LEITURA ORANTE – “Parábola dos talentos.” – Sábado 27/08/2022

21 Comum Sábado =
Mt 25,14-30 = Parábola dos talentos.

Oração invocando: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.
Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.

14 Será também como um homem que, tendo de viajar, reuniu seus servos e lhes confiou seus bens.
15 A um deu cinco talentos; a outro, dois; e a outro, um, segundo a capacidade de cada um. Depois partiu.
16 Logo em seguida, o que recebeu cinco talentos negociou com eles; fê-los produzir, e ganhou outros cinco.
17 Do mesmo modo, o que recebeu dois, ganhou outros dois.
18 Mas, o que recebeu apenas um, foi cavar a terra e escondeu o dinheiro de seu senhor.
19 Muito tempo depois, o senhor daqueles servos voltou e pediu-lhes contas.
20 O que recebeu cinco talentos, aproximou-se e apresentou outros cinco: – Senhor, disse-lhe, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco que ganhei.’
21 Disse-lhe seu senhor: – Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor.
22 O que recebeu dois talentos, adiantou-se também e disse: – Senhor, confiaste-me dois talentos; eis aqui os dois outros que lucrei.
23 Disse-lhe seu senhor: – Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor.
24 Veio, por fim, o que recebeu só um talento: – Senhor, disse-lhe, sabia que és um homem duro, que colhes onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste.
25 Por isso, tive medo e fui esconder teu talento na terra. Eis aqui, toma o que te pertence.
26 Respondeu-lhe seu senhor: – Servo mau e preguiçoso! Sabias que colho onde não semeei e que recolho onde não espalhei.
27 Devias, pois, levar meu dinheiro ao banco e, à minha volta, eu receberia com os juros o que é meu.
28 Tirai-lhe este talento e dai-o ao que tem dez.
29 Dar-se-á ao que tem e terá em abundância. Mas ao que não tem, tirar-se-á mesmo aquilo que julga ter.
30 E a esse servo inútil, jogai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.

Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.

Um talento corresponde a 36 quilos de metal precioso, é a imagem da preciosidade dos dons que recebemos de Deus. Os talentos são os dons que Deus dá a cada um para o serviço à humanidade. E Deus dá a cada um em medida diferente, mas tudo o que vem de Deus é precioso, o nosso compromisso é de trabalhar com os talentos que o Senhor nos confia.
Até os pais de filhos “excepcionais” reconhecem que estas crianças “tão limitadas” podem doar amor e alegria aos pais.

O produto do trabalho é para a sociedade, o nosso esforço pessoal é para Deus. Deus recompensará, não o talento que ele nos deu, mas o nosso esforço pessoal para produzimos com o que recebemos. Quem recebeu mais deve produzir mais, cada um em proporção ao que recebeu. Deus será nossa recompensa, e a comunhão com Deus será na medida em que nesta terra tivermos dedicado nossos talentos ao serviço dos irmãos. A todo aquele que tem amor, será dado mais e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. No final teremos somente o que tivermos doado.

Ser proprietário não significa ser dono absoluto para usar e abusar, mas significa ser administrador do que Deus criou. A coisa pior é ficar sem fazer nada por preguiça ou por medo de errar. Ao servo mau será tirado aquilo que ele achava ter, e ele será jogado nas trevas, no choro, na dor. Ser excluído do Reino de Deus tem consequências terríveis de sofrimento, sentimento de fracasso total na vida e depressão. Será a depressão eterna.

Quem é fraco não pode desanimar, porque na frente de Deus o que vale é o modo de comportar-se na fraqueza. Os doentes sentem-se inúteis, mas devem lembrar que seus frutos são a fé, paciência e coragem que vem da fé em Deus. São a humanidade que se oferece a Deus junto a Cristo que sofre.

A Igreja quer nos lembrar algumas verdades fundamentais que devem ser luz em nossa vida: Prestaremos conta do que recebemos: nosso tempo e nossas capacidades. A Igreja quer renovar em nós a capacidade de entrega, de doação. E nos convida a cumprir nosso serviço nas condições em que estamos, tendo muitos ou poucos recursos.

Oração: é a minha resposta a Deus é louvor e adoração, é intercessão e ação de graças.

Jesus, às vezes fico me comparando com os outros que receberam de Deus dons e talentos, e vejo os resultados que eles alcançam. Mas para o Pai o que vale é o amor com que partilho o que recebi. Não posso sentir-me frustrado frente à sociedade, porque o importante é trabalhar com generosidade, nem ficar com inveja porque cada um vai prestar conta daquilo que recebeu pessoalmente. A coisa pior é ficar sem fazer nada por medo de errar, então peço que me de coragem para eu me lançar no serviço ao próximo.

Contemplação:  perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.
O ASPECTO HUMANO E INTERIOR DO PERDÃO:
É precisamente o perdão que preserva a ecologia da alma, como a boa gestão da própria interioridade e das suas ideias e emoções. A rivalidade, o estilo da vingança, o ressentimento e a agressão representam uma patologia da alma: são as bactérias que infectam e condicionam o modo de pensar, sentir e agir. Onde estes módulos cognitivos e afetivos predominam o pensamento perde a sua capacidade de ser objetivo, em relação a si mesmo e aos outros. Além disso, o coração também deixa de pulsar por amor, porque não o recebe e, por conseguinte, não pode transmiti-lo. Se no coração não houver amor, dá-se uma espécie de asfixia da alma, porque o amor é o oxigênio da alma”.

Oração final