21 Comum Sexta f. =
Mt 25,1-13 = Parábola das cinco virgens prudentes e das cinco imprudentes.
Oração invocando: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.
Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.
Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.
1 Então o Reino dos céus será semelhante a dez virgens, que saíram com suas lâmpadas ao encontro do esposo.*
2 Cinco dentre elas eram tolas e cinco, prudentes.
3 Tomando suas lâmpadas, as tolas não levaram óleo consigo.
4 As prudentes, todavia, levaram de reserva vasos de óleo junto com as lâmpadas.
5 Tardando o esposo, cochilaram todas e adormeceram.
6 No meio da noite, porém, ouviu-se um clamor: Eis o esposo, ide-lhe ao encontro.
7 E as virgens levantaram-se todas e prepararam suas lâmpadas.
8 As tolas disseram às prudentes: Dai-nos de vosso óleo, porque nossas lâmpadas se estão apagando.
9 As prudentes responderam: Não temos o suficiente para nós e para vós; é preferível irdes aos vendedores, a fim de o comprardes para vós.
10 Ora, enquanto foram comprar, veio o esposo. As que estavam preparadas entraram com ele para a sala das bodas e foi fechada a porta.
11 Mais tarde, chegaram também as outras e diziam: Senhor, senhor, abre-nos!
12 Mas ele respondeu: Em verdade vos digo: não vos conheço!
13 Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora.
Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.
Jesus está ensinando ao povo no templo. Sabe que está chegando a sua hora: as autoridades irão crucifica-lo, mas o Pai o ressuscitará para fazê-lo participar de sua glória. Então no Templo ensina que um dia voltará na glória para fazer seus discípulos participar de sua glória. Ensina com a parábola das dez virgens, damas de honra que esperam a vinda do noivo para a festa do casamento.
Era costume dos judeus que damas de honra acompanhassem o noivo até a sala da festa do casamento. Na escuridão da noite é necessária a luz de muitas lâmpadas para clarear o caminho.
Dez moças pegam suas lâmpadas e vão ao encontro do noivo. Porém metade não leva óleo de reserva, e quando chega o noivo estão com as lâmpadas se apagando.
As jovens que tem óleo de reserva participam da festa do noivo.
Quem não leva óleo de reserva mostra desinteresse para o noivo e não pode participar do banquete nupcial.
Jesus termina a parábola avisando: “Vigiai porque não sabeis o dia, nem a hora em que o noivo virá”.
O noivo é Jesus, a noiva é a Igreja. Só entrará para a festa quem estiver preparado. Ficar vigiando, sempre prontos para o encontro final com Cristo.
Para Cristo, sábio é aquele que compreende a vida eterna. O óleo representa as boas obras que devemos cumprir com fé e a perseverança durante a escuridão da noite desta vida. Então serão sábios os que estão preparados com as boas obras que devem apresentar a Deus.
Às vezes na vida estamos com sono, vem a noite e adormecemos esquecendo o ideal. Graças a Deus, sempre tem alguém que vigiando, que grita e nos alerta: acorda!
Para Cristo, tolo é aquele que só vê as coisas presentes e não se preocupa com o futuro. Tolo é aquele que quer passar bem agora sem preocupar-se com a vida eterna, ele não participará da felicidade eterna.
Agora na Igreja estão sábios e tolos, bons e maus, e Cristo ama a todos e oferece a salvação. Enquanto vivemos aqui na terra, é noite, estamos nas trevas, e não conhecemos bem o que é invisível aos olhos. A vida é um caminho, e Jesus Cristo, o noivo vem ao nosso encontro em cada pessoa que encontrarmos, como Jesus disse: o que fizestes a um destes pequenos, a mim fizestes. A meta final é o encontro com Cristo no banquete eterno. Então Deus nos fará participar da felicidade de seu Filho.
Oração: é a minha resposta a Deus é louvor e adoração, é intercessão e ação de graças.
Senhor Jesus, não conheço o dia do meu encontro definitivo com você; só sei que acontecerá. Com esta parábola você me ensina que devo sempre ficar preparado, com a chama da fé e do amor ao próximo. Sei também que estarei preparado quando o desejo deste encontro com você for maior que todos os outros desejos de saúde e bem-estar nesta vida transitória. Dá-me um coração sábio e prudente.
Contemplação: perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.
Evangelizar em um tempo marcado pelo secularismo e pela indiferença significa propor o primeiro anúncio: Jesus Cristo morreu e ressuscitou para nos salvar de nossos pecados.
O caminho da evangelização é colocar-se diante do Crucificado e diante do irmão para aprender a caminhar juntos”. Precisamos encontrar novos caminhos, oportunidades de escuta, diálogo e encontro, deixando espaço para Deus e sua iniciativa, não para nosso protagonismo. E retornar assim “à essencialidade e ao entusiasmo dos Atos dos Apóstolos”.
É uma Igreja que procura aderir cada vez mais ao Evangelho e que sabe ser casa acolhedora para todos, testemunhando Jesus “como Ele deseja, na liberdade e na caridade”.
Papa Francisco explica que toda comunidade cristã deve ter seus ministérios, que o Espírito desperta a partir da consagração do batismo, com base em dois fundamentos certos: “na origem de cada ministério há sempre Deus que com seu Espírito Santo trabalha tudo em todos” e “a finalidade de cada ministério é sempre o bem comum, a construção da comunidade”. Todo ministério é, portanto, “um chamado de Deus para o bem da comunidade”. Graças a esses dois fundamentos, a comunidade cristã pode organizar “a variedade de ministérios que o Espírito desperta em relação à situação concreta em que vive”.
Esta organização pede aos Bispos um discernimento comunitário atento, na escuta do que o Espírito sugere à Igreja, num lugar concreto e no momento atual de sua vida”.
Oração final