LEITURA ORANTE – Cura de um cego em Jericó – Segunda-feira 14/11/2022


33 Comum Segunda
Lc 18,35-43 = Cura de um cego em Jericó.

Oração invocando: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.
Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.

35 Ao aproximar-se Jesus de Jericó, estava um cego sentado à beira do caminho, pedindo esmolas.*
36 Ouvindo o ruído da multidão que passava, perguntou o que havia.
37 Responderam-lhe: É Jesus de Nazaré, que passa.
38 Ele então exclamou: Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!
39 Os que vinham na frente repreendiam-no rudemente para que se calasse. Mas ele gritava ainda mais forte: Filho de Davi, tem piedade de mim!
40 Jesus parou e mandou que lho trouxessem. Chegando ele perto, perguntou-lhe:
41 Que queres que te faça? Respondeu ele: Senhor, que eu veja.
42 Jesus lhe disse: Vê! Tua fé te salvou.
43 E imediatamente ficou vendo e seguia a Jesus, glorificando a Deus. Presenciando isto, todo o povo deu glória a Deus.

Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.

Em Jerico um cego está sentado à beira do caminho, ele tem fé em Jesus “Filho de Davi (Messias prometido)”. Ele grita mostrando sua necessidade e sua fé, implorando a misericórdia: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim”.

Muitos acompanham o Mestre, mas o seguem mais por curiosidade do que para praticar o ensinamento, e mandam o cego calar a boca. Porém ele grita ainda mais forte: “Filho de Davi, tem piedade de mim!”

Jesus já sabe o que o cego pede, mas pergunta: “O que queres que eu faça por ti”?
O homem manifesta mais profundamente a sua fé. Então Jesus não somente cura o corpo, mas salva a pessoa toda: a pessoa toda é salva pela fé que compromete a própria vida com Jesus.
O cego curado torna-se discípulo missionário e acompanha Jesus glorificando a Deus e testemunhando a todo o povo. E todos louvam a Deus.

Devemos pedir, gritar: Jesus, eu não enxergo o valor dos bens eternos, eu quero enxergar. É importante orar sempre, sem desistir, porque isto fortifica a nossa fé. É importante confiar que Deus nos escuta sempre e atende. Às vezes Deus não dá o que pedimos, mas dá outros dons, mais necessários.

É importante agradecer os dons recebidos e testemunhar para os outros glorificando a Deus: esta é a fé que salva.

Oração: é a minha resposta a Deus é louvor e adoração, é intercessão e ação de graças.

Jesus, este mendigo está sentado à beira do caminho, marginalizado e a multidão fica indiferente acostumada a ver tantos necessitados.
A fé deste mendigo curado é um modelo para todos nós: pede a cura e grita. Depois de curado não fica acomodado em casa, mas se torna discípulo missionário que segue você no caminho de Jerusalém, louvando a Deus e testemunhando a todos a graça recebida.
Também eu grito: Jesus Salvador, tem piedade de mim.
Obrigado por todas as graças que me concedeu.

Contemplação:  perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.

Oração final

FINAL DA VIAGEM DE JESUS RUMO A JERUSALÉM PARA CELEBRAR A SUA PÁSCOA

Jesus está chegando ao final de sua viagem. Aos discípulos ele não esconde os perigos, é exigente e positivo. Jesus é o Messias que entra oficialmente em Jerusalém manso e humilde, montado sobre um jumentinho.
Sabe que chegou o momento supremo de realizar o PLANO DE DEUS: salvar a humanidade colocando seu amor de filho no lugar da maldade humana: expiação do pecado, morte e ressurreição.
Também mostra a misericórdia de Deus que ama, procura o pecador e dará uma recompensa grande aos discípulos.

É necessário: “Era necessário que Cristo sofresse essas coisas e assim entrasse em sua Glória”.
É necessário crer tudo o que os profetas declararam: a Palavra de Deus na Escritura vai ser realizada. Segundo está determinado, o Filho do Homem vai dar a vida para a salvação do seu povo.

No templo Jesus manifesta a salvação, mas os chefes do povo, em lugar de reconhecê-lo como o Messias, o rejeitam e tramam sua morte. A vitória é de Deus, e no terceiro dia Jesus ressuscita.
Contemplamos estas realidades pela leitura orante dos capítulos 13 até 21 do Evangelho de Lucas.

LEITURA ORANTE – “Ruína de Jerusalém e fim dos tempos e testemunho nas perseguições” – Domingo 13/11/2022

13-11
Domingo 33ºC =
Lc 21,5-19 = Ruína de Jerusalém e fim dos tempos e testemunho nas perseguições

Oração invocando: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.
Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.

5 Como lhe chamassem a atenção para a construção do templo feito de belas pedras e enfeitado de ricos donativos, Jesus disse:
6 Dias virão em que destas coisas que vedes não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído.
7 Então o interrogaram: Mestre, quando acontecerá isso? E que sinal haverá para saber-se que isso se vai cumprir?
8 Jesus respondeu: Vede que não sejais enganados. Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu; e ainda: O tempo está próximo. Não sigais após eles.
9 Quando ouvirdes falar de guerras e de tumultos, não vos assusteis; porque é necessário que isso aconteça primeiro, mas não virá logo o fim.
10 Disse-lhes também: Levantar-se-ão nação contra nação e reino contra reino.
11 Haverá grandes terremotos por várias partes, fomes e pestes, e aparecerão fenômenos espantosos no céu.

12 Mas, antes de tudo isso, vos lançarão as mãos e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença dos reis e dos governadores, por causa de mim. 13 Isto vos acontecerá para que vos sirva de testemunho. 14 Gravai bem no vosso espírito de não preparar vossa defesa, 15 porque eu vos darei uma palavra cheia de sabedoria, à qual não poderão resistir nem contradizer os vossos adversários.
16 Sereis entregues até por vossos pais, vossos irmãos, vossos parentes e vossos amigos, e matarão muitos de vós. 17 Sereis odiados por todos por causa do meu nome. 18 Entretanto, não se perderá um só cabelo da vossa cabeça.
19 É pela vossa constância que alcançareis a vossa salvação.*

Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.

