Jo 6,1-15 = Multiplicação dos pães: este é verdadeiramente o profeta.

ORAÇÃO INICIAL para sentir-se à presença de Deus

1º LER Escuta a Palavra de Deus!

1 Depois disso, atravessou Jesus o lago da Galiléia (que é o de Tiberíades.)*

2 Seguia-o uma grande multidão, porque via os milagres que fazia em beneficio dos enfermos.

3 Jesus subiu a um monte e ali se sentou com seus discípulos.

4 Aproximava-se a Páscoa, festa dos judeus.

5 Jesus levantou os olhos sobre aquela grande multidão que vinha ter com ele e disse a Filipe: Onde compraremos pão para que todos estes tenham o que comer?

6 Falava assim para o experimentar, pois bem sabia o que havia de fazer.

7 Filipe respondeu-lhe: Duzentos denários de pão não lhes bastam, para que cada um receba um pedaço.

8 Um dos seus discípulos, chamado André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe:

9 Está aqui um menino que tem cinco pães de cevada e dois peixes… mas que é isto para tanta gente?

10 Disse Jesus: Fazei-os assentar. Ora, havia naquele lugar muita relva. Sentaram-se aqueles homens em número de uns cinco mil.

11 Jesus tomou os pães e rendeu graças. Em seguida, distribuiu-os às pessoas que estavam sentadas, e igualmente dos peixes lhes deu quanto queriam.

12 Estando eles saciados, disse aos discípulos: Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca.

13 Eles os recolheram e, dos pedaços dos cinco pães de cevada que sobraram, encheram doze cestos.

14 À vista desse milagre de Jesus, aquela gente dizia: Este é verdadeiramente o profeta que há de vir ao mundo.

15 Jesus, percebendo que queriam arrebatá-lo e fazê-lo rei, tornou a retirar-se sozinho para o monte.*

2º MEDITAR. Refletir sobre esta Palavra

Nesta segunda semana da Páscoa partir de hoje a Liturgia apresenta à nossa meditação o Evangelho de São João no capítulo 6, em que Jesus se oferece a nós como “o Pão da vida”, por sua Palavra e especialmente pela Eucaristia.

Jesus está rodeado por uma multidão, o lugar é deserto. Jesus conhece as necessidades do povo e pede a colaboração dos discípulos: “Onde vamos comprar pão?”. Eles têm só cinco pães e dois peixes e oferecem o que eles têm.

Depois que os discípulos deram o cesto com os pães e peixes, Jesus pede a fé: “Fazei-os assentar”, assentaram-se em grupos de cem e de cinquenta: Jesus é o Messias que forma o seu povo, convida sua comunidade à mesa da palavra e à mesa do pão.

Jesus revela a generosidade do Pai e atua com o seu poder divino. “Ergueu os olhos ao céu e rendeu graças” é a oração que precede a refeição porque todo alimento é dom do Pai.

Em seguida distribui às pessoas que estão sentadas. “Todos ficaram satisfeitos”. É a bondade de Deus que multiplica e manda repartir.

Mas a reação do povo é diferente do que ele deseja: “Este é o profeta” que resolve nossos problemas, vamos fazê-lo rei. O povo sempre procura um líder que vá ao encontro de suas necessidades mais urgentes, como alimentação e saúde.

Então Jesus retira-se, porque não está procurando o sucesso humano, mas o Reino do Pai. Mostra o Reino de Deus, e vai embora, esperando que a fé brote aos poucos.

A comunidade de Jesus vive de fé, esperança e caridade, por isso doa o que tem. A fé é confiar na bondade poderosa do Pai do céu, antes de ver sua ação no presente. Neste ambiente de confiança e doação total Deus age com seu poder.

Confia em Deus, e dá tudo de si com amor aos irmãos. E Deus dará tudo por acréscimo. Coloque Deus em primeiro lugar, abra mais espaço para Deus em seu coração, e ele vai agir mais.

A multiplicação dos pães é um sinal extraordinário que mostra como a Providência de Deus está continuamente presente às suas criaturas. Porém é necessário que demos os cinco pães e os dois peixes, porque nós devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance.

Depois deste milagre Jesus prometeu outro dom ainda maior: a doação de seu corpo e sangue como alimento que dá a vida eterna. A multiplicação dos pães é um sinal extraordinário que prepara o dom da Eucaristia: Quando multiplicou o pão e o peixe era a festa de Páscoa judaica. Um ano mais tarde, na festa de Páscoa, Jesus dará seu Corpo aos discípulos como alimento espiritual na forma de pão consagrado.

3º ORAR. Dialogar com Deus

Jesus, você realizou o maravilhoso sinal da multiplicação dos pães para que o povo procurasse você “Pão da vida”. Mas o povo queria você somente como rei da prosperidade neste mundo. Por isso você deixou o povo e se retirou sozinho para o encontro com o Pai.

Eu quero procurar você não só para minhas necessidades materiais, mas especialmente como Pão que alimenta na caminhada para o Pai.

Dá-me a graça de fazer como aquela criança que deu todos os pães que tinha e você os multiplicou com seu poder divino.

4º CONTEMPLAR. Qual é a Palavra que mais tocou meu coração?

Silêncio para olhar com amor a Deus e ao próximo.

