondei-me. Não permitais que eu me separe de vós.
Do espírito maligno defendei-me. Na hora da morte, chamai-me,
e mandai-me ir para Vós, para que com todos os santos vos louve.
Por todos os séculos dos séculos. Amém.

LEITURA ORANTE – “O Filho do homem deve ser levantado” – Quinta-feira 14/09/2023


Quinta f. 14Setem. – SANTA CRUZ =

Jo 3,13-17 O Filho do homem deve ser levantado

ORAÇÃO INICIAL para sentir-se à presença de Deus

1º LER Escuta a Palavra de Deus!

13 Ninguém subiu ao céu senão aquele que desceu do céu, o Filho do Homem que está no céu.*
14 Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem,*
15 para que todo homem que nele crer tenha a vida eterna.
14 Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem,*
15 para que todo homem que nele crer tenha a vida eterna.
16 Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
17 Pois Deus não enviou o Filho ao mundo para condená-lo, mas para que o mundo seja salvo por ele.

2º MEDITAR. Refletir sobre esta Palavra

HOMILIA DO SANTO PADRE
14 de setembro de 2021
São Paulo declara – «Nós pregamos Cristo crucificado (…), poder e sabedoria de Deus». Entretanto o Apóstolo não esconde que a cruz, aos olhos da sabedoria humana, aparece diversa: é «escândalo», «loucura» (1 Cor 1, 23-24). A cruz era instrumento de morte, e contudo dela veio a vida; era algo que ninguém queria contemplar, e todavia revelou-nos a beleza do amor de Deus. Por isso, o santo povo de Deus a venera; e a Liturgia celebra-a na festa de hoje. O Evangelho de São João nos toma pela mão e nos leva a entrar neste mistério. Na realidade, o evangelista encontrava-se lá junto da cruz. Contempla Jesus, já morto, suspenso no madeiro, e escreve: «Aquele que viu estas coisas é que dá testemunho delas» (Jo 19, 35). São João vê e dá testemunho.

Em primeiro lugar, temos o ver-contemplar. Mas, junto da cruz, que viu João? Certamente aquilo que viram os outros: Jesus, inocente e bom, morre brutalmente entre dois malfeitores. Uma de tantas injustiças, um dos inúmeros sacrifícios cruentos que não mudam a história, mais uma prova de que o curso das vicissitudes no mundo não muda: os bons são eliminados, enquanto os malvados vencem e prosperam. Aos olhos do mundo, a cruz é um fracasso. E também nós corremos o risco de nos deter neste primeiro olhar superficial, de não aceitar a lógica da cruz; não aceitar que Deus nos salve, deixando que se desencadeie sobre Ele o mal do mundo. É uma grande tentação não aceitar o Deus frágil e crucificado, para depois sonhar com um deus forte e triunfante. Quantas vezes aspiramos a um cristianismo de vencedores, a um cristianismo triunfalista, que tenha relevância e importância, receba glória e honra. Mas um cristianismo sem cruz é mundano, e torna-se estéril.
Ao contrário, São João viu na cruz a obra de Deus. Reconheceu em Cristo crucificado a glória de Deus. Viu que Ele, apesar das aparências, não é um perdedor, mas é Deus que voluntariamente Se oferece por cada homem. Por que motivo o fez? Teria podido poupar a sua vida, teria podido manter-se à distância da nossa história mais miserável e crua. Em vez disso, quis entrar dentro dela, mergulhar nela. Para isso escolheu o caminho mais difícil: a cruz. Para que não houvesse na terra ninguém tão desesperado que não conseguisse encontrá-Lo, até mesmo na angústia, na escuridão, no abandono, no escândalo da sua miséria e dos próprios erros. Até Ele chegou mesmo onde se pensa que Deus não pode estar. Para salvar quem está desesperado, quis experimentar o desespero, para assumir o nosso desconforto mais amargo, clamou na cruz: «Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?» (Mt 27, 46; Sal 22, 2). Um grito que salva. Salva, porque Deus assumiu até mesmo o nosso abandono. E agora, com Ele, não mais estamos sozinhos, jamais.
Como podemos aprender a ver a glória na cruz? Alguns santos ensinaram que a cruz é como um livro que, para o conhecer, é preciso abri-lo e ler. Não basta comprar um livro, dar-lhe uma vista de olhos e expô-lo em casa. O mesmo vale para a cruz: está pintada ou esculpida em cada canto das nossas igrejas. Incontáveis são os crucifixos: ao pescoço, em casa, no carro, no bolso. Mas isso de nada nos aproveita, se não nos detivermos a olhar o Crucificado e não Lhe abrirmos o coração, se não nos deixarmos impressionar pelas suas chagas abertas por nós, se o coração não se comover e chorarmos diante de Deus ferido de amor por nós. Se não fizermos assim, a cruz permanece um livro não lido, cujo título e autor são bem conhecidos, mas que não influencia a vida. Não reduzamos a cruz a um objeto de devoção, e menos ainda a um símbolo político, a um sinal de relevância religiosa e social.