Dias virão em que destas coisas que vedes não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído. Agora construímos nossas casas para morar, nossa sociedade para conviver. Todas as coisas que nós construímos na terra são limitadas e vão se acabando, não adianta se apegar, porque não nos acompanharão na eternidade. Tudo pode cair até as igrejas mais bonitas, até os reinos mais poderosos. Tudo cai porque é obra humana. Mas Deus fica perto de sua pequena criatura, o ser humano.

Quando ouvirdes falar de guerras e de tumultos, não vos assusteis; porque é necessário que isso aconteça primeiro, mas não virá logo o fim.
Jesus fala em destruição, falsos profetas, guerras, terremotos, pestes e doenças, perseguições e mortes…Tudo isso já aconteceu no passado e se repete hoje.
No contexto atual das mudanças climáticas, das ameaças de guerra com o uso de armas nucleares, o domínio da idolatria do dinheiro sustentado pelo sistema financeiro dos jogos da bolsa, os cristãos vivem a fé e continuam comprometidos com a justiça do reino do Pai.
Nós cristãos somos convidados a perseverar confiando no Pai, mantendo firme nosso compromisso com o Reino de Deus.

Vos perseguirão por causa de mim, eu vos darei uma palavra cheia de sabedoria, à qual não poderão resistir nem contradizer os vossos adversários. O Senhor não nos abandona: ele está conosco. Até quando a perseguição causa a morte de algum discípulo, a fé sai vitoriosa porque permite a Deus manifestar-se na fraqueza humana e na perseverança dos fiéis, que continuam a acreditar que o amor é mais forte que o mal, que a beleza é mais humana que a violência, que a justiça é mais saudável que o poder. E que essa história não termina em caos, mas em um abraço. O abraço de Deus.

Entretanto, não se perderá um só cabelo da vossa cabeça. É pela vossa constância que alcançareis a vossa salvação.
O que nós podemos fazer na atual situação de sofrimento é confiar em Deus e trabalhar para o bem dos irmãos necessitados, como Jesus ensinou. A fé nos ajuda a perseverar.

Oração: é a minha resposta a Deus é louvor e adoração, é intercessão e ação de graças.

Jesus, Você gostava do Templo, e lá junto com o povo participava dos louvores ao Pai. Também nós gostamos de uma Igreja bonita, isso é legítimo. Mas você nos alerta que tudo isso é passageiro, porque tudo será destruído, e o que ficará para a eternidade será somente a caridade com que amamos a Deus e ao próximo, porque o amor é a presença ativa de Deus em nós.

Contemplação:  perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.

Oração final

O 18º CONGRESSO EUCARÍSTICO NACIONAL
é realizado em Recife (PE) durante esta semana, de 11 a 15 de novembro.

Trata-se de um momento de toda a Igreja se reunir em torno da mesa da Eucaristia para agradecer a Deus por tão grande dom. É uma oportunidade de os fiéis testemunharem a sua fé e, para a Igreja, apresentar aquilo que é a sua essência: a Eucaristia.
O Congresso Eucarístico Nacional quer refletir sobre a importância do pão espiritual, que é o próprio Cristo, e também sobre o pão material. Através da partilha da Eucaristia que fazemos na Igreja, essa reflexão deve nos levar a partilhar de igual modo o pão material, sobretudo com aqueles que mais sofrem. Jesus nos ensinou a partilhar e, se estamos unidos a Cristo, devemos estar unidos entre os irmãos, olhando as necessidades do próximo.

O Congresso Eucarístico conta com a celebração de Primeira Eucaristia nas paróquias, catequeses, feira católica, exposições e celebrações diárias. Mesmo após o Congresso, ainda haverá celebrações e alguns outros eventos, culminando com a missa do Sacramento da Crisma, no dia 5 de abril de 2023.

LEITURA ORANTE – “É necessário orar sempre. Parábola da viúva importuna e do juiz iníquo.” – Sábado 12/11/2022

12-11
32 Comum Sábado =
Lc 18,1-8 = É necessário orar sempre. Parábola da viúva importuna e do juiz iníquo.

Oração invocando: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.
Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.

1 Propôs-lhes Jesus uma parábola para mostrar que é necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo.
2 Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem respeitava pessoa alguma.
3 Na mesma cidade vivia também uma viúva que vinha com frequência à sua presença para dizer-lhe: Faze-me justiça contra o meu adversário.
4 Ele, porém, por muito tempo não o quis. Por fim, refletiu consigo: Eu não temo a Deus nem respeito os homens;
5 todavia, porque esta viúva me importuna, far-lhe-ei justiça, senão ela não cessará de me molestar.
6 Prosseguiu o Senhor: Ouvis o que diz este juiz injusto?
7 Por acaso não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que estão clamando por ele dia e noite? Porventura tardará em socorrê-los?*
8 Digo-vos que em breve lhes fará justiça. Mas, quando vier o Filho do Homem, acaso achará fé sobre a terra?

Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.

Jesus está em caminho rumo a Jerusalém onde acontecerá “a sua Páscoa: Paixão e Saída deste mundo para ir ao Pai”. Ensina a seus discípulos que um dia voltará para o grande julgamento final.

“O Filho do Homem quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra”. Quando Jesus vier, será que as pessoas estarão vivendo com fé, prontas para acolhe-lo?
Então Jesus orienta seus discípulos: Nos sofrimentos e desilusões da vida não podemos desanimar, mas devemos orar continuamente para que o Senhor venha fazer justiça a seus pobres que confiam nele. É necessário fortificar a fé e manter viva a esperança de que Jesus virá e trará a justiça. E continuar orando sem desanimar porque a oração contínua é manifestação de nossa fé.