ORAÇÃO FINAL em agradecimento

Teve início nesta quarta-feira, 19 de abril em Aparecida, SP, a 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), estão presentes 485 bispos . O tema central do encontro deste ano é a avaliação global da caminhada da CNBB.

O núncio apostólico, dom Giambattista Diquattro, representante do Papa Francisco no Brasil, abriu a assembleia com uma saudação: “O Papa Francisco reza por este importante momento de encontro e unidade”, garantiu dom Giambattista, que convidou os bispos a consolidar, desenvolver e fortalecer a comunhão da Igreja para a qual o Espírito Santo os consagrou, e o caminho da sinodalidade: “Expressem a unidade da Igreja”, que é inserção vital num organismo animado pela graça com conhecimento e amor.” “Nas suas mentes e corações de pastores, o Senhor coloque este carisma, esta responsabilidade e este dom.”

Todos os dias, no Santuário Nacional, às 18h, os bispos rezarão o terço no Altar Central do Santuário Nacional e, às 18h30, os bispos participarão das celebrações eucarísticas também no Santuário.

Jo 3,31-36 = Quem crê no Filho tem vida eterna.

ORAÇÃO INICIAL para sentir-se à presença de Deus

1º LER Escuta a Palavra de Deus!

31 Aquele que vem de cima é superior a todos. Aquele que vem da terra é terreno e fala de coisas terrenas. Aquele que vem do céu é superior a todos.

32 Ele testemunha as coisas que viu e ouviu, mas ninguém recebe o seu testemunho.

33 Aquele que recebe o seu testemunho confirma que Deus é verdadeiro.

34 Com efeito, aquele que Deus enviou fala a linguagem de Deus, porque ele concede o Espírito sem medidas.

35 O Pai ama o Filho e confiou-lhe todas as coisas.

36 Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; quem não crê no Filho não verá a vida, mas sobre ele pesa a ira de Deus.

2º MEDITAR. Refletir sobre esta Palavra

Nicodemos está escutando Jesus, mas a revelação de Jesus é bem diferente das explicações que ele estava acostumado ouvir na sinagoga.

Jesus vem do alto, de Deus. Ele nos traz as coisas que recebeu de Deus Pai. O Pai lhe entregou tudo.

O grande dom é o Espírito Santo. O Pai lhe dá o Espírito em plenitude. É o Espírito de Deus que leva Jesus a fazer as obras de Deus.

Depois de sua ressurreição, Jesus Cristo comunica o Espírito aos discípulos. Quem aceita o Espírito Santo é perdoado e  participa da vida do Filho.

A vida cristã consiste em seguir Cristo na terra, vivendo segundo seus mandamentos e seus ideais e trabalhando como ele, de modo que os homens possam também seguir seus passos. A vida cristã é comunhão com Deus e com nossos irmãos. É uma comunhão que vai além da morte e que garante nossa própria ressurreição.

Mas quem gosta mais das coisas da terra, não pode ter coração aberto para acolher Jesus com adesão total. Quem o rejeita ficará no seu pecado, permanecerá na ira de Deus.

Na vida dos santos podemos verificar a ação do Espírito Santo: com a graça de Deus eles realizaram obras de misericórdia às vezes em modo extraordinário.

3º ORAR. Dialogar com Deus

Jesus, neste mundo há mentira, há injustiça, tudo é provisório, inseguro. Queremos seguir você que veio de Deus e nos oferece o Espírito do Pai. Queremos viver a vida cristã em nossa casa, junto com nossa comunidade. Aumenta nossa segurança pela certeza que você já venceu.

4º CONTEMPLAR. Qual é a Palavra que mais tocou meu coração?

Silêncio para olhar com amor a Deus e ao próximo.ORAÇÃO FINAL em agradecimento

Jo 3,16-21 = Jesus a Nicodemos: Deus entregou ao mundo seu Filho único!

ORAÇÃO INICIAL para sentir-se à presença de Deus

1º LER Escuta a Palavra de Deus!

16 Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.

17 Pois Deus não enviou o Filho ao mundo para condená-lo, mas para que o mundo seja salvo por ele.

18 Quem nele crê não é condenado;

mas quem não crê já está condenado, por que não crê no nome do Filho único de Deus.*

19 Ora, este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz, pois as suas obras eram más.

20 Porquanto todo aquele que faz o mal odeia a luz e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.

21 Mas aquele que pratica a verdade, vem para a luz. Torna-se assim claro que as suas obras são feitas em Deus.

2º MEDITAR. Refletir sobre esta Palavra

Deus Pai amou tanto o mundo que lhe deu seu Filho único para que o mundo seja salvo por ele.

Desde o início a humanidade desobedeceu ao seu Criador, o pecado entrou no mundo, e toda a criação está sujeita ao pecado.

Deus é amor e quer salvar a sua criação. A Encarnação e a Redenção são manifestações do amor sem limites de Deus para com o homem.

Deus para nos salvar envia seu Filho: deu ao Filho a missão de amar até o fim das forças, sempre tentando salvar. Jesus manifestou que Deus é amor e quer salvar a todos.

Deus manifestou seu amor sem limites para a humanidade quando se encarnou no seio de Maria para fazer parte de sua criação, e redimi-la de seu pecado.