Da contemplação do Crucifixo, provém o segundo passo: dar testemunho. Se mergulharmos o olhar em Jesus, o seu rosto começa a refletir-se no nosso: os seus traços tornam-se os nossos, o amor de Cristo conquista-nos e transforma-nos. Penso nos mártires que deram testemunho do amor de Cristo em tempos muito difíceis, quando tudo aconselhava a ficar calado, pôr-se a seguro, não professar a fé. Mas não podiam, não podiam deixar de testemunhar. Quantas pessoas generosas sofreram e morreram por causa do nome de Jesus! Um testemunho prestado por amor Àquele que tinham contemplado longamente, até ao ponto de se assemelharem a Ele, inclusive na morte.
Mas penso também nos nossos tempos, em que não faltam ocasiões para dar testemunho. Graças a Deus, aqui não há quem persiga os cristãos como em tantas outras partes do mundo. Mas o testemunho pode ser contaminado pelo mundanismo e a mediocridade; ao passo que a cruz exige um testemunho claro. Pois a cruz não quer ser uma bandeira elevada ao alto, mas a fonte pura duma maneira nova de viver. Qual modo? A do Evangelho, a das Bem-aventuranças. A testemunha que tem a cruz no coração, e não apenas ao pescoço, não vê ninguém como inimigo, mas vê a todos como irmãos e irmãs por quem Jesus deu a vida. A testemunha da cruz não recorda as injustiças do passado nem se lamenta do presente. A testemunha da cruz não usa as vias do engano e do poder mundano: não quer impor-se a si mesmo e os seus, mas dar a sua vida pelos outros. A testemunha da cruz segue uma única estratégia que é a do Mestre: o amor humilde. Não espera triunfos aqui na terra, porque sabe que o amor de Cristo é fecundo na vida quotidiana, fazendo novas todas as coisas mas a partir de dentro, como uma semente caída na terra, que morre e dá fruto.
Queridos irmãos e irmãs, vós vistes testemunhas. Conservai grata memória das pessoas que vos amamentaram e fizeram crescer na fé: pessoas humildes e simples, que deram a vida amando até ao fim. São os nossos heróis, os heróis da vida quotidiana; e são as suas vidas que mudam a história. As testemunhas geram outras testemunhas, porque são dadoras de vida. É assim que a fé se espalha: com a sabedoria da cruz e não com o poder do mundo; com o testemunho e não com as estruturas. E hoje, a partir do silêncio vibrante da cruz, o Senhor pergunta a todos nós e pergunta também a ti, a ti, a ti, a mim: «Queres ser minha testemunha?»
Com João, no Calvário, estava a Santa Mãe de Deus. Ninguém como Ela viu o livro da cruz aberto e o testemunhou como amor humilde. Por sua intercessão, peçamos a graça de converter o olhar do coração ao Crucificado. Então a nossa fé poderá florescer em plenitude, então amadurecerão os frutos do nosso testemunho.

3º ORAR. Dialogar com Deus

Jesus, é natural o medo do sofrimento, particularmente quando é resultado de injustiças. Cria em meu coração os mesmos sentimentos que estavam no seu coração manso e humilde. Você se solidarizou conosco e aceitou todas as dificuldades da vida humana confiando no amor do Pai que o ressuscitou e faz participar de sua glória. Que também eu me sinta solidário e defenda todos aqueles que perto de mim estão sofrendo.

Bendita e Louvada Seja,
No céu a divina Luz!
E nós também cá na terra,
Louvemos á Santa Cruz!
E nós também cá na terra,
Louvemos à Santa Cruz!

Os anjos no céu contentes,
Louvando estão a Jesus!
Cantemos também na terra,
Louvores á Santa Cruz!
Cantemos também na terra,
Louvores á Santa Cruz!