Muita gente vendo as injustiças deste mundo diz: “Onde está Deus?”, perde a esperança na vitória do bem e se resigna à injustiça.
Com a parábola da viúva e do juiz Jesus mostra a necessidade de orar sempre com fé e nunca desistir, porque Deus fará justiça a seus escolhidos que sofrem.

O juiz é injusto porque cumpre sua função somente em favor de quem paga, e a viúva não tem dinheiro para dar. Mas a viúva continua repetindo seu pedido e o importuna até que ele faz justiça.
Jesus louva a mulher que persevera até que o juiz injusto faz justiça. Quanto mais Deus que é Pai Amoroso atenderá aos seus filhos que perseveram na oração. Deus faz justiça porque nos ama.

Nossa experiência é que Deus não atende logo os nossos pedidos, os maus continuam oprimindo os bons, e somos tentados a desconfiar de Deus e perder a fé.

Deus com certeza intervém a favor de seus eleitos, mas intervém segundo seus desígnios de amor. Deus tem um tempo diferente do nosso tempo, tem um plano superior ao nosso. Por isso ele espera, não castiga logo os maus.

A oração contínua é manifestação de nossa fé e também alimenta a nossa fé. Quem desiste da oração mostra não ter fé. É necessário perseverar na fé, também nas demoras de Deus. A oração é sinal de confiança e agradecimento, também quando não acontece conforme nossos pedidos.

Oração: é a minha resposta a Deus é louvor e adoração, é intercessão e ação de graças.

Jesus, você passava horas da noite em oração. Nos mostra a necessidade deste contínuo diálogo com o Pai, e louva a perseverança da mulher viúva. Ajuda-nos a perseverar no bem também na provação quando parece que o Pai não ouve nossa oração. Ele vê o desejo do coração. Creio que ele nos ama e sempre quer nosso bem mais do que nós mesmos. A oração alimenta nossa fé.

Contemplação:  perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.

Oração final:

O DIA MUNDIAL DOS POBRES
é celebrado neste ano em 13 de novembro.

Francisco fez um apelo para que, “diante dos pobres, não serve retórica, mas arregaçar as mangas “.

“Não podemos ficar à espera que batam à nossa porta; é urgente ir às suas casas, aos hospitais e casas de assistência, à estrada e aos cantos escuros onde, por vezes, se escondem, aos centros de refúgio e de acolhimento.”
Ter atenção à realidade das pessoas em situação de pobreza no Brasil.

Apesar de o Brasil estar entre os maiores exportadores de alimentos do planeta, em junho deste ano a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional revelou que 33,1 milhões de pessoas só no Brasil sente fome ou não come por falta de dinheiro para comprar alimentos.
Esses dados foram colhidos em 12.745 domicílios brasileiros entre dezembro de 2021 e abril de 2022.

“Este dia pretende estimular, em primeiro lugar, os crentes, para que reajam à cultura do descarte e do desperdício, assumindo a cultura do encontro. Ao mesmo tempo, o convite é dirigido a todos, independentemente da sua pertença religiosa, para que se abram à partilha com os pobres em todas as formas de solidariedade, como sinal concreto de fraternidade”.

LEITURA ORANTE – “O Filho do homem virá repentinamente.” – Sexta-feira 11/11/2022

11-11
32 Comum Sexta f. =
Lc 17,26-37 = O Filho do homem virá repentinamente.

Oração invocando: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.
Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.

26 Como ocorreu nos dias de Noé, acontecerá do mesmo modo nos dias do Filho do Homem.
27 Comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Veio o dilúvio e matou a todos.
28 Também do mesmo modo como aconteceu nos dias de Lot. Os homens festejavam, compravam e vendiam, plantavam e edificavam.
29 No dia em que Lot saiu de Sodoma, choveu fogo e enxofre do céu, que exterminou todos eles.
30 Assim será no dia em que se manifestar o Filho do Homem.
31 Naquele dia, quem estiver no terraço e tiver os seus bens em casa não desça para os tirar; da mesma forma, quem estiver no campo não torne atrás.
32 Lembrai-vos da mulher de Lot.*
33 Todo o que procurar salvar a sua vida, perdê-la-á; mas todo o que a perder, encontrá-la-á.
34 Digo-vos que naquela noite dois estarão numa cama: um será tomado e o outro será deixado;
35 duas mulheres estarão moendo juntas: uma será tomada e a outra será deixada.
36 Dois homens estarão no campo: um será tomado e o outro será deixado.
37 Perguntaram-lhe os discípulos: Onde será isto, Senhor? Respondeu-lhes: Onde estiver o cadáver, ali se reunirão também as águias.*

Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.

Jesus está em caminho para Jerusalém onde acontecerá a Páscoa: Paixão e morte e ressurreição gloriosa. Jesus está ensinando seus discípulos sobre o que é mais essencial fazer agora para a Salvação:

Agora todo mundo está preocupado com os afazeres de cada dia: Trabalho, e lutas, sofrimentos e alegrias, sem pensar na finalidade mais importante da vida.

Também nos dias de Noé todos viviam no pecado, comiam e bebiam sem preocupar-se. Veio o dilúvio e fez morrer a todos, só Noé foi salvo.
Noé sabia do diluvio e vivia na fé: sabendo do dilúvio, construía a Arca e foi salvo. A Arca era um sinal, mas não deram atenção.

Nos dias de Ló os habitantes de Sodoma tinham costumes imorais, mas comiam e bebiam sem se importar com suas práticas perversas. Não se converteram, e Deus fez chover enxofre o céu e todos morreram. Também a mulher de Lot foi condenada porque olhava para trás, apegada à vida de Sodoma.

Hoje as pessoas não pensam que prestarão contas a Deus, até alguns sonham em salvar-se indo morar em algum outro planeta.
Ainda em nossos dias quantas calamidades naturais, guerras e pandemias acontecem. Não é o fim do mundo, mas são desgraças que nos fazem compreender que tudo é relativo, tudo passa e devemos deixar aqui.
Todo o que procurar salvar a sua vida, perdê-la-á; mas todo o que a perder, encontrá-la-á. Não adianta se apegar ao que não podemos levar para a eternidade.