Nós pregamos Jesus na cruz. Ele amou e obedeceu ao Pai, e perdoou à humanidade, levantado na cruz tornou-se fonte se salvação para toda a humanidade. Todos aqueles que se convertem e se entregam a ele participam de seu perdão e de sua vida de amor.

Deus não força a nossa liberdade. Crer e amar depende da nossa decisão, de nossa vontade.

Todo aquele que faz o mal odeia a luz e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.

Quem ama a maldade, fica no mal que faz. Prefere a escuridão, para que não apareça que suas obras são más. Quem não segue o modo de viver de Jesus recusa a verdade, que é Cristo, fica no seu pecado, na condenação.Quem não crê, condena-se a si mesmo, porque se coloca nas trevas, longe de Cristo.

Mas aquele que pratica a verdade, vem para a luz. Torna-se assim claro que as suas obras são feitas em Deus.

A vida eterna começa agora, quando seguimos Jesus, praticamos a verdade, e fazemos nossas obras em Deus, quando olhamos com fé o Filho de Deus levantado na cruz no nosso lugar.

Enquanto vivemos, encontraremos sempre em Jesus o Salvador. Por mais graves e muitos que sejam nossos pecados, sempre conseguiremos o perdão se demonstrarmos sincero arrependimento.

3º ORAR. Dialogar com Deus

Jesus, quantas faltas cometemos, quanta maldade há no coração humano. Se o Pai aplicasse logo sua justiça, quem seria salvo? Mas o Pai quer salvar sua criação, e por isso a entregou a você, o Filho, o único santo, e você nos amou tanto que assumiu seus irmãos pecadores e os amou tanto que alcançou do Pai o perdão. Eu agradeço, e também quero perdoar.

4º CONTEMPLAR. Qual é a Palavra que mais tocou meu coração?

Silêncio para olhar com amor a Deus e ao próximo.

ORAÇÃO FINAL em agradecimento

Uma igreja destruída

Testemunho do padre Oleh Ladnyuk

“Na Ucrânia há guerra, a cada dia caem bombas, danificando até mesmo igrejas, nem mesmo durante as celebrações da Páscoa das Igrejas Orientais as bombas pararam de cair na Ucrânia.

Vítimas e feridos no sábado (15/04) e domingo (16/04) na Ucrânia, com a guerra que não conhece descanso nem mesmo em dia de festa.

O  padre Oleh Ladnyuk, comemorou a Páscoa próximo da linha de frente de combate, junto aos militares. “Mesmo na Igreja onde eu estive, podia-se ouvir as explosões das bombas, mas felizmente nenhuma chegou perto de nós, não havia medo, eu estava olhando para as pessoas, seus rostos, os militares. Ninguém fugiu, todos estavam seguros pela proteção de Deus e assim terminamos a nossa celebração”.

“É claro que é difícil pregar neste momento, porque quando as pessoas morrem – por exemplo em Kherson, dois civis morreram nestas horas – não é fácil continuar, mas temos a esperança de que Deus nos salva, especialmente agora que o mal está entre nós.” “Dizemos sempre que a Páscoa vence a morte, é o triunfo da luz sobre as trevas, e por isso esperamos que a bondade sempre prevaleça sobre o mal”.

Jo 3,7-15 = Jesus a Nicodemos: dizemos o que sabemos.

ORAÇÃO INICIAL para sentir-se à presença de Deus

1º LER Escuta a Palavra de Deus!

7 Não te maravilhes de que eu te tenha dito: Necessário vos é nascer de novo.

8 O vento sopra onde quer; ouves-lhe o ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece com aquele que nasceu do Espírito.*

9 Replicou Nicodemos: Como se pode fazer isso?

10 Disse Jesus: És doutor em Israel e ignoras estas coisas!…

11 Em verdade, em verdade te digo: dizemos o que sabemos e damos testemunho do que vimos, mas não recebeis o nosso testemunho.

12 Se vos tenho falado das coisas terrenas e não me credes, como crereis se vos falar das celestiais?

13 Ninguém subiu ao céu senão aquele que desceu do céu, o Filho do Homem que está no céu.*

14 Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem,*

15 para que todo homem que nele crer tenha a vida eterna.

2º MEDITAR. Refletir sobre esta Palavra

Como todo bom Judeu, também Nicodemos esperava o Messias, o Filho do homem que vem sobre as nuvens do céu para libertar o povo judeu do domínio dos inimigos. Nicodemos procurou Jesus para conhecer a verdade de Deus.

Jesus responde que as coisas deste mundo exercem forte atração sobre nós.

Mas é necessário nascer do Espírito para conhecer a verdade de Deus. Quem segue o Espírito não se deixa dominar pelos interesses e instintos humanos, e prefere seguir a inspiração que Deus coloca em nosso coração para fazer o bem.

Jesus conhece as coisas de Deus porque veio de Deus. “Damos testemunho daquilo que vimos”. Jesus fala com autoridade do Reino de Deus porque vive em união com o Pai, e pede para Nicodemos uma fé firme. Esta fé depende do Espírito Santo. Quando seguimos critérios humanos não podemos compreender os sinais de Deus. Para compreender e viver as coisas de Deus é necessária a luz do Espírito Santo.

