LEITURA ORANTE – “Bom uso do dinheiro: fiel nas pequenas coisas, servir a dois senhores” – Sábado 05/11/2022
05-11
31 Comum Sábado =
Lc 16,9-15 = Bom uso do dinheiro: fiel nas pequenas coisas, servir a dois senhores.
Oração invocando: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.
Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.
Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.
9 Eu vos digo: fazei-vos amigos com a riqueza injusta, para que, no dia em que ela vos faltar, eles vos recebam nos tabernáculos eternos.*
10 Aquele que é fiel nas coisas pequenas será também fiel nas coisas grandes. E quem é injusto nas coisas pequenas, sê-lo-á também nas grandes.
11 Se, pois, não tiverdes sido fiéis nas riquezas injustas, quem vos confiará as verdadeiras?*
12 E se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso?*
13 Nenhum servo pode servir a dois senhores: ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de aderir a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.*
14 Ora, ouviam tudo isto os fariseus, que eram avarentos, e zombavam dele.
15 Jesus disse-lhes: Vós procurais parecer justos aos olhos dos homens, mas Deus vos conhece os corações; pois o que é elevado aos olhos dos homens é abominável aos olhos de Deus.
Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.
Subindo para Jerusalém, Jesus continua ensinando a seus discípulos.
A mentalidade do mundo é de aproveitar a vida agora, para nosso conforto. Mas Jesus ensina que as riquezas materiais um dia vão faltar, são coisas pequenas em comparação com os bens eternos. O dinheiro não é nosso, e não nos acompanhará na hora da nossa morte. Devemos entregá-lo enquanto estamos vivos. O dinheiro é injusto quando é usado só para nós, descuidando dos outros.
É perigoso não ter nada, porque precisamos do dinheiro para as transações da vida normal. Jesus elogia quem usa essas coisas para atender os necessitados: quem entrega aos pobres e terá tesouros no céu.
O pobre que confia em Deus (=Lázaro) é semelhante a Jesus, está pronto para ir para o céu, sem que nada o segure aqui na terra, após sua morte ele estará com Jesus. Nós repartimos com ele nossos bens, e lá no Reino de Deus ele nos poderá receber à nossa chegada.
Os pobres que agora sofrem e confiam em Deus, serão os primeiros a entrar no Reino de Deus. Se nós os beneficiarmos agora, serão eles a nos acolher no céu.
O que é dos outros? Os bens deste mundo já existiam quando nascemos, devemos administra-los por um pouco de tempo e deixá-los aqui na hora da morte. Estes bens não são nossos e ficam “injustos” se nos apropriarmos deles usando só para nós.
O que é de nosso? Servir ao próximo é servir a Deus. É nosso o amor com que administramos as coisas em benefício dos outros, é nosso agora e será nosso para sempre. Naquele dia poderemos receber a felicidade eterna que Deus planejou dar-nos para sempre.
Não podemos servir a Deus e ao dinheiro: Ou servimos a Deus com todo o coração, ou servimos às riquezas com todo coração. A escolha está a nosso alcance. Deus não se contenta com os corações divididos. E as riquezas, muito menos. Ter muito ou pouco é a mesma coisa para a finalidade eterna da vida. Quero pôr minha confiança em Deus, e não nos bens materiais. Quero usar o que tenho, para o bem da humanidade, como administrador.
A mentalidade capitalista é uma iniquidade porque sempre olha para o lucro, coloca o dinheiro acima da consciência, acima das pessoas.
É falta de amor agir só em troca de dinheiro. É mal escravizar-se ao dinheiro, depender dele em tudo. É perigoso organizar a vida na base da troca de dinheiro, o dinheiro não compra a amizade, amor, só compra influência e corrupção, é causa de ganância e relaxamento moral.
Oração: é a minha resposta a Deus é louvor e adoração, é intercessão e ação de graças.
Jesus, você era chamado o filho do carpinteiro, enquanto estava vivendo em Nazaré trabalhava para ganhar o pão de cada dia, mas era pobre em espírito, e assim ensinou a seus discípulos. Ajuda-nos a ter sua mentalidade a respeito do uso dos bens que passam, especialmente do dinheiro, e atender àqueles que encontram dificuldade na vida.
Contemplação: perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.
Oração final
Alguns princípios a respeito do uso do dinheiro:
- Precisamos do dinheiro para as transações da vida normal. É perigoso não ter nada: avilta a dignidade da pessoa, que aos poucos fica marginalizada na vida. Jesus não considera pecado ter bens. O pecado está em colocar neles sua segurança ficar dependente deles, buscá-los como a coisa mais importante, usá-los só para si, egoisticamente.
- É perigoso ter muito e organizar a vida na base da troca de dinheiro, o dinheiro não compra a amizade, amor, só compra influência e corrupção, é causa de ganância, moleza. A felicidade de um povo não está nas riquezas que desfruta, mas na paz e bem-estar de todos.
- O dinheiro não é meu, os bens são de Deus, são para todos. É injusto quando uso só para mim, digo que é meu em lugar de dizer que é nosso. A cobiça do dinheiro pode levar as pessoas a cometer até injustiças. A riqueza não é o mais importante na vida, mas um meio para viver.
- O pobre que confia em Deus (=Lázaro) é semelhante a Jesus, está pronto para ir para o céu, sem que nada o segure aqui na terra. Ele estará com Jesus no Reino de Deus, e lá ele nos poderá receber à nossa chegada.
- Alguns dizem: Negócios são negócios, o mercado tem leis próprias, quem não ganha cai. É verdade que no mercado precisa ser esperto e ver as oportunidades, porém não é verdade que Deus fica fora dos negócios: Ele é a Providência.
- Todo mundo quer aproveitar do dinheiro público, parece que é caça do mato. A verdade é que o dinheiro público vem dos impostos, é do povo e deve ser usado para o bem do povo, e não administrar para beneficiar só os governantes e os amigos deles. Quem abusa do dinheiro público é ladrão, e também se conseguir defender-se da justiça humana, dará conta a Deus.
- Deus não se contenta com os corações divididos. E as riquezas, muito menos. Ou servimos a Deus com todo o coração, desprezando as riquezas, ou servimos às riquezas com todo coração, desprezando a Deus. A escolha está a nosso alcance. Quero pôr minha confiança em Deus, e não nos bens materiais. Ter muitos ou poucos é a mesma coisa para a finalidade eterna da vida. Quero usar o que tenho, para o bem da humanidade, como administrador.