O mais importante é olhar para o Senhor. “No dia em que o Filho do Homem se manifestar haverá julgamento, e ninguém poderá voltar atrás”. O resultado não será igual para todos, porque depende de sua história pessoal. Duas mulheres estarão na cozinha, uma será salva e outra condenada; dois homens estarão trabalhando, um será salvo e o outro condenado. A salvação de cada um começa em sua vida na terra e será completa na hora da sua morte.

Jesus exorta os discípulos à vigilância, sendo fiéis todos os dias para estar prontos para o encontro com o Filho do Homem que virá em sua glória. Serão salvos somente aqueles que, como Jesus, fazem dom da própria vida para os outros. Agora a vida de todos os dias (comer, beber, comprar, vender, casa, trabalhar…) deve ser vivida com um olho na eternidade. Atarefar-se com coisas secundárias é entregar-se à catástrofe, ao passo que deixar tudo é salvação.

Algumas pessoas sentem esta situação tão forte que renunciam a uma vida de conforto neste mundo para dedicar-se somente à procura de Deus nos Mosteiros, e interceder para a salvação da humanidade.

Alguns discípulos tinham curiosidade de saber quando, onde haverá o julgamento, mas Jesus não respondeu a esta curiosidade.

Oração: é a minha resposta a Deus é louvor e adoração, é intercessão e ação de graças.

Senhor Jesus, sei que você voltará no fim dos tempos e dará a cada um conforme suas obras.
E sei também que encontrarei você na hora da minha morte, o importante é viver bem o tempo presente com a confiança em Deus e a sobriedade que você nos ensinou nas bem-aventuranças. O importante não é saber quantos anos de vida ainda tenho, mas viver no amor e na paz os dias que o Pai me dá.

Contemplação:  perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.

Oração final

LEITURA ORANTE – “O Reino de Deus já está no meio de vós.” – Quinta-feira 10/11/2022

10-11
32 Comum Quinta f. =
Lc 17,20-25 = O Reino de Deus já está no meio de vós.

Oração invocando: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.
Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.

20 Os fariseus perguntaram um dia a Jesus quando viria o Reino de Deus. Respondeu-lhes: O Reino de Deus não virá de um modo ostensivo.
21 Nem se dirá: Ei-lo aqui; ou: Ei-lo ali. Pois o Reino de Deus já está no meio de vós.*
22 Mais tarde ele explicou aos discípulos: Virão dias em que desejareis ver um só dia o Filho do Homem, e não o vereis.
23 Então vos dirão: Ei-lo aqui; e: Ei-lo ali. Não deveis sair nem os seguir.
24 Pois como o relâmpago, reluzindo numa extremidade do céu, brilha até a outra, assim será com o Filho do Homem no seu dia.
25 É necessário, porém, que primeiro ele sofra muito e seja rejeitado por esta geração.

Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.

Os fariseus perguntam: “Quando vai chegar o Reino de Deus”?
Não é um acontecimento que se realiza como os empreendimentos humanos. “O meu reino não é deste mundo”. É inútil querer ver agora a glória de Jesus, porque agora vemos os pequenos sinais do Reino de Deus, e só no fim dos tempos o veremos em seu esplendor.
Hoje onde está o Reino de Deus? Já está no meio de vós.
O Reino de Deus é o amor de Deus presente em nós através de Jesus que nos liberta do pecado e do demônio, e nos oferece o Espírito de Deus.
O Reino de Deus começa em Jesus, que vive conosco as lutas de cada dia com suas alegrias e sofrimentos.

Hoje pela fé podemos ver que o Reino de Deus já está entre nós pelo Espírito de Jesus que está agindo dentro de nós, acontece hoje aos poucos, o amor não se impõe pela força. Não é medido materialmente, mas já está em ação pela fé que transforma o coração das pessoas. Hoje não existe uma comunidade perfeita, porque a Igreja é feita de santos e pecadores. Hoje o Reino do amor de Deus se manifesta quando na família tem amor e perdão, quando aliviamos os sofrimentos de um doente, quando favorecemos a vida na comunidade

Então vos dirão: Ei-lo aqui; e: Ei-lo ali. Há pessoas e grupos que se separam dos outros e se consideram melhores que os outros, fazem proselitismo para aumentar o seu grupo. Não deveis sair nem os seguir. Hoje a mentalidade comum é que a felicidade está na prosperidade material. São iniciativas humanas, e não de Deus.

Amanhã o reino de Deus virá com todo seu poder. Vereis o Filho do Homem vir sobre as nuvens do céu com seus anjos. Será como um relâmpago, todos o verão naquele dia. Alguns para serem acolhidos na glória de Jesus. Outros ficarão para sempre na maldade que praticaram.

Primeiro, porém, Jesus deverá sofrer e ser rejeitado pelo povo. Jesus vê que para salvar a humanidade, deverá aceitar que a maldade lute contra ele e o faça sofrer. Só depois do sofrimento e da morte será vitorioso pelo poder do Pai, virá com toda sua plenitude, para transformar o universo, purificado de toda maldade.

Oração: é a minha resposta a Deus é louvor e adoração, é intercessão e ação de graças.

Jesus, você já está no meio de nós pelo seu espírito, pelos sacramentos da Igreja… Porém só um coração humilde pode ver os seus sinais. Ninguém é perfeito, o importante é colaborar, como fez Maria: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim a vossa vontade.”

Contemplação:  perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.

Oração final

LEITURA ORANTE – “Jesus expulsa os negociantes do Templo” – Quarta-feira 09/11/2022

09-11
Quarta f. 09 de novembro
DEDICAÇÃO DA BASÍLICA DE SÃO JOÃO NO LATRÃO =
Jo 2,13-22 Jesus expulsa os negociantes do Templo

Oração invocando: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.
Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.