Durante sua vida terrena Jesus foi pouco compreendido, porque todo mundo esperava um messias político. Só depois da morte e ressurreição os discípulos poderão compreender a realidade de Jesus.

É necessário que o Filho do homem seja levantado, seja glorificado, para doar o Espírito Santo. Ele vai entrar na glória ao ser levantado na cruz para expiar o pecado. É necessário olhar para a cruz, da qual Cristo nos oferece a salvação.

Quem raciocina com critérios humanos não aceita a cruz, não chegará à glória.

Só quem nasce do Espírito tem disposição para compreender e viver a cruz. Somos batizados e mergulhados no Espírito Santo.

O testemunho cristão é sempre fruto da contemplação.

Precisamos possuir a experiência da fé que evangelizamos.

3º ORAR. Dialogar com Deus

Jesus, Nicodemos era um homem honesto, procurou você de noite para não ser notado pelos seus colegas, para não ser expulso da sinagoga. Só depois que você morreu na cruz, teve a coragem de se manifestar e levou a mirra para sua sepultura. Ajuda-nos a ter sempre coragem de manifestar que somos seus discípulos no meio de colegas que estão afastados da fé.

4º CONTEMPLAR. Qual é a Palavra que mais tocou meu coração?

Silêncio para olhar com amor a Deus e ao próximo.

ORAÇÃO FINAL em agradecimento

Jo 3,1-8 = Jesus a Nicodemos: necessário vos é nascer de novo.

ORAÇÃO INICIAL para sentir-se à presença de Deus

1º LER Escuta a Palavra de Deus!

1 Havia um homem entre os fariseus, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.*

2 Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és um Mestre vindo de Deus. Ninguém pode fazer esses milagres que fazes, se Deus não estiver com ele.

3 Jesus replicou-lhe: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus.

4 Nicodemos perguntou-lhe: Como pode um homem renascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no seio de sua mãe e nascer pela segunda vez?

5 Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus.*

6 O que nasceu da carne é carne, e o que nasceu do Espírito é espírito.

7 Não te maravilhes de que eu te tenha dito: Necessário vos é nascer de novo.

8 O vento sopra onde quer; ouves-lhe o ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece com aquele que nasceu do Espírito.*

2º MEDITAR. Refletir sobre esta Palavra

Nicodemos é um fariseu honesto que procura a verdade. Ele percebe que Jesus apresenta um ensinamento que vem de Deus, e o procura para um encontro esclarecedor.

Jesus explica a Nicodemos que anuncia as coisas do alto, e para compreende-las é necessário nascer de novo da água e do Espírito Santo.

Nicodemos ainda está ligado à lei de Moisés, entende as coisas de Deus segundo o entendimento humano, da carne.

Jesus explica que o que nasce da carne é um ser humano, com suas limitações. Não basta ser da raça de Abrão, e guardar a lei de Moisés. É o Espírito de Deus que introduz no Reino de Deus.

O livro do Gênesis narra como o Espírito de Deus estava pairando sobre as águas, para torná-las fecundas, berço da vida. Agora nas águas do batismo o Espírito faz renascer como filho de Deus. Não se trata só de água material, mas da água sobre a qual está pairando o Espírito de Deus e as águas, para torná-la fecunda, berço da vida espiritual, o resultado é real, mas invisível como o vento. 

Nascer “de novo” significa que, a partir de agora, o Espírito guia nossas vidas no seguimento de Jesus. Agora, pela ressurreição, o Espírito de Deus renova nossa vida e renova todas as coisas. O Espírito leva os discípulos a fazer as obras de Deus, doa frutos de amor, alegria, perdão e paz.

 3º ORAR. Dialogar com Deus

Jesus, só com nossas forças humanas não chegamos a Deus. É necessário a luz do Espírito Santo que recebemos no Batismo. Ajuda-nos a valorizar este sacramento que recebemos ainda criança, e corremos o perigo de esquecer. A partir do Batismo entramos no ambiente do Espírito Santo, e depende da família e comunidade cristã ajudar a compreender e viver no Espírito.

4º CONTEMPLAR. Qual é a Palavra que mais tocou meu coração?

Silêncio para olhar com amor a Deus e ao próximo.ORAÇÃO FINAL em agradecimento

Jo 20,19-31 = Oito dias depois, Jesus aparece aos discípulos e a Tomé.

Oração invocando: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.

Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.

19 Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam, por medo dos judeus. Jesus veio e pôs-se no meio deles. Disse-lhes ele: A paz esteja convosco!

20 Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor.

21 Disse-lhes outra vez: A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós.

22 Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo.

23 Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos.

24 Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. 

25 Os outros discípulos disseram-lhe: Vimos o Senhor. Mas ele replicou-lhes: Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, e não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e não introduzir a minha mão no seu lado, não acreditarei!

26 Oito dias depois, estavam os seus discípulos outra vez no mesmo lugar e Tomé com eles. Estando trancadas as portas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse: A paz esteja convosco!

27 Depois disse a Tomé: Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé.

28 Respondeu-lhe Tomé: Meu Senhor e meu Deus!

29 Disse-lhe Jesus: Creste, porque me viste. Felizes aqueles que crêem sem ter visto!

Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.

19 Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam, por medo dos judeus.