4º CONTEMPLAR. Qual é a Palavra que mais tocou meu coração?
Silêncio para olhar com amor a Deus e ao próximo.

ORAÇÃO FINAL em agradecimento

LEITURA ORANTE – “Bem-aventuranças e advertências” – Quarta-feira 13/09/2023

23Comum Quarta f. =
Lc 6,20-26 = Bem-aventuranças e advertências.

Invocar luz do Espírito de Deus e pedir sua ajuda para que nos guie na oração.

  1. Leitura – A Palavra de Deus ilumina minha vida na situação em que me encontro hoje.

20 Então ele ergueu os olhos para os seus discípulos e disse:
Bem-aventurados vós que sois pobres, porque vosso é o Reino de Deus!*
21 Bem-aventurados vós que agora tendes fome, porque sereis fartos!
Bem-aventurados vós que agora chorais, porque vos alegrareis!
22 Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem, vos expulsarem, vos ultrajarem, e quando repelirem o vosso nome como infame por causa do Filho do Homem!
23 Alegrai-vos naquele dia e exultai, porque grande é o vosso galardão no céu. Era assim que os pais deles tratavam os profetas.
24 Mas ai de vós, ricos, porque tendes a vossa consolação!
25 Ai de vós, que estais fartos, porque vireis a ter fome!
Ai de vós, que agora rides, porque gemereis e chorareis!
26 Ai de vós, quando vos louvarem os homens, porque assim faziam os pais deles aos falsos profetas!

  1. Meditação – Na leitura alguma palavra se tornou mais significativa para mim, portanto devo reler esta palavra sem pressa e refletir o que o Espírito quer me dizer .

Estavam ali muitos de seus discípulos e grande multidão de gente. Levantando os olhos para seus discípulos, disse:
A multidão vai a Jesus atraída pela autoridade do ensino e pelos milagres. Do meio desta multidão alguns se convertem e se tornam discípulos do Reino de Deus. Jesus vivia as Bem-aventuranças, e animava seus discípulos para viver como ele. Só os discípulos tem disposição interior para viver as bem-aventuranças que são o modo de vida do Reino de Deus.
Nas Bem-aventuranças Jesus nos dá o seu programa de vida:

Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus.
O pobre que Jesus declara Bem-aventurado é aquele que confia em Deus e não nas suas riquezas. Este desapego é necessário para se conseguir a felicidade. Deus eleva os humildes e derruba os poderosos. Há pobres que são ricos de coração e de desejos, no seu desapego sentem-se livres para ir ao encontro de outros pobres e partilham o que tem para libertar os que sofrem, os que são marginalizados.

21 Bem-aventurados vós que agora tendes fome, porque sereis fartos!
Bem-aventurado aquele que, para favorecer a paz e a concórdia, cede suas vantagens e privilégios sociais, aceita a privação sabendo que o Reino de Deus vale mais.

Bem-aventurados vós que agora chorais, porque vos alegrareis!
Nesta terra o sofrimento faz parte de nossa vida, sendo aliviado pelo amor. Há muitos que sofrem, mas não se revoltam contra a vida, apesar de não entenderem a razão dos sofrimentos. Não é coisa boa sofrer, e sentir-se desvalido. No sofrimento a pessoa constata que todo apoio material é limitado, transitório, e assim se purifica do apego material, e reforça seu apego em Deus, recorre a ele, e dele atende socorro.

22 Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem por causa do Filho do Homem! porque grande é o vosso galardão no céu.
Se Jesus sofreu perseguição, também seus discípulos sofrerão a perseguição porque não compactuam com a injustiça. Se somos perseguidos pelo mundo, é sinal de que não somos do mundo, somos de Deus.

“Ai de vós!” Ai daqueles que escolhem o caminho do mundo. O mundo e o demônio prometem felicidade, mas não para sempre. É sorte terrível gozar por um pouco, e perder para sempre. Jesus não quer ver ninguém no sofrimento eterno, mas adverte sobre as consequências do que fazemos nesta vida. Jesus mostra o desfecho final para quem não tiver amado o próximo e ficará no sofrimento eterno de seu egoísmo.

Mas ai de vós, os ricos, porque já tendes vossa consolação.
Ai de vós que agora tendes fartura, porque passareis fome.
Jesus declara infelizes os ricos, os que andam satisfeitos, os que riem, os que são elogiados pelos homens porque dificilmente terão todas essas coisas sem que o coração a elas se apegue. E com um coração apegado, não conseguirão a salvação, pois um dia tudo acabará, e eles se encontrarão sem nada. Mas acontece que também agora, na ânsia de serem felizes e possuir, dominarão os outros, farão sofrer os mais fracos, destruirão muitas vidas, e no final, eles também ficarão sem nada.