13 Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém.
14 Encontrou no templo os negociantes de bois, ovelhas e pombas, e mesas dos trocadores de moedas.*
15 Fez ele um chicote de cordas, expulsou todos do templo, como também as ovelhas e os bois, espalhou pelo chão o dinheiro dos trocadores e derrubou as mesas.
16 Disse aos que vendiam as pombas: Tirai isto daqui e não façais da casa de meu Pai uma casa de negociantes.
17 Lembraram-se então os seus discípulos do que está escrito: O zelo da tua casa me consome (Sl 68,10).
18 Perguntaram-lhe os judeus: Que sinal nos apresentas tu, para procederes deste modo?
19 Respondeu-lhes Jesus: Destruí vós este templo, e eu o reerguerei em três dias.
20 Os judeus replicaram: Em quarenta e seis anos foi edificado este templo, e tu hás de levantá-lo em três dias?!
21 Mas ele falava do templo do seu corpo.
22 Depois que ressurgiu dos mortos, os seus discípulos lembraram-se destas palavras e creram na Escritura e na palavra de Jesus.

Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.

O Templo é o lugar sagrado no qual o povo encontra Deus, lugar de oração humilde, agradecida. Jesus entra em Jerusalém como rei messiânico e dirige-se ao templo para anunciar o Reino de Deus.

Na esplanada do templo de Jerusalém havia uma praça na qual todos passavam, e para a festa da páscoa virava um verdadeiro mercado de animais para o sacrifício e bancas de câmbio para o imposto do templo; tudo era tolerado pelos sacerdotes encarregados do templo.

O povo simples quando vai ao Templo para celebrar a Festa da Páscoa, deve passar pela praça do Templo no meio da confusão dos comerciantes que vendem os amimais para serem oferecidos no culto, esta confusão confunde os devotos, vendo que sua oração, seus sacrifícios a Deus são objeto de comércio.

Jesus fica indignado frente a tanta profanação, e reage com energia, arriscando-se a ser preso e condenado. Faz um chicote de cordas e expulsa todos os comerciantes do Templo. “Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio”.

Também hoje o Templo é o lugar sagrado no qual o povo procura Deus, lugar de oração humilde, agradecida, mas vemos coisas semelhantes quando dentro do recinto dos Santuários há comerciantes vendendo objetos para devoção.

A Comunidade cristã tem necessidade de um lugar bonito para se encontrar com Deus, e sempre no início da reunião o presidente invoca: “O Senhor esteja convosco”, e o povo exclama: “Ele está no meio de nós”.

Oração: é a minha resposta a Deus é louvor e adoração, é intercessão e ação de graças.

Jesus, você procurava os pecadores para recuperá-los para o Pai. Mas nesta ocasião reagiu em modo enérgico contra os comerciantes que confundiam os devotos que procuravam a Deus no seu Templo. Ensina-nos a ter sempre atitude de respeito e adoração nas nossas Igrejas e criar ambiente favorável para o encontro dos irmãos com o Pai.

Contemplação:  perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.

Oração final:

A Basílica de São João no Latrão é a catedral da Igreja de Roma, foi construída por Constantino no tempo do papa Silvestre I (314-335), é considerada a mãe de todas outras Igrejas de rito romano. O aniversário de sua dedicação, celebrado originalmente só em Roma, comemora-se em todas as comunidades de rito romano.

LEITURA ORANTE – “Lição de humildade: somos simples servos…” – Terça-feira 08/11/2022

08-11
32 Comum Terça f. =
Lc 17,7-10 = Lição de humildade: somos simples servos…

Oração invocando: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.
Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.

7 Qual de vós, tendo um servo ocupado em lavrar ou em guardar o gado, quando voltar do campo lhe dirá: Vem depressa sentar-te à mesa?
8 E não lhe dirá ao contrário: Prepara-me a ceia, cinge-te e serve-me, enquanto como e bebo, e depois disto comerás e beberás tu?
9 E se o servo tiver feito tudo o que lhe ordenara, porventura fica-lhe o senhor devendo alguma obrigação?
10 Assim também vós, depois de terdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: Somos servos como quaisquer outros; fizemos o que devíamos fazer.*

Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.

Os fariseus são fiéis à lei de Moisés por isso acham que tem merecimentos especiais para pedir a Deus graças e favores. Eles querem reclamar direitos: “Eu me comportei bem, Deus deve me recompensar”.

Somos servos como quaisquer outros; fizemos o que devíamos fazer. Jesus nos ensina como deve ser nosso relacionamento com Deus, e se refere aos costumes de seu tempo nas obrigações entre patrão e servo: os servos dependiam do patrão em tudo, e deviam trabalhar sem exigir privilégios.

Jesus ensina a viver em clima de Fé e serviço gratuito: Tudo é dom do amor de Deus. Quem pode reclamar direitos frente a Deus? O discípulo não pode alegar direitos ou exigir remuneração.
Jesus quer cultivar em nós esta convicção de fé: Deus me deu tudo por amor, não por obrigação. Jesus nos salvou por amor, e não por obrigação. Eu também devo fazer tudo por amor, e não por obrigação, assim serei filho de Deus e ele me dará a vida eterna por amor, não por obrigação.

O que nos compete é sempre servir aos irmãos que necessitam, com a humildade de quem reconhece a desproporção entre nossas forças e o resultado, que sempre depende do poder de Deus.

Tudo recebemos de Deus, e aquilo que recebemos nem sempre usamos para servir a Deus e para servir aos irmãos, porque somos preguiçosos egoístas, orgulhosos. Ainda não fizemos tudo que devíamos fazer.
O discípulo de Jesus deve conservar-se humilde e reconhecer a verdade: “O bem que estou fazendo é pouco, não corresponde à minha obrigação. A vida eterna que Deus quer me dar é muito maior do quanto eu possa merecer”.
Deus sempre nos dará infinitamente mais, de quanto possa ser o valor de nossas boas ações.

Muitos pecam quando se sentem com direitos e julgam a Deus.
Em meio a nossos sofrimentos às vezes choramos e até reclamamos com Deus. Isso mostra nossa fraqueza, e pode ser até uma forma de oração. O importante é não exigir de Deus como se tivéssemos direitos.

Oração: é a minha resposta a Deus é louvor e adoração, é intercessão e ação de graças.

Senhor Jesus, sei que o Pai é amor e tem misericórdia com nossos limites. Sei que ele é infinitamente
generoso e me acolherá no seu Reino fazendo-me participar de sua felicidade. Não quero pensar que tenho direitos, mas quero viver e trabalhar no mesmo amor gratuito com que o Pai me criou, no mesmo amor sofrido com que você me salvou.

Contemplação:  perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.

Oração final

LEITURA ORANTE – “Instrução sobre o escândalo, o perdão, a fé” – Segunda-feira 07/11/2022

07-11
32 Comum Segunda =
Lc 17,1-6 = Instrução sobre o escândalo, o perdão, a fé.

Oração invocando: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.
Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.

1 Jesus disse também a seus discípulos: É impossível que não haja escândalos, mas ai daquele por quem eles vêm!
2 Melhor lhe seria que se lhe atasse em volta do pescoço uma pedra de moinho e que fosse lançado ao mar, do que levar para o mal a um só destes pequeninos. Tomai cuidado de vós mesmos.
3 Se teu irmão pecar, repreende-o; se se arrepender, perdoa-lhe.
4 Se pecar sete vezes no dia contra ti e sete vezes no dia vier procurar-te, dizendo: Estou arrependido, perdoar-lhe-ás.
5 Os apóstolos disseram ao Senhor: Aumenta-nos a fé!
6 Disse o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar, e ela vos obedecerá.

Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.
No caminho para Jerusalém Jesus continua ensinando a seus discípulos: esta passagem do evangelho nos lembra três ensinamentos sobre o escândalo, o perdão e a fé.

“É impossível que não haja escândalos” Infelizmente em todo lugar há pessoas maldosas que praticam o mal, infelizmente pelo seu modo de proceder levam os pequenos ao pecado.
Escândalos são obstáculos que fazem tropeçar e cair no pecado. São fatos e estilos de vida que acontecem em todas as comunidades e também entre pessoas ligadas à Igreja. É um agravante que as vítimas sejam os pequenos: os fracos, os necessitados, os que passam por crises, estão entre os mais expostos. As palavras de Jesus são severas: “Melhor lhe seria que se lhe atasse em volta do pescoço uma pedra de moinho e que fosse lançado ao mar”. São Paulo dizia: eu prefiro não comer carne até o fim da vida para evitar de escandalizar um irmão.

Se pecar sete vezes no dia contra ti: Na convivência há sempre dificuldades, briguinhas e ofensas. Jesus recomenda a correção fraterna, feita com amor e com a graça de Deus para que o pecador se dê conta e se corrija. Devemos lançar fora todo ressentimento, evitar lembrar estes fatos que machucaram. O perdão reconstrói a pessoa. O Levítico recomenda: O culpado seja rápido em arrepender-se, humilde em pedir perdão; o ofendido esteja sempre disposto ao perdão para que triunfe a paz.

Senhor, aumenta a nossa fé. Jesus sempre solicita a fé, porque os prodígios da bondade de Deus sempre acontecem num ambiente de fé e de confiança em sua Providência.
Há tantas crises e dificuldades na vida com Deus. Então os discípulos pedem: “Senhor, aumenta a nossa fé”. E Jesus responde: o importante não é aumentar a fé, mas começar a ter fé. A fé cresce em clima de oração.

É importante esclarecemos duas manifestações da fé: a virtude da fé e o carisma da fé:
a virtude da fé é um dom de Deus em benefício da pessoa, para a pessoa crer, confiar e consagrar-se a Deus,
o carisma da fé é um dom de Deus para pedir graças e milagres em benefício da comunidade.

Oração: é a minha resposta a Deus é louvor e adoração, é intercessão e ação de graças.

Jesus, peço que faça crescer minha fé porque tenho consciência da minha falta. Aumenta a fé para pedir graças. Mas aumenta a fé que me sustenta nos momentos mais difíceis, quando acho difícil encontrar palavras de caridade para corrigir e para perdoar sempre.

Contemplação:  perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.

Oração final:

Na tarde deste sábado (05/11), na cidade de Awali, o Papa Francisco visitou a Escola do Sagrado Coração para um encontro com cerca de 800 jovens.
No seu discurso Francisco disse que estava contente por ter visto o Reino do Bahrein, como um país de encontro e diálogo entre diferentes culturas e credos.

Em seguida dirigindo-se aos jovens presentes disse:

“E agora tendo-vos diante dos olhos – vós, que não sois da mesma religião e não tendes medo de estar juntos –, penso que uma tal convivência das diferenças não seria possível sem vós; nem teria futuro!”. 

“Como é bom deixar um bom rasto no caminho, cuidando da comunidade, dos companheiros de escola, dos colegas de trabalho, da criação…”
“Sede campeões de fraternidade. Este é o desafio de hoje para vencer amanhã, o desafio das nossas sociedades cada vez mais globalizadas e multiculturais”
“Como se fôsseis viajantes inquietos abertos ao inédito, vós, jovens, não temeis confrontar-vos, dialogar, ‘fazer barulho’ e misturar-vos com os outros, tornando-vos a base duma sociedade amiga e solidária”

“Queridos jovens, precisamos de vós, da vossa criatividade, dos vossos sonhos e da vossa coragem, da vossa simpatia e dos vossos sorrisos, da vossa alegria contagiante e também daquele mínimo de turbulência que sabeis trazer a cada situação e que ajuda a sair do torpor de hábitos e esquemas repetitivos em que às vezes encaixilhamos a vida. Como Papa, quero dizer-vos: a Igreja está convosco e tem tanta necessidade de vós, de cada um de vós, para rejuvenescer, explorar novas sendas, experimentar novas linguagens, tornar-se mais jubilosa e hospitaleira”.

“Cuidai do vosso coração, a vossa alma! Tentai escutá-lo em silêncio, criar espaços para estar em contacto com a vossa interioridade, para sentir o dom que sois, para acolher a vossa existência e não a deixar fugir de mão”

“Amigos, esta aventura das escolhas, não a devemos realizar sozinhos. Por isso deixai que vos diga uma última coisa:– em lugar das sugestões da Internet – procurai sempre bons conselheiros na vida, pessoas sábias e fiáveis que vos possam orientar, ajudar. Penso nos pais e professores, mas também nos idosos, nos avós e num bom acompanhante espiritual. Cada um de nós precisa de ser acompanhado no caminho da vida!”.

Deus não vos deixa sozinhos, mas, para vos dar uma mão, espera que Lha peçais. Acompanha-nos e guia-nos, não com prodígios e milagres, mas falando delicadamente através dos nossos pensamentos e sentimentos”
Mas para que isso aconteça “é preciso aprender a distinguir a Sua voz. Como? Através da oração silenciosa, do diálogo íntimo com Ele, guardando no coração aquilo que nos faz bem e dá paz
”.

LEITURA ORANTE – “Bem-aventuranças” – Domingo 06/11/2022

06-11
Primeiro domingo de Novembro, Festa de Todos os Santos
= Mt 5,1-12 Bem-aventuranças

Oração invocando: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.
Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.

1 Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele.
2 Então abriu a boca e lhes ensinava, dizendo:
3 Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus!
4 Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!
5 Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!
6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados!
7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia!
8 Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!
9 Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!
10 Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus!
11 Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim.
12 Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós.

Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.

Na solenidade de “Todos os Santos” a Igreja celebra os santos canonizados, mas de modo especial todos os justos de toda raça e nação, cujos os nomes estão inscritos no livro da vida (cf. Apocalipse 20,12. É uma multidão imensa no meio da qual estão nossos parentes e vizinhos que nos acompanham e encorajam.
Celebramos os santos que estão com Deus no céu, porém antes de estar no céu, estiveram com Deus aqui na terra.
Por que são santos? Porque enquanto estavam aqui entre nós viviam como Jesus, o Filho de Deus. Jesus disse: “aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração”, e detalhou melhor nas “Bem aventuranças”:
Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, os que choram, os mansos, os que têm fome e sede de justiça, os puros de coração, os que promovem a paz, os que são perseguidos por causa da justiça, os que são perseguidos por causa de mim, porque este modo de viver é próprio do Reino do amor de Deus.

Lembrar desta multidão de santos anônimos é afirmar que a santidade é feita de pequenas ações, palavras bem dirigidas e a vivência das virtudes no dia a dia.  
A santidade é um dom e uma graça: o Senhor escolheu cada um de nós “para ser santo e irrepreensível na sua presença, no amor” (cf. Ef 1, 4). A 1ª carta de São João afirma: “Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! (…) Sabemos que, quando Ele se manifestar seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é. Todo o que espera nele, purifica-se a si mesmo, como também ele é puro” (1 Jo 3,1-3).

Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra. És um trabalhador? Sê santo, cumprindo com honestidade e competência o teu trabalho ao serviço dos irmãos. És uma consagrada ou um consagrado? Sê santo, vivendo com alegria a tua doação. Estás casado? Sê santo, amando e cuidando do teu marido ou da tua esposa, como Cristo fez com a Igreja. Tem filhos, netos? Sê santo, ensinando com paciência as crianças a seguirem Jesus. Estás investido em autoridade? Sê santo, lutando pelo bem comum e renunciando aos teus interesses pessoais” (n. 14). 
A santidade, portanto, não é privilégio de uns poucos, mas o caminho proposto por Jesus para todos os seus seguidores.  

Oração: é a minha resposta a Deus é louvor e adoração, é intercessão e ação de graças.

Jesus, você nos disse: “aprendei de mim, manso e humilde de coração”. Quero ser seu discípulo e aprender de você. Por isso peço seu Espírito de mansidão com meus irmãos que às vezes são violentos, peço o dom de ser humilde frente a Deus e à vida, e trabalhar pela justiça e a paz reconhecendo que tudo é dom. Dá-me a alegria de sentir que não estou sozinho nas dificuldades da vida, mas além de minhas forças posso contar com o amor do Pai do céu que me dá as pequenas alegrias desta vida e a glória em seu reino de amor.

Contemplação:  perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.

Oração final

O primeiro compromisso do Papa Francisco neste sábado (05/11) foi a Santa Missa pela Paz e Justiça, celebrada no Estádio Nacional do Bahrein, em Awali.

Francisco iniciou sua homilia citando Isaías que afirmou que o Messias que vem é verdadeiramente poderoso, mas “não como um líder que guerreia e domina sobre os outros, mas como ‘Príncipe da paz’ (9, 5), como Aquele que reconcilia os homens com Deus e entre si. A grandeza do seu poder não se serve da força da violência, mas da debilidade do amor”.
Papa Francisco na homilia disse: devemos nos comprometer a viver corajosamente a fraternidade universal
Não sonhemos idealisticamente com um mundo animado pela fraternidade, mas nos comprometamos – principiando nós mesmos – a viver concreta e corajosamente a fraternidade universal, perseverando no bem mesmo quando recebemos o mal, quebrando a espiral da vingança, desarmando a violência, desmilitarizando o coração“.

LEITURA ORANTE – “Bom uso do dinheiro: fiel nas pequenas coisas, servir a dois senhores” – Sábado 05/11/2022

05-11
31 Comum Sábado =
Lc 16,9-15 = Bom uso do dinheiro: fiel nas pequenas coisas, servir a dois senhores.

Oração invocando: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.
Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.

9 Eu vos digo: fazei-vos amigos com a riqueza injusta, para que, no dia em que ela vos faltar, eles vos recebam nos tabernáculos eternos.*
10 Aquele que é fiel nas coisas pequenas será também fiel nas coisas grandes. E quem é injusto nas coisas pequenas, sê-lo-á também nas grandes.
11 Se, pois, não tiverdes sido fiéis nas riquezas injustas, quem vos confiará as verdadeiras?*
12 E se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso?*
13 Nenhum servo pode servir a dois senhores: ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de aderir a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.*
14 Ora, ouviam tudo isto os fariseus, que eram avarentos, e zombavam dele.
15 Jesus disse-lhes: Vós procurais parecer justos aos olhos dos homens, mas Deus vos conhece os corações; pois o que é elevado aos olhos dos homens é abominável aos olhos de Deus.

Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.

Subindo para Jerusalém, Jesus continua ensinando a seus discípulos.
A mentalidade do mundo é de aproveitar a vida agora, para nosso conforto. Mas Jesus ensina que as riquezas materiais um dia vão faltar, são coisas pequenas em comparação com os bens eternos. O dinheiro não é nosso, e não nos acompanhará na hora da nossa morte. Devemos entregá-lo enquanto estamos vivos. O dinheiro é injusto quando é usado só para nós, descuidando dos outros.
É perigoso não ter nada, porque precisamos do dinheiro para as transações da vida normal. Jesus elogia quem usa essas coisas para atender os necessitados: quem entrega aos pobres e terá tesouros no céu.

O pobre que confia em Deus (=Lázaro) é semelhante a Jesus, está pronto para ir para o céu, sem que nada o segure aqui na terra, após sua morte ele estará com Jesus. Nós repartimos com ele nossos bens, e lá no Reino de Deus ele nos poderá receber à nossa chegada.
Os pobres que agora sofrem e confiam em Deus, serão os primeiros a entrar no Reino de Deus. Se nós os beneficiarmos agora, serão eles a nos acolher no céu.

O que é dos outros? Os bens deste mundo já existiam quando nascemos, devemos administra-los por um pouco de tempo e deixá-los aqui na hora da morte. Estes bens não são nossos e ficam “injustos” se nos apropriarmos deles usando só para nós.

O que é de nosso? Servir ao próximo é servir a Deus. É nosso o amor com que administramos as coisas em benefício dos outros, é nosso agora e será nosso para sempre. Naquele dia poderemos receber a felicidade eterna que Deus planejou dar-nos para sempre.

Não podemos servir a Deus e ao dinheiro: Ou servimos a Deus com todo o coração, ou servimos às riquezas com todo coração. A escolha está a nosso alcance. Deus não se contenta com os corações divididos. E as riquezas, muito menos. Ter muito ou pouco é a mesma coisa para a finalidade eterna da vida. Quero pôr minha confiança em Deus, e não nos bens materiais. Quero usar o que tenho, para o bem da humanidade, como administrador.

A mentalidade capitalista é uma iniquidade porque sempre olha para o lucro, coloca o dinheiro acima da consciência, acima das pessoas.
É falta de amor agir só em troca de dinheiro. É mal escravizar-se ao dinheiro, depender dele em tudo. É perigoso organizar a vida na base da troca de dinheiro, o dinheiro não compra a amizade, amor, só compra influência e corrupção, é causa de ganância e relaxamento moral.

Oração: é a minha resposta a Deus é louvor e adoração, é intercessão e ação de graças.

Jesus, você era chamado o filho do carpinteiro, enquanto estava vivendo em Nazaré trabalhava para ganhar o pão de cada dia, mas era pobre em espírito, e assim ensinou a seus discípulos. Ajuda-nos a ter sua mentalidade a respeito do uso dos bens que passam, especialmente do dinheiro, e atender àqueles que encontram dificuldade na vida.

Contemplação:  perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.

Oração final

Alguns princípios a respeito do uso do dinheiro:

  • Precisamos do dinheiro para as transações da vida normal. É perigoso não ter nada: avilta a dignidade da pessoa, que aos poucos fica marginalizada na vida. Jesus não considera pecado ter bens. O pecado está em colocar neles sua segurança ficar dependente deles, buscá-los como a coisa mais importante, usá-los só para si, egoisticamente.
  • É perigoso ter muito e organizar a vida na base da troca de dinheiro, o dinheiro não compra a amizade, amor, só compra influência e corrupção, é causa de ganância, moleza. A felicidade de um povo não está nas riquezas que desfruta, mas na paz e bem-estar de todos.
  • O dinheiro não é meu, os bens são de Deus, são para todos. É injusto quando uso só para mim, digo que é meu em lugar de dizer que é nosso. A cobiça do dinheiro pode levar as pessoas a cometer até injustiças. A riqueza não é o mais importante na vida, mas um meio para viver.
  • O pobre que confia em Deus (=Lázaro) é semelhante a Jesus, está pronto para ir para o céu, sem que nada o segure aqui na terra. Ele estará com Jesus no Reino de Deus, e lá ele nos poderá receber à nossa chegada.
  • Alguns dizem: Negócios são negócios, o mercado tem leis próprias, quem não ganha cai. É verdade que no mercado precisa ser esperto e ver as oportunidades, porém não é verdade que Deus fica fora dos negócios: Ele é a Providência.
  • Todo mundo quer aproveitar do dinheiro público, parece que é caça do mato. A verdade é que o dinheiro público vem dos impostos, é do povo e deve ser usado para o bem do povo, e não administrar para beneficiar só os governantes e os amigos deles. Quem abusa do dinheiro público é ladrão, e também se conseguir defender-se da justiça humana, dará conta a Deus.
  • Deus não se contenta com os corações divididos. E as riquezas, muito menos. Ou servimos a Deus com todo o coração, desprezando as riquezas, ou servimos às riquezas com todo coração, desprezando a Deus. A escolha está a nosso alcance. Quero pôr minha confiança em Deus, e não nos bens materiais. Ter muitos ou poucos é a mesma coisa para a finalidade eterna da vida. Quero usar o que tenho, para o bem da humanidade, como administrador.