Jesus veio e pôs-se no meio deles. Os discípulos estão com medo. Disse-lhes ele: A paz esteja convosco! O “Domingo” é o Dia do Senhor ressuscitado que doa sua paz.

20 Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Jesus esclareceu e fortificou a fé dos discípulos e deu-lhes paz e alegria: alegraram-se ao ver o Senhor.

Depois os enviou em missão com o poder do Espírito Santo, porque somente o Espírito Santo pode tirar o pecado e fazer renascer para a vida nova de Jesus: Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós. 22 Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. 23 Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos.

A MISERICÓRDIA DIVINA tira o pecado e coloca a paz. O sopro divino renova a vida na nova criação.

Hoje Jesus continua presente no meio de seus discípulos, mas não é mais visível a seus olhos: Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome eu estarei no meio deles. Mas no DOMINGO a presença dele é sacramental.

Tomé chega mais tarde, também ele com medo, e não consegue compartilhar a alegria dos outros.

24 Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.

25 Os outros discípulos disseram-lhe: Vimos o Senhor. Mas ele replicou-lhes: Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, e não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e não introduzir a minha mão no seu lado, não acreditarei!

No “oitavo dia” aparece novamente para fortificar a fé de Tomé, que exigiu também ele tocar as feridas para acreditar.

26 Oito dias depois, estavam os seus discípulos outra vez no mesmo lugar e Tomé com eles. Estando trancadas as portas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse: A paz esteja convosco!

O coração de Jesus é misericordioso e vai ao encontro da miséria de Tomé: 27 Depois disse a Tomé: Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé.

Tomé vê com seus olhos e toca com suas mãos o corpo de Jesus. Porém a mudança acontece na mente e no coração dele: pela fé enxerga que Jesus é Deus e se entrega a ele como seu Senhor: 28 Respondeu-lhe Tomé: Meu Senhor e meu Deus!

29 Disse-lhe Jesus: Creste, porque me viste. Felizes aqueles que creem sem ter visto!

Jesus Cristo ressuscitado quer que a força de Deus vença também no interior de todos os seus discípulos.

Quanto mais rezamos, mais perto de Deus nos encontramos. Conhecemos a vontade de Deus por meio da oração. De acordo com a paz que trazem dentro de si, as pessoas têm conhecimento se estão ou não vivendo de acordo com a vontade de Deus. Se não sentem paz em seus corações, sabem que não estão vivendo corretamente. Os que fazem a vontade de Deus têm paz. Suas vidas se enchem de alegria e de contentamento, mesmo quando enfrentam grandes sofrimentos. Dessa forma, a prova para saber se estamos fazendo as coisas corretamente na terra é a intensidade da paz que sentimos.

30 Fez Jesus, na presença dos seus discípulos, ainda muitos outros milagres que não estão escritos neste livro.

31 Mas estes foram escritos, para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome. Crer é confiar no poder de Deus, sem exigir ver o resultado imediatamente.

Oração: é a minha resposta a Deus é louvor e adoração, é intercessão e ação de graças.

Jesus, eu não pretendo tocar suas feridas para crer, mas professo minha fé: “Você é meu Senhor e meu Deus”. Quero professar minha fé quando recebo você na comunhão eucarística, sei que recebo seu corpo que foi imolado por nós na cruz e está ressuscitado, vivo na Eucaristia. Quero professar minha fé na sua Misericórdia quando reparo em minhas continuas fraquezas, peço o perdão e recebo sua paz.

Contemplação:  perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.

Oração final:

DOMINGO DA DIVINA MISERICÓRDIA

Jesus apareceu a Irmã Faustina e lhe disse: “Neste dia, estão abertas as entranhas da Minha Misericórdia; derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha Misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão total das culpas e das penas”.“Nenhuma alma terá justificação enquanto não se dirigir com confiança à Minha misericórdia. E é por isso que o primeiro domingo depois da Páscoa deve ser a Festa da Misericórdia. Nesse dia, os sacerdotes devem falar às almas desta Minha grande e insondável misericórdia” (Diário, 570).

Mc 16,9-15 = Jesus ressuscitado envia os onze em missão.

Oração invocando: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.

Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.

9 Tendo Jesus ressuscitado de manhã, no primeiro dia da semana apareceu primeiramente a Maria de Magdala, de quem tinha expulsado sete demônios.*

10 Foi ela noticiá-lo aos que estiveram com ele, os quais estavam aflitos e chorosos.

11 Quando souberam que Jesus vivia e que ela o tinha visto, não quiseram acreditar.

12 Mais tarde, ele apareceu sob outra forma a dois entre eles que iam para o campo.*

13 Eles foram anunciá-lo aos demais. Mas estes tampouco acreditaram.

14 Por fim apareceu aos Onze, quando estavam sentados à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e dureza de coração, por não acreditarem nos que o tinham visto ressuscitado.

15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.

Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.

Enquanto estava vivo e pregando o Reino de Deus com seus discípulos Jesus anunciou sua morte e ressurreição, como tinham predito os profetas. Eles escutavam perplexos, porque sabiam o que é morrer, mas não compreendiam o que é ressuscitar.

No terceiro dia após a morte Jesus ressuscitou.

O Evangelho de Marcos oferece um resumo das aparições de Jesus e uma apresentação global da missão da Igreja.

