
17° Domingo do Tempo Comum
- “Senhor, ensina-nos a rezar”.
Um dos problemas do homem de hoje é a sua incapacidade de rezar. Jesus se faz mestre, com o exemplo e a palavra.
“Quando rezardes, dizei: “Pai”. Como Ele mesmo fazia, que chamava a Deus de “Abbá” (em aramaico: pai querido). O que significa? Que a oração é un encontro, um dialogo amoroso de um filho (a) com o próprio pai. Rezar é amar, é pensar em Deus amando-o.
E também um momento em que todos se reconhecem irmãos uns dos outros. Quando visitava os doentes num hospital de Manaus, era a única oração possível com católicos, evangélicos, membros de outras crenças, praticantes e não praticantes, bons e maus…
Uma proposta: na nossa família, ao menos aos domingos, antes do almoço, rezarmos juntos o Pai nosso. - A parábola dos dois amigos. Um, precisando de
ajuda, recorre a um amigo. Mas é noite e o outro não quer atendê-lo, até que, diante de tanta insistência, levanta e dá os pães que o amigo lhe pede.
A parábola parece afirmar que a oração deve ser insistente. Na realidade o personagem principal não é quem pede, mas o amigo que satisfaz o pedido e que representa Deus. O que Jesus pretende dizer é: se os homens são capazes de escutar o apelo de um amigo importuno, ainda mais Deus atenderá aqueles que lhe pedem… - “Quem pede, recebe”.
A experiência diz que os nossos pedidos não são sempre atendidos. Então Jesus conta outra brevíssima parábola:
se um filho está com fome e pede um peixe, o pai não lhe dá uma cobra, se lhe pede um ovo, não lhe dá um escorpião. Assim é Deus. Ele sempre nos atende, mas à maneira dele. Ele sempre nos dá coisas boas, úteis à nossa salvação.
E o dom melhor é o seu Espírito, isto é si mesmo, o seu Amor. Deus doa si mesmo a cada um de nós, para que cada um não fique sozinho a enfrentar as dificuldades da vida.
Peçamos coisas boas, mas acima de tudo o dom que Deus não recusa a ninguém: o seu Espírito.
Pe. Luiz Mandelli