Papa aos Líderes Religiosos

Na sua Viagem Apostólica ao Cazaquistão nesta quarta-feira (14 de setembro) Santo Padre participou da abertura do VII Congresso de Líderes Mundiais e Religiões Tradicionais.

Em seu discurso disse:
“Frente ao mistério do infinito que nos sobrepuja e atrai, as religiões lembram-nos que somos criaturas, não somos omnipotentes, mas mulheres e homens em caminho para a mesma meta celeste. Assim a dimensão de criatura que partilhamos estabelece uma comunhão, uma real fraternidade”.
“Portanto precisamos de religião para responder à sede de paz do mundo e à sede de infinito que habita o coração de cada homem”
“A liberdade religiosa constitui um direito fundamental, primário e inalienável, que é preciso promover em todos os lugares e que não se pode limitar apenas à liberdade de culto. De fato, é direito de cada pessoa prestar testemunho público da sua própria crença: propô-lo, sem nunca o impor”.

Pandemia:
O Papa adverte: A Covid-19 colocou-nos a todos no mesmo plano. Fez-nos compreender que ‘não somos todo-poderosos, mas mortais’
“O maior fator de risco do nosso tempo continua a ser a pobreza. Enquanto continuarem a assolar disparidades e injustiças, não poderão cessar os vírus piores do que a Covid, ou seja, os do ódio, da violência, do terrorismo”

Paz:
“Nunca justifiquemos a violência. –o Papa adverte – Não permitamos que o sagrado seja instrumentalizado. O sagrado não seja suporte do poder, e o poder não se valha de suportes de sacralidade!”
“Deus é paz, e sempre conduz à paz, nunca à guerra. Por isso empenhemo-nos ainda mais a promover e reforçar a necessidade de que os conflitos sejam resolvidos não com as razões da força, com as armas e as ameaças, mas com os únicos meios abençoados pelo Céu e dignos do homem: o encontro, o diálogo, as negociações pacientes”.

Acolhimento fraterno:
Depois dos desafios da pandemia e da paz, abracemos um terceiro desafio– adverte o Papa: o do acolhimento fraterno. Grandes deslocamentos de populações são causados por guerras, pobreza, alterações climáticas, pela busca dum bem-estar que o mundo globalizado permite conhecer, mas se revela frequentemente de difícil acesso. Está em curso um grande êxodo: das áreas mais desfavorecidas procura-se chegar às mais abastadas”. “Mas é nosso dever lembrar que o Criador, que vela sobre os passos cada criatura, nos exorta a ter um olhar semelhante ao d’Ele, um olhar que reconheça o rosto do irmão”. “Redescubramos a arte da hospitalidade, do acolhimento, da compaixão. E aprendamos também a piedade pelo homem que sofre, da comoção e estupefação pela sua condição, pelo seu destino de que nos sentimos parte. É o caminho da compaixão, que nos torna mais humanos e mais crentes”.

Cuidado da Casa Comum
O último desafio global que nos interpela, – adverte o Papa “é o da custódia da casa comum. À vista das convulsões climáticas, é preciso protegê-la, para que não fique sujeita às lógicas do lucro, mas seja preservada para as gerações futuras, em louvor do Criador”. “Com amoroso cuidado, o Altíssimo providenciou uma casa comum para a vida. E como podemos nós, que nos professamos Seus, permitir que aquela seja poluída, maltratada e destruída? Unamos esforços também neste desafio” foi seu convite.

“Queridos irmãos e irmãs, avancemos juntos, para que seja cada vez mais amistoso o caminho das religiões.

LEITURA ORANTE – “NOSSA SENHORA DAS DORES: Maria aos pés da cruz” – Quinta-feira 15/09/2022

Quinta f. 15 de setembro – NOSSA SENHORA DAS DORES
= Lc 2,33-35. Profecia de Simeão.
= João 19,25-27 Maria aos pés da cruz.

Invocar luz do Espírito de Deus e pedir sua ajuda.

Leitura – Lendo este evangelho você está presente perto de Jesus, o que ele está me falando?… a Palavra de Deus é sempre nova e atual.

Lc 2,33-35. Profecia de Simeão.

33 Seu pai e sua mãe estavam admirados das coisas que dele se diziam.
34 Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições,
35 a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma.*

João 19,25-27 Maria aos pés da cruz.

25 Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.
26 Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho.
27 Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa.

Meditação – Esta Palavra ilumina minha vida. O que mais toca no meu coração? O que Deus está iluminando na minha vida?

O povo fiel chama Maria “Nossa Senhora das Dores” e no dia seguinte à festa de Santa Cruz celebra na Liturgia sua memória. Pela vontade de Deus, como Mãe de Cristo, Maria foi chamada a ser aquela que mais cooperou na obra do Salvador, pela sua fé, esperança, caridade e obediência.

Maria é a Mulher-mãe que acompanha Jesus nas alegrias do nascimento e nos sofrimentos da paixão: Pelo evangelho conhecemos alguns destes acontecimentos de dor:

  • A profecia de Simeão anunciando que uma espada de dor transpassará o seu coração.
  • A perseguição de Herodes contra o filho, e as dificuldades do desterro no Egito.
  • A perda de Jesus no Templo aos 12 anos.
  • No início do ministério, em Cana da Galileia, por sua intercessão consegue o início dos sinais do Messias, mas poucos dias depois vê o Filho expulso da sinagoga de Nazaré já sendo ameaçado de morte.
  • Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe…, Acompanha o Filho até o cumprimento final da redenção no Calvário onde se associa ao sacrifício do Filho. Maria é a mãe que está perto do filho que sofre, e lhe oferece o apoio de todo seu amor. Está de pé, com coragem esperando em Deus que levanta os humildes.
    Maria é a Mulher que aos pés da cruz recebe de Jesus a nova tarefa de ser Mãe dos discípulos, que se tornam irmãos de Jesus, e filhos dela, a Mulher-Mãe da Nova Humanidade, a Nova Eva.

Hoje Maria conhece nosso sofrimento. Na história da Igreja podemos constatar que Maria, a mãe de Jesus, está sempre presente perto de seus filhos que sofrem, de fato as aparições da Virgem quase sempre acontecem em tempos de sofrimento. Vamos ficar perto dela, e sentir seu carinho materno.

Oremos com as palavras da liturgia
Senhor, que, na vossa admirável providência, quisestes que, junto do vosso Filho, elevado sobre a cruz, estivesse sua Mãe, participando nos seus sofrimentos, concedei à vossa Igreja que, associada com Maria à paixão de Cristo, mereça ter parte na sua ressurreição.
Ó santa mãe, por favor, faze que as chagas do amor em mim se venham gravar.
Que do Cristo eu traga a morte, sua paixão me conforte, sua cruz possa abraçar!
Que a santa Cruz me proteja, que eu vença a dura peleja, possa do mal triunfar!

Contemplação – Esta Palavra me leva a ver a mim e aos outros com o olhar de Jesus. Esta contemplação me leva a um compromisso, uma ação, um gesto concreto.

Na sua Viagem Apostólica ao Cazaquistão nesta quarta-feira (14 de setembro) Santo Padre participou da abertura do VII Congresso de Líderes Mundiais e Religiões Tradicionais.

É importante saber o que Papa Francisco disse a estes líderes.