Jesus ressuscitado aparece a Maria de Magdala, o coração dela exulta de alegria, e vai logo levar a notícia aos discípulos, que não querem acreditar.

Jesus aparece a dois discípulos no caminho de Emaús explicando as escrituras.

Por fim Jesus aparece aos discípulos e censura esta dureza de coração. Porque não acreditam no testemunho dos outros? É porque exigem provas mais consistentes do que simples palavras. Por isso Jesus censura-lhes a dureza de coração que leva à incredulidade, o orgulho que não quer acolher as Escrituras e os pequenos sinais da presença de Deus.

Jesus abre-lhes a inteligência explicando as profecias da escritura que se referem a ele. Jesus ressuscitado fortifica a fé dos discípulos e dá-lhes a missão de anunciar o Evangelho a toda criatura.

A fé da Igreja se baseia no testemunho dos apóstolos que viram o Ressuscitado presente com eles. Esta fé é transmitida e alimentada pela presença contínua do Ressuscitado no meio de nós, pela experiência de sua ação salvadora. Os discípulos devem continuar a ação de Jesus.

Ao longo da história da Igreja constatamos um fato que se repete: às vezes as pessoas humildes do povo cristão em suas necessidades alcançam muitas graças porque tem mais fé simples e pronta do que os líderes intelectuais que exigem muitas provas.

Quando confiamos  na presença de Jesus ressuscitado tudo tem valor porque Jesus está vivo no meio de nós estabelecendo um profundo relacionamento pessoal com todos.

A comunidade cristã se alegra com a presença operante de Jesus. É Jesus ressuscitado que dá valor a todas as coisas e impulso para testemunhá-lo.

Oração: é a minha resposta a Deus é louvor e adoração, é intercessão e ação de graças.

Jesus, dá-nos um coração simples e humilde, que confia na presença de você vivo no meio de nós especialmente quando estamos reunidos em seu nome. Também quando atendemos a quem nos procura em suas necessidades físicas, psicológicas ou morais. Que nós possamos ver você em nossos irmãos e conviver na solidariedade, na paciência, no perdão.

Contemplação:  perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.

Oração final: Amanhã será a Festa da Divina Misericórdia

Jo 21,1-14 = Aparição aos discípulos na Galiléia.

Oração invocando: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.

Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.

1 Depois disso, tornou Jesus a manifestar-se aos seus discípulos junto ao lago de Tiberíades. Manifestou-se deste modo:

2 Estavam juntos Simão Pedro, Tomé (chamado Dídimo), Natanael (que era de Caná da Galiléia), os filhos de Zebedeu e outros dois dos seus discípulos.

3 Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Responderam-lhe eles: Também nós vamos contigo. Partiram e entraram na barca. Naquela noite, porém, nada apanharam.

4 Chegada a manhã, Jesus estava na praia. Todavia, os discípulos não o reconheceram.

5 Perguntou-lhes Jesus: Amigos, não tendes acaso alguma coisa para comer?  Não, responderam-lhe.

6 Disse-lhes ele: Lançai a rede ao lado direito da barca e achareis. Lançaram-na, e já não podiam arrastá-la por causa da grande quantidade de peixes.

7 Então aquele discípulo, que Jesus amava, disse a Pedro: É o Senhor! Quando Simão Pedro ouviu dizer que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se às águas.

8 Os outros discípulos vieram na barca, arrastando a rede dos peixes (pois não estavam longe da terra, senão cerca de duzentos côvados).

9 Ao saltarem em terra, viram umas brasas preparadas e um peixe em cima delas, e pão.

10 Disse-lhes Jesus: Trazei aqui alguns dos peixes que agora apanhastes.

11 Subiu Simão Pedro e puxou a rede para a terra, cheia de cento e cinqüenta e três peixes grandes. Apesar de serem tantos, a rede não se rompeu.

12 Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. Nenhum dos discípulos ousou perguntar-lhe: Quem és tu?, pois bem sabiam que era o Senhor.

13 Jesus aproximou-se, tomou o pão e lhos deu, e do mesmo modo o peixe.

14 Era esta já a terceira vez que Jesus se manifestava aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado.

Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.

Hoje contemplamos Jesus ressuscitado que encontra os discípulos na Galiléia, nos lugares em que tinha iniciado a evangelização. Os discípulos continuam sendo as mesmas criaturas humanas com todos seus limites. Estão no barco a uns cem metros da margem, cansados, tristes. Passaram a noite pescando e não pegam nada.

Jesus está na praia, mas não o reconhecem, porque é “o Senhor ressuscitado”. Ele pede para trazer algum peixe. Eles não tem nada, mas Jesus dá a ordem: “Lançai a rede à direita da barca, e achareis”.

Os discípulos obedecem. Com Cristo, a pesca é abundante. No encontro aparece a grande ternura de Jesus para os amigos, ele está de pé na margem e já preparou umas brasas com peixe assado e pão para a refeição.

João reconhece logo: aquele que mandou jogar a rede para aquela pesca milagrosa é o Senhor. Ao enxergar o Senhor, o coração sensível de Pedro bate de alegria, lança-se ao mar impaciente por estar junto ao Mestre.

Jesus fortifica a fé e a amizade com seus discípulos: “Vinde comer”, e pede para trazer também do peixe que eles acabam de pescar, para assar e comer juntos.