  1. Oração – falar com Deus a respeito daquilo que entendi, e responder -lhe com amizade.

Jesus, você proclama a felicidade do Reino de Deus: a realidade que você sentiu durante os trinta anos de sua infância e juventude, e depois durante os três anos do anúncio do Reino de Deus: foi sua experiência pessoal, e que você repassou para seus discípulos. Me ajude a confiar no amor e na justiça do Pai, e também a sentir solidariedade com os irmãos na caminhada do Reino de Deus.

  1. Contemplação – Oração silenciosa, sem palavras, porque estou sentindo que Deus me ama. Eu quero realizar a sua vontade.

LEITURA ORANTE – “Escolha dos doze apóstolos. Evangelização e curas” – Terça-feira 12/09/2023

23 Comum Terça f.
Lc 6,12-19 Escolha dos doze apóstolos. Evangelização e curas.

ORAÇÃO INICIAL para sentir-se à presença de Deus

1º Ler a Palavra de Deus, consciente que Deus se manifesta a seu povo. Ler duas ou três vezes a passagem bíblica. Ler a explicação para entender melhor.

12 Naqueles dias, Jesus retirou-se a uma montanha para rezar, e passou aí toda a noite orando a Deus.
13 Ao amanhecer, chamou os seus discípulos e escolheu doze dentre eles que chamou de apóstolos:
14 Simão, a quem deu o sobrenome de Pedro; André, seu irmão; Tiago, João, Filipe, Bartolomeu,
15 Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Simão, chamado Zelador;
16 Judas, irmão de Tiago; e Judas Iscariotes, aquele que foi o traidor.

17 Descendo com eles, parou numa planície. Aí se achava um grande número de seus discípulos e uma grande multidão de pessoas vindas da Judéia, de Jerusalém, da região marítima, de Tiro e Sidônia, que tinham vindo para ouvi-lo e ser curadas das suas enfermidades.
18 E os que eram atormentados dos espíritos imundos ficavam livres.
19 Todo o povo procurava tocá-lo, pois saía dele uma força que os curava a todos.

2º Meditação: Que Palavra de Deus chamou minha atenção? Não devo ter pressa, mas me deter com docilidade, para refletir e perceber onde Deus quer me levar. Repetir esta palavra algumas vezes com calma para que inflame meu coração.

Jesus costuma passar horas em oração com o Pai, especialmente quando deve tomar decisões importantes. A oração é o encontro com o Pai, a oração é raiz da ação. O Mestre sente que deve formar uma comunidade de discípulos especialmente comprometidos com ele, e que seriam a garantia da missão da Igreja, então vai à montanha sozinho e passa a noite toda em diálogo com o Pai.

Ao amanhecer chama os discípulos e do meio deles escolhe doze: Eram doze os patriarcas das tribos do povo de Israel. Então escolhe doze porque deve começar o novo povo de Deus, e os chama com o título de “apóstolos” que significa “enviados”. A Simão dá o nome de Pedro para indicar a importante missão de pedra fundamental no meio dos doze.
Não escolhe os melhores, mas aqueles que mostram amor a ele e decisão para o Reino de Deus. Jesus escolhe para que fiquem com ele sempre, dia e noite para testemunhar tudo o que ele faz, aprendendo a viver com ele o Reino de Deus e para mais tarde continuar a ação dele no anúncio do Reino de Deus. Conhecemos os limites e os defeitos destes homens, mas Jesus os ensina e corrige com amor. Os doze apóstolos são testemunhas de como Jesus vivia e anunciava o Reino do amor de Deus.
É importante a observação do evangelista sobre “Judas Iscariotes, aquele que foi o traidor”. Também Judas no começo amava Jesus, mas por que traiu? É que o amor ao dinheiro foi mais forte do que o amor a Jesus.
Depois de escolher os doze apóstolos desce com eles a montanha e continua anunciando o amor e o perdão ao povo sofredor.

A fé é transmitida pela vida da Comunidade cristã. Igreja é chamada “apostólica” porque continua ligada a Jesus através do grupo dos doze Apóstolos.

De Jesus aprendemos que devemos consagrar tempo a Deus por dois motivos: para receber a luz do Espírito Santo sobre o que devemos fazer, e para interceder em favor das pessoas que necessitam.
Seguindo o exemplo de Jesus, nós discípulos missionários evangelizamos quando as pessoas perto de nós se sentem acolhidas, amadas, socorridas.

3º Oração:
Conversar com Deus. Diálogo de amigos: conversar e especialmente escutar com o coração aberto à moção do Espírito Santo.

Jesus, você nos escolheu e nós queremos ser seus discípulos missionários. Você conhece nossos defeitos, e pedimos que o amor a você continue sempre firme no meio das dificuldades da vida. E que nunca deixemos de fazer o bem por medo, ou por desejo de bem-estar, que nunca criemos divisões na comunidade.

4º Contemplação: Deixar-me envolver pelas coisas de Deus, olhar os acontecimentos com os olhos de Deus, assumir minha missão. sentir-me amado, perdoado. Reconhecer que tudo está envolvido pela ação de Deus.

ORAÇÃO FINAL em agradecimento

MINISTÉRIO DE JESUS NA GALILÉIA
O Evangelho de Lucas nos capítulos 4 até 9,50 nos apresenta Jesus andando nas aldeias e cidades, especialmente em torno do lago da Galileia, anunciando o Reino de Deus. Cura os doentes, liberta dos males do corpo e da alma, reúne discípulos, é acompanhado pelo povo entusiasta por ver coisas maravilhosas. Neste primeiro tempo da Evangelização Lucas narra 12 milagres. É um período de evangelização intensa, e o povo simples entende.

Jesus chama alguns discípulos para ficar sempre com ele, mostrando-lhes como é a missão de colaboradores para o Reino de Deus. Encaminha a humanidade para uma situação de reconciliação e partilha, fraternidade e comunhão. O convite ao seguimento é exigente: é preciso “deixar tudo”, para que nada impeça o discípulo de anunciar a Boa Notícia do Reino. O povo acompanha com entusiasmo.
Única dificuldade são os escribas e fariseus vindos de Jerusalém, que não suportam que um outro mestre tenha tanta influência sobre o povo. Então Jesus começa a alertar seus discípulos que sua missão não é somente sucesso, mas inclui também sofrimento e perseguições. E pede para os discípulos acompanha-lo com doação total.

LEITURA ORANTE – “Cura de um homem com uma mão paralisada” – Segunda-feira 11/09/2023

11-09 LEITURA ORANTE
23 Comum Segunda =
Lc 6,6-11 = Cura de um homem com uma mão paralisada.

Vinde, Espírito Santo, oração espontânea

Leitura: Pela Palavra inspirada Deus se manifesta a seus filhos.

6 Em outro dia de sábado, Jesus entrou na sinagoga e ensinava. Achava-se ali um homem que tinha a mão direita seca.
7 Ora, os escribas e os fariseus observavam Jesus para ver se ele curaria no dia de sábado. Eles teriam então pretexto para acusá-lo.
8 Mas Jesus conhecia os pensamentos deles e disse ao homem que tinha a mão seca: Levanta-te e põe-te em pé, aqui no meio. Ele se levantou e ficou em pé.
9 Disse-lhes Jesus: Pergunto-vos se no sábado é permitido fazer o bem ou o mal; salvar a vida, ou deixá-la perecer.
10 E relanceando os olhos sobre todos, disse ao homem: Estende tua mão. Ele a estendeu, e foi-lhe restabelecida a mão.
11 Mas eles encheram-se de furor e indagavam uns aos outros o que fariam a Jesus.

Meditação: Na leitura da Palavra o que chama minha atenção? Que sentimentos, apelos desperta em mim?

Antigamente não havia leis trabalhistas, e o descanso dos trabalhadores dependia do patrão, por isso nos dez mandamentos havia a lei de guardar o dia do descanso semanal, o sábado. Porém os mestres da lei interpretavam a lei do descanso dizendo que no sábado não se podia fazer nenhum trabalho, nem curar doentes.

Na sinagoga há alguém que tem uma mão paralisada, seca, e sofre porque não pode trabalhar como os outros. Os mestres da lei não se preocupam com a situação penosa do paralítico, mas se preocupam em preparar uma armadilha. Jesus vendo a situação aproveita para curar o coitado, e especialmente para afirmar que a lei de Deus que protege a vida humana é mais importante do que as convenções sociais.

A palavra de Jesus é uma luz para nós: “Pergunto-vos se no sábado é permitido fazer o bem ou o mal; salvar a vida, ou deixá-la perecer”. Hoje quantos estão à margem da vida por um defeito físico, por uma falta de oportunidade. Somos chamados a colaborar com eles para que saiam de sua marginalização. Não devemos estranhar quando somos criticados quando fazemos o bem. Graças a Deus há muitos que se comprometem em ações de voluntariado, de modo particular aos domingos.
Nós compartilhamos o melhor de Jesus quando superamos a opinião pública, a burocracia, o nosso conforto, e nos comprometemos genuinamente com nossos irmãos.

Oração: Eis-me aqui ao serviço do Senhor……. Louvar, amar, pedir, agradecer, pedir perdão, sorrir, chorar, prometer.

Jesus, você não teve medo de enfrentar a opinião dos mestres da lei, e mandou o paralítico vir bem no meio da sinagoga para que todo mundo pudesse ver. Você sabia que isso criava dificuldades e perseguições, e enfrentou tudo isso para mostrar a verdade do Reino de Deus, que é a salvação do ser humano. Ajuda-nos a não ter medo de trabalhar para o bem dos irmãos, também quando há outros que se sentem incomodados pela nossa ação e criticam.

Contemplação: Deixar-me envolver pelas coisas de Deus. Em cada pessoa que encontro, em cada acontecimento é Jesus que vive, se alegra, sofre e necessita de mim.

MINISTÉRIO DE JESUS NA GALILÉIA
O Evangelho de Lucas nos capítulos 4 até 9,50 nos apresenta Jesus andando nas aldeias e cidades, especialmente em torno do lago da Galileia, anunciando o Reino de Deus. Cura os doentes, liberta dos males do corpo e da alma, reúne discípulos, é acompanhado pelo povo entusiasta por ver coisas maravilhosas. Neste primeiro tempo da Evangelização Lucas narra 12 milagres. É um período de evangelização intensa, e o povo simples entende.

Jesus chama alguns discípulos para ficar sempre com ele, mostrando-lhes como é a missão de colaboradores para o Reino de Deus. Encaminha a humanidade para uma situação de reconciliação e partilha, fraternidade e comunhão. O convite ao seguimento é exigente: é preciso “deixar tudo”, para que nada impeça o discípulo de anunciar a Boa Notícia do Reino. O povo acompanha com entusiasmo.
Única dificuldade são os escribas e fariseus vindos de Jerusalém, que não suportam que um outro mestre tenha tanta influência sobre o povo. Então Jesus começa a alertar seus discípulos que sua missão não é somente sucesso, mas inclui também sofrimento e perseguições. E pede para os discípulos acompanha-lo com doação total.

LEITURA ORANTE – “Viver na Comunidade: Correção fraterna; oração comunitária” – Domingo 10/09/2023


Mt 18,15-20 = Viver na Comunidade: Correção fraterna; oração comunitária.

Oração invocando: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.
Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.

15 Se teu irmão tiver pecado contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele somente; se te ouvir, terás ganho teu irmão.
16 Se não te escutar, toma contigo uma ou duas pessoas, a fim de que toda a questão se resolva pela decisão de duas ou três testemunhas.
17 Se recusa ouvi-los, dize-o à Igreja. E se recusar ouvir também a Igreja, seja ele para ti como um pagão e um publicano.
18 Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu.

19 Digo-vos ainda isto: se dois de vós se unirem sobre a terra para pedir, seja o que for, consegui-lo-ão de meu Pai que está nos céus.
20 Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.

Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.

Domingo 23º A = Mt 18,15-20 = Viver na Comunidade: Correção fraterna; oração comunitária.

Jesus anunciou o Reino de Deus e pediu a conversão a Deus para entrar em seu Reino. Muitos acompanharam Jesus e se tornaram seus discípulos para viver como ele neste Reino. Com seus discípulos Jesus forma a Igreja para viver a fraternidade do Reino de Deus aqui na terra, sua lei é o amor, o serviço e o perdão. O mandamento de Jesus é amar uns aos outros, também aqueles que cometem erros.
Então perguntaram: “Quem é maior no Reino de Deus?”
E Jesus deu uma resposta simples:
2 Jesus chamou uma criancinha, colocou-a no meio deles e disse:
3 “Em verdade vos declaro: se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus”
É necessário sentir-se pequeno como uma criança sem pretensões.
Criança é simples e pode fazer coisas erradas, até brigar e ofender. Então Jesus ensina a lei do amor e da correção fraterna: Em lugar de castigar, ou fazer vingança, é necessário usar de mansidão:
“15 Se teu irmão tiver pecado contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele somente; se te ouvir, terás ganho teu irmão.
Acontece que às vezes o irmão teima em seu modo errado de agir. Então Jesus ensina a seus discípulos a não se fechar ao irmão, porque quem ama o irmão que está errado, procura ajuda com pessoas que sejam amigas:
“16 Se não te escutar, toma contigo uma ou duas pessoas, a fim de que toda a questão se resolva pela decisão de duas ou três testemunhas.”
E Jesus conta a parábola do bom pastor que vai procurar a ovelha perdida e faz festa quando a encontra.

Mas pode acontecer que este irmão teimando em seus erros se torna um mau exemplo na comunidade, e provoque escândalos. Então Jesus ensina:
17 Se recusa ouvi-los, dize-o à Igreja. E se recusar ouvir também a Igreja, seja ele para ti como um pagão e um pecador público. Porque aqueles que pecam e não querem converter-se, não acolhem o perdão que oferecemos, são causa de escândalo aos irmãos, por sua própria culpa continuam na maldade, e se excluem da comunhão espiritual.

Jesus ensina que não é cada um que decide por própria conta como é a vida no Reino de Deus, mas é a comunidade deve ensinar:
18 Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu.
Porque quando a comunidade está unida no amor, Jesus está junto com seus discípulos:
19 Digo-vos ainda isto: se dois de vós se unirem sobre a terra para pedir, seja o que for, consegui-lo-ão de meu Pai que está nos céus.
20 Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.
Em nome de Cristo significa não somente lembrança de Cristo, mas presença real de Cristo realizada pelo amor, como ele mesmo prometeu. Deus gosta da união entre nós, operada especialmente através da oração comunitária, e Cristo garante que está presente assumindo nossa oração e apresentando-a ao Pai.
O que faz a Igreja não é o número de pessoas reunidas. O que faz a Igreja é o fato de essas pessoas terem sido reunidas por Cristo, estarem unidas a ele e nele.
A atividade à qual Jesus se dedicou com mais carinho durante os três anos de evangelização foi reunir e formar a comunidade dos discípulos. Ele era o Filho de Deus e o mestre que ensinava aos discípulos a viver como filhos de Deus e irmãos entre si, superando os desejos pessoais e também perdoando as fraquezas dos outros. Para Jesus a correção deve ser fraterna, porque o movente é o bem do irmão.
Esta primeira comunidade devia ser a semente de todas as outras comunidades da Igreja. A Igreja de Jesus é feita de pequenas comunidades onde as pessoas se conhecem e se esforçam de ter bom relacionamento entre si. A Igreja é uma comunidade de vida e salvação, uma família de irmãos que se perdoam, e se ajudam a melhorar.

Vamos participar de um pequeno grupo de oração em que os participantes rezem o terço, meditem a Palavra de Deus e sintam solidariedade atendendo às necessidades dos irmãos. Na nossa Igreja devemos superar o anonimato. Devemos dar valor aos pequenos grupos que se reúnem estavelmente para oração do terço, grupos bíblicos, trabalho comunitário e confraternização, porque nestes grupos é mais fácil estabelecer o relacionamento fraterno que Jesus pede para sua Igreja. É preciso viver como comunidade, trabalhar como comunidade, rezar como comunidade. Assim este grupo missionário mostrará concretamente a presença de Deus.

Oração: é a minha resposta a Deus é louvor e adoração, é intercessão e ação de graças.

Jesus, como é fácil ofender o irmão, quantas vezes eu erro. A misericórdia que o irmão me oferece me faz muito bem. Também eu quero oferecer compreensão para meu irmão que errou contra mim, e superar o ressentimento que volta continuamente a lembrar a ofensa passada. Peço me dê participar da misericórdia do seu coração para perdoar como você perdoa.
Senhor, ajuda-nos a sair de nosso comodismo e participar mais. Aumenta a nossa união espiritual com os outros para que aumente também a nossa união visível, humana, social, com os outros. Você nos ensinou que quanto maior nossa comunhão, humana e social com os outros irmãos, tanto mais vai crescer a nossa comunhão espiritual com você, nosso Salvador.

Contemplação:  perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.

Oração final