Jesus tem todo o poder de Deus, e nos ama, amor que se manifesta através de gestos: prepara pão e peixe para a refeição dos discípulos cansados, conforta-os e fortifica sua fé e sua amizade. Mas Ele pede nossa resposta de amor: “Trazei alguns dos peixes que acabam de pescar”, porque na amizade cada um oferece aos amigos tudo o que tem.

Na confraternização junto com o Senhor ficam falando das coisas do Reino de Deus, conversando, explicando as escrituras e vai crescendo a alegria, a doação total, a formação da comunidade do Reino de Deus. Cristo é fonte da verdadeira alegria.

Jesus ressuscitado está sempre conosco nos acontecimentos do dia a dia. Ele nos trata como amigos e nesta amizade se oferece a nós todo dia na intimidade da oração, especialmente na Missa se une a nós na Eucaristia.

Oração: é a minha resposta a Deus é louvor e adoração, é intercessão e ação de graças.

Jesus, você voltou aos lugares conhecidos da Galileia onde tinha começado a evangelizar junto com seus discípulos. Você é o Senhor ressuscitado, mas na convivência continua sendo o amigo que está junto com os amigos.

Você está sempre junto conosco com esta mesma amizade e ternura. Aumenta nossa fé para que sempre sintamos sua proximidade nos momentos alegres ou tristes de nossa vida.

Contemplação:  perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.Oração final:

Lc 24,35-48 = Aparição aos onze.

Oração invocando: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.

Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.

35 Eles, por sua parte, contaram o que lhes havia acontecido no caminho e como o tinham reconhecido ao partir o pão.

36 Enquanto ainda falavam dessas coisas, Jesus apresentou-se no meio deles e disse-lhes: A paz esteja convosco!

37 Perturbados e espantados, pensaram estar vendo um espírito.

38 Mas ele lhes disse: Por que estais perturbados, e por que essas dúvidas nos vossos corações?

39 Vede minhas mãos e meus pés, sou eu mesmo; apalpai e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que tenho.

40 E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e os pés.

41 Mas, vacilando eles ainda e estando transportados de alegria, perguntou: Tendes aqui alguma coisa para comer?

42 Então ofereceram-lhe um pedaço de peixe assado.

43 Ele tomou e comeu à vista deles.

44 Depois lhes disse: Isto é o que vos dizia quando ainda estava convosco: era necessário que se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos profetas e nos Salmos.*

45 Abriu-lhes então o espírito, para que compreendessem as Escrituras, dizendo:

46 Assim é que está escrito, e assim era necessário que Cristo padecesse, mas que ressurgisse dos mortos ao terceiro dia.

47 E que em seu nome se pregasse a penitência e a remissão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.

48 Vós sois as testemunhas de tudo isso.

Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.

Os discípulos estão reunidos e sentem todas as dificuldades e decepções pela morte de Jesus. Jesus aparece aos onze reunidos. Os discípulos não são crédulos ou ingênuos, mas desconfiados, críticos, pensam que seja fantasma e ficam com medo.

A ressurreição de Jesus é algo de   completamente inesperado na vida humana; bonito demais para ser verdade: A alegria é tão grande que não consegue penetrar facilmente no coração deles.

Jesus oferece provas bem claras e pede que toquem nas mãos, que constatem as feridas dos pregos, também diante deles come um pedaço de peixe assado.

Porém estes sinais sensíveis não são suficientes para os discípulos compreenderem o significado da paixão, morte e ressurreição, que é participar da vida gloriosa. Jesus lembra as escrituras, explicando que cumpriu sua missão como está na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos: ofereceu-se em sacrifício pelos pecados, tornou perfeitos aqueles que santificou, e agora entra na glória.

Jesus ressuscitado é o mesmo que viveu com eles e foi crucificado, mas também seu aspecto é diferente: não está mais sujeito às nossas limitações humanas porque ressuscitou.

A ressurreição é um fato que acontece na nossa história, mas permanece um fato misterioso: ele está presente junto aos seus discípulos, mas invisível, e se torna visível só para dar uma missão.

Agora os discípulos experimentaram o amor de Deus, serão testemunhas deste amor. Jesus transmite aos discípulos seus poderes, a força do Espírito Santo para continuar sua missão até sua volta gloriosa no fim dos tempos.

Pela vontade do Senhor agora a Igreja testemunha que Jesus não é só uma pessoa que existiu no passado da humanidade, mas é o Vivente agora, é o Ressuscitado, é alguém que transforma a história e a humanidade. Testemunhar Cristo, ser cristão é mostrar coisas que são possíveis somente pela presença de Jesus ressuscitado entre nós.

ORAR: Para dar minha resposta a Jesus.

Jesus, eu peço que quando faço a leitura orante das escrituras, você aumente minha fé, vença minhas dificuldades e me dê o Espirito Santo para ser testemunha, missionário. Que eu possa anunciar com minha vida e minhas palavras que você está em minha vida e das pessoas que abrem seu coração.

Contemplação:  perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.Oração final:

Lc 24,13-35 = Aparição a dois discípulos no caminho de Emaus.

Oração invocando: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.

Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.

13 Nesse mesmo dia, dois discípulos caminhavam para uma aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios.*

14 Iam falando um com o outro de tudo o que se tinha passado.

15 Enquanto iam conversando e discorrendo entre si, o mesmo Jesus aproximou-se deles e caminhava com eles.

16 Mas os olhos estavam-lhes como que vendados e não o reconheceram.

17 Perguntou-lhes, então: De que estais falando pelo caminho, e por que estais tristes?

18 Um deles, chamado Cléofas, respondeu-lhe: És tu acaso o único forasteiro em Jerusalém que não sabe o que nela aconteceu estes dias?

19 Perguntou-lhes ele: Que foi? Disseram: A respeito de Jesus de Nazaré… Era um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo.

20 Os nossos sumos sacerdotes e os nossos magistrados o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram.

21 Nós esperávamos que fosse ele quem havia de restaurar Israel e agora, além de tudo isto, é hoje o terceiro dia que essas coisas sucederam.

22 É verdade que algumas mulheres dentre nós nos alarmaram. Elas foram ao sepulcro, antes do nascer do sol;

23 e não tendo achado o seu corpo, voltaram, dizendo que tiveram uma visão de anjos, os quais asseguravam que está vivo.

24 Alguns dos nossos foram ao sepulcro e acharam assim como as mulheres tinham dito, mas a ele mesmo não viram.

25 Jesus lhes disse: Ó gente sem inteligência! Como sois tardos de coração para crerdes em tudo o que anunciaram os profetas!

26 Porventura não era necessário que Cristo sofresse essas coisas e assim entrasse na sua glória?

27 E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava dito em todas as Escrituras.

28 Aproximaram-se da aldeia para onde iam e ele fez como se quisesse passar adiante.

29 Mas eles forçaram-no a parar: Fica conosco, já é tarde e já declina o dia. Entrou então com eles.

30 Aconteceu que, estando sentado conjuntamente à mesa, ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lho.*

31 Então se lhes abriram os olhos e o reconheceram… mas ele desapareceu. 

32 Diziam então um para o outro: Não se nos abrasava o coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?

33 Levantaram-se na mesma hora e voltaram a Jerusalém. Aí acharam reunidos os Onze e os que com eles estavam.

34 Todos diziam: O Senhor ressuscitou verdadeiramente e apareceu a Simão.

35 Eles, por sua parte, contaram o que lhes havia acontecido no caminho e como o tinham reconhecido ao partir o pão.

Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.

Cléofas e o outro discípulo amavam Jesus, mas o consideravam somente como um grande profeta com a missão de libertar a nação de Israel e dar-lhe a prosperidade. Ainda não tinham compreendido as profecias, que o Messias devia ser o Servo de Deus que expia o pecado para ser fonte de salvação.

Então Jesus começando por Moisés e passando pelos profetas, explica-lhes todas as passagens da Escritura que falam a respeito dele. A fé é cultivada pela meditação das Escrituras, por isso Jesus faz a explicação das Escrituras para que seu sentido penetre em seus corações. Jesus explicando as Escrituras lembra que o Messias poderá cumprir sua missão de salvar a humanidade e levá-la consigo na glória, somente depois de passar pela paixão, e expiar seus pecados.

“Abriu o entendimento” Além da explicação é necessário também a luz do Espírito Santo que “abre o entendimento” para compreender e aderir às realidades superiores à nossa compreensão humana.

A meditação da Palavra de Deus prepara o coração: “Estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras”.

Então um pequeno sinal é suficiente para a fé. Jesus costumava repartir o que tinha: era um sinal característico do amor dele por todos. Jesus toma o pão, abençoa, parte-o e lhes distribui, então os olhos dos discípulos se abrem e eles o reconhecem.

Jesus desaparece, mas a fé já está iluminando os discípulos: “Levantaram-se na mesma hora e voltaram a Jerusalém.”

Por que Jesus desaparece? Ele continua a ficar presente, mas de forma invisível, e com o poder do Espírito Santo.

Os cristãos “de fé” se dedicam a meditar as Escrituras à luz de Cristo e sentem arder seu coração na medida em que eles estão decididos a praticar o que o Senhor lhes manifesta na oração.

Os cristãos “de tradição” são aqueles que veem os acontecimentos com mentalidade humana, como os dois discípulos, que não conseguem iluminar a morte com a esperança da fé na ressurreição.

Como discernir os sinais da presença de Jesus? “Nisto reconhecerão que vós sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. Quando acolhemos qualquer irmão que vem a nós, e repartimos com ele nossa atenção acolhemos Jesus, que está unido a este irmão. Por esta fé facilmente poderemos discernir a presença de Jesus nos acontecimentos de cada dia, poderemos ver o Reino de Deus acontecendo agora entre nós, de modo particular em alguns fatos característicos do mundo de Deus: Quem tem fé vê a ação de Deus que cura o corpo, que cura as emoções, que renova a vida do espírito pela conversão, pela decisão de dedicar-se ao próximo, de partilhar o que recebemos e temos…

ORAR: Para dar minha resposta a Jesus.

Jesus, Quero em oração meditar as Escrituras e peço que aumente minha fé como fez com os discípulos de Emaús reconhecendo suas graças, e também peço o dom do amor aos irmãos para ser realmente seu discípulo.

Contemplação:  perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.Oração final: