LEITURA ORANTE -“O paralítico e o perdão dos pecados.” – Quinta-feira 30/06/2022

Mt 9,1-8 = O paralítico e o perdão dos pecados.

ORAÇÃO INICIAL para sentir-se à presença de Deus

1º LER Escuta a Palavra de Deus!

1 Jesus tomou de novo a barca, passou o lago e veio para a sua cidade*.

2 Eis que lhe apresentaram um paralítico estendido numa padiola. Jesus, vendo a fé daquela gente, disse ao paralítico: “Meu filho, coragem! Teus pecados te são perdoados.”

3 Ouvindo isto, alguns escribas murmuraram entre si: “Este homem blasfema.”

4 Jesus, penetrando-lhes os pensamentos, perguntou-lhes: “Por que pensais mal em vossos corações?

5 Que é mais fácil dizer: Teus pecados te são perdoados, ou: Levanta-te e anda?

6 Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra o poder de perdoar os pecados: Levanta-te – disse ele ao paralítico -, toma a tua maca e volta para tua casa.”

7 Levantou-se aquele homem e foi para sua casa.

8 Vendo isto, a multidão encheu-se de medo e glorificou a Deus por ter dado tal poder aos homens.

2º MEDITAR. Refletir sobre esta Palavra

1 Jesus tomou de novo a barca, passou o lago e veio para a sua cidade.

Jesus escolheu Cafarnaum, importante centro comercial, como centro de evangelização, e parava na casa de Pedro onde a sogra atendia a Jesus e aos discípulos.

Jesus, vendo a fé daquela gente, disse ao paralítico:

Uns homens movidos, por um forte impulso de fé, apresentam um paralítico. Jesus conhece o coração das pessoas, a fé e também as fraquezas e pecados: Também este doente tem pecados, talvez revoltado por causa da sua doença ou outros problemas. O homem estava doente no corpo e na alma, e a fé da comunidade o ajudou a chegar até o Salvador. A fé geralmente é transmitida na comunidade missionária, e Jesus aprecia o amor presente na comunidade.

“Meu filho, coragem”, Jesus fala ao doente com ternura e restaura a vida humana: no coração perdoando os pecados e no corpo dando a saúde. A cura do corpo é prova da cura interior.

3 Ouvindo isto, alguns escribas murmuraram entre si: “Este homem blasfema. ” Só Deus pode perdoar as ofensas contra Deus. Os escribas são os interpretes da Lei de Moisés, e sentenciam que Jesus está blasfemando porque assume um poder que é somente de Deus.

Então Jesus cura o paralítico para provar que ele é ser humano frágil como os outros seres humanos, porém tem o poder de perdoar a nome de Deus porque vem de Deus. Jesus chama a si mesmo com o título de “Filho do homem” como o profeta Daniel chama o homem que vem do céu com poderes divinos.

7 Levantou-se aquele homem e foi para sua casa. A fé dos amigos ajudou o pobre doente e pecador a se aproximar do Salvador e a graça aconteceu.

O povo exulta, vendo que Deus entrega aos homens o poder de perdoar e restaurar a integridade do ser humano.

O melhor amigo é aquele que fica perto quando a gente está em dificuldade. Graças a Deus, também hoje muitas pessoas com amor cuidam dos doentes e pedem a Jesus a cura por eles: Jesus atende a fé da comunidade que pede com amor. Em nossas comunidades há grupos de oração que visitam e rezam pelos que estão sofrendo.

Deus quer reconstruir a vida humana na sua totalidade: alma e corpo. Jesus libertou os pagãos do reino do demônio esperando que se convertessem ao Reino de Deus. Agora em Cafarnaum liberta do pecado e da doença e oferece o perdão. Quem tem consciência da sua fraqueza, da maldade do seu coração, olhe para Deus. Ele nos oferece seu perdão através da pessoa que ele mesmo envia, seu Filho Jesus.

3º ORAR. Dialogar com Deus, adorar, agradecer, pedir perdão a Jesus.

Jesus, você nos mandou testemunhar o Reino do Amor de Deus. Abre nossos olhos para enxergar a sua ação através de seus discípulos.

Você transmite esta missão para a comunidade de seus discípulos, que tornam visível às pessoas o perdão do Pai do Céu. É maravilhoso confiar na misericórdia divina que vem a nós especialmente no Sacramento da Confissão. E peço que, como a multidão se encheu de medo respeitoso, também eu sinta o respeito que merece este sacramento que você nos entregou depois de sua paixão e ressurreição.

4º CONTEMPLAR. Qual é a Palavra que mais tocou meu coração?

As palavras e a reflexão deixam lugar ao silêncio para olhar com amor a Deus e ao próximo.

Contemplar com amor o que senti no coração durante este encontro com Deus.ORAÇÃO FINAL em agradecimento

Isabel Cristina Mrad Campos será beatificada

Isabel Cristina Mrad Campos será beatificada

Isabel Cristina Mrad Campos será beatificada no dia 10 de dezembro, em Barbacena (MG).

Isabel Cristina nasceu em 29 de julho de 1962, em Barbacena. É filha de José Mendes Campos e Helena Mrad Campos.

Com o desejo de fazer Medicina, foi para Juiz de Fora (MG) em 1982, para se preparar em um curso pré-vestibular.

Era uma moça como tantas outras. Estudava, namorava, participava de festas. Mas tinha uma vida de oração e sonhava ser pediatra para ajudar crianças carentes. Era sensível, sobretudo com os mais pobres, idosos e crianças, o que certamente aprendeu na família, que era vicentina. Na época, seu pai era presidente do Conselho Central de Barbacena.

No dia 1º de setembro do mesmo ano, um homem queria estupra-la amordaçou e rasgou suas roupas. Como continuou a resistir, foi morta sem piedade com 15 facadas. Foi um crime cruel, com grande repercussão, e que abalou muito a família e todos os que souberam do caso. Isabel Cristina soube viver em grau heroico as virtudes cristãs, sobretudo, o testemunho da sua fé pela vivência da caridade através de sua participação na Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP). Desta admiração sua coragem na defesa da vida e do valor da castidade, enfrentando com esperança o sofrimento da qual ela foi vítima. Jovem de fé, cultivava seu amor a Maria, por isso, ela estava com terço em sua mão, em forma de anel, quando a encontraram morta em seu apartamento em Juiz de Fora”.

LEITURA ORANTE -“Os dois endemoninhados e os porcos.” – Quarta-feira 29/06/2022

Mt 8,28-34 = Os dois endemoninhados e os porcos.

ORAÇÃO INICIAL para sentir-se à presença de Deus

1º LER Escuta a Palavra de Deus!

28 No outro lado do lago, na terra dos gadarenos, dois possessos de demônios saíram de um cemitério e vieram-lhe ao encontro. Eram tão furiosos que pessoa alguma ousava passar por ali.

29 Eis que se puseram a gritar: Que tens a ver conosco, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?

30 Havia, não longe dali, uma grande manada de porcos que pastava.

31 Os demônios imploraram a Jesus: Se nos expulsas, envia-nos para aquela manada de porcos.

32 Ide, disse-lhes. Eles saíram e entraram nos porcos. Nesse instante toda a manada se precipitou pelo declive escarpado para o lago, e morreu nas águas.

33 Os guardas fugiram e foram contar na cidade o que se tinha passado e o sucedido com os endemoninhados.

34 Então a população saiu ao encontro de Jesus. Quando o viu, suplicou-lhe que deixasse aquela região.

2º MEDITAR. Refletir sobre esta Palavra

Jesus quis sair do meio dos judeus, ir no meio dos pagãos para poder ter mais tranquilidade em dar instruções a seus discípulos. Mas naquela região dominava o demônio através de dois homens possuídos que espantavam todo mundo.

A chegada de Jesus é percebida pelos demônios, porque onde está Jesus, ele salva as pessoas, ele cura, ele expulsa o demônio.

Os judeus consideravam os porcos animais impuros, não criavam porcos. Os gadarenos eram pagãos, criavam porcos.

Os espíritos maus pedem para ficar nos porcos, para continuar ficando na região. Jesus permite, mas os porcos agitados se precipitam para o lago, afogam, e assim termina a dominação maléfica. Isso custa um prejuízo material para aqueles moradores.

Os pagãos pedem a Jesus deixar a região porque estão mais interessados nos negócios com os porcos do que em ser libertados do maligno.

Porém o homem agraciado pela libertação fica na região, testemunhando as maravilhas de Deus para pessoas ainda apegadas a seus interesses materiais: talvez em futuro eles possam se converter.

Aonde Jesus chega leva o Reino de Deus e liberta do poder de satanás, mas isso às vezes pode significar prejuízo material.

Frente a Jesus há reações diferentes. Quem está livre acolhe Jesus. Quem está apegado às coisas materiais tem medo de perde-las, prefere mandar Jesus embora e acaba ficando no reino do demônio.

É possível recusar a ação salvadora de Jesus quando os vícios dominam o coração humano. Não se pode querer ficar no pecado, e pedir a Jesus que nos liberte dos prejuízos do pecado.

Hoje muitas pessoas pedem ao padre orações e bênçãos para expulsar os espíritos maus, mas não para se libertar de seus pecados.

Também hoje são mortos muitos agentes de pastoral que defendem os pobres da opressão.

3º ORAR. Dialogar com Deus

Senhor Jesus, você venceu a tentação de Satanás, por isso tem poder para expulsá-lo, e deu a seus discípulos também esta missão. Não podemos ser discípulos que só gritam, como se libertação fosse coisa mágica. Ajuda-nos a fazer como você que estava sempre em comunhão com a vontade do Pai, e no poder do Espírito libertava do mal. Ajuda-nos a anunciar e pedir a libertação do mal que em primeiro lugar são nossos pecados e depois as escravidões que são consequência do apego aos vícios.

4º CONTEMPLAR. Qual é a Palavra que mais tocou meu coração?

As palavras e a reflexão deixam lugar ao silêncio para olhar com amor a Deus e ao próximo.

Contemplar com amor o que senti no coração durante este encontro com Deus.ORAÇÃO FINAL em agradecimento

LEITURA ORANTE -“Tempestade acalmada: Senhor, salva-nos!” – Terça-feira 28/06/2022

Mt 8,23-27 = Tempestade acalmada: Senhor, salva-nos!

ORAÇÃO INICIAL para sentir-se à presença de Deus

1º LER Escuta a Palavra de Deus!

23 Subiu ele a uma barca com seus discípulos.

24 De repente, desencadeou-se sobre o mar uma tempestade tão grande, que as ondas cobriam a barca. Ele, no entanto, dormia.

25 Os discípulos achegaram-se a ele e o acordaram, dizendo: Senhor, salva-nos, nós perecemos!

26 E Jesus perguntou: Por que este medo, gente de pouca fé? Então, levantando-se, deu ordens aos ventos e ao mar, e fez-se uma grande calmaria.

27 Admirados, diziam: Quem é este homem a quem até os ventos e o mar obedecem?

2º MEDITAR. Refletir sobre esta Palavra

23 Subiu ele a uma barca com seus discípulos. Jesus gostava de evangelizar à beira do lago de Genesaré, onde havia muitos povoados que viviam de agricultura e de pesca. Jesus está no lado ocidental do lago, e depois de uma jornada de evangelização, à tarde, pede aos discípulos para atravessar o lago e ir à margem oriental do rumo ao território dos gerasenos, que eram pagãos. Uma travessia de 7-8 quilômetros.

24 De repente, desencadeou-se sobre o mar uma tempestade tão grande, que as ondas cobriam a barca. Ele, no entanto, dormia. Já é noite e Jesus cansado dorme dentro do barco. Uma tempestade desaba no lago, o perigo é real. Jesus não se assusta porque confia no Pai, mas os discípulos ficam apavorados porque se sentem pequenos, frágeis, frente ao perigo e não sabem mais o que fazer.

25 Os discípulos achegaram-se a ele e o acordaram, dizendo: Senhor, salva-nos, nós perecemos! Frente ao perigo superior às nossas forças é natural ter a sensação de insegurança.  O medo de afundar facilmente toma conta do ser humano. Todos nós passamos por tempestades na vida, ficamos apavorados e gritamos. Tem medo quem se sente sozinho frente a um perigo superior às suas forças.

26 E Jesus perguntou: Por que este medo, gente de pouca fé? O que é ter fé? Uma criança nos braços da mãe não tem medo porque confia na mãe. Tem fé quem sabe que está nos braços de Deus e confia. Depois de fazer todo seu esforço para se sair bem, confia e diz: Deus me ama não permitirá nada que não seja para meu bem verdadeiro.

Quem faz oração – está unido a Deus na oração – sabe pedir socorro sem exigir que Deus faça o que nós queremos, sem julgar a ação de Deus. Eu peço o que acho necessário e confio que ele dá o que ele acha necessário.

Então, levantando-se, deu ordens aos ventos e ao mar, e fez-se uma grande calmaria. 27 Admirados, diziam: Quem é este homem a quem até os ventos e o mar obedecem? Parece que o mal é mais forte do que o bem. Na realidade, Jesus é o mais forte, ele é o vencedor. É necessário confiar no poder dele sobre as forças do mal.

A fé cristã vence o medo do futuro da nossa existência, porque Jesus nos oferece a sua paz. Jesus, o libertador, oferece-nos uma libertação total, inclusive do medo, desde que nossa fé em sua presença seja viva.

ORAR adorar, agradecer, pedir perdão a Jesus

Jesus, você confia no Pai e não tem medo porque se sente amparado. Eu sei que o Pai me ama e está comigo em todas as situações, mas no momento da dificuldade esta certeza fica fraca, a gente fica angustiada e quer ver-se livre do perigo. Que minha oração se torne um grito como fizeram seus discípulos na tempestade. Dá-nos a sua paz para confiar e acolher a vontade de Deus também quando é difícil.

4º CONTEMPLAR. Qual é a Palavra que mais tocou meu coração?

As palavras e a reflexão deixam lugar ao silêncio para olhar com amor a Deus e ao próximo.

Contemplar com amor o que senti no coração durante este encontro com Deus.ORAÇÃO FINAL em agradecimento

LEITURA ORANTE -“Deixar tudo para seguir Jesus” – Segunda-feira 27/06/2022

13 Comum Segunda =
Mt 8,18-22 = Deixar tudo para seguir Jesus.

ORAÇÃO INICIAL para sentir-se à presença de Deus

1º LER Escuta a Palavra de Deus!

18 Certo dia, vendo-se no meio de grande multidão, ordenou Jesus que o levassem para a outra margem do lago.
19 Nisto aproximou-se dele um escriba e lhe disse: Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores.
20 Respondeu Jesus: As raposas têm suas tocas e as aves do céu, seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça.
21 Outra vez um dos seus discípulos lhe disse: Senhor, deixa-me ir primeiro enterrar meu pai.*
22 Jesus, porém, lhe respondeu: Segue-me e deixa que os mortos enterrem seus mortos.

2º MEDITAR. Refletir sobre esta Palavra
Jesus está totalmente consagrado ao anúncio do Reino de Deus, e uma multidão o rodeia. Alguns sentem-se empolgados para acompanhar o Mestre. Quem é que pode seguir a Jesus e como seguir a Jesus? Um escriba, mestre da lei, está empolgado com o sucesso de Jesus e queria segui-lo. Mas Jesus mostra as exigências de sua vida entregue ao anúncio do Amor de Deus, desapegado do conforto dos bens materiais. Também seus discípulos missionários devem ter a mesma confiança em Deus porque a nossa fraqueza abre o caminho para Deus.
Para seguir a Cristo não podemos ter compromissos humanos que nos amarrem, que estejam acima do nosso compromisso com ele. Amar pai e mãe mais do que Cristo não combina com o Reino de Deus, porque o seguimento de Cristo está acima até dos afetos mais sagrados.
Todos os filhos tem a obrigação natural de cuidar dos pais, mas aquele que é chamado deve seguir Jesus e apoiar-se somente no Reino de Deus. Então Jesus pede aos discípulos que envia em missão: “deixa a obrigação de cuidar dos compromissos da família aos outros que ainda não compreenderam o Reino de Deus, quem não segue Jesus, está ainda na morte espiritual.”.

Jesus, vivendo em completa e absoluta entrega nas mãos do Pai, nos ensina o espírito que deve animar seus discípulos missionários: confiar somente no amparo do Pai, viver com o que o Pai oferece através da generosidade dos discípulos. A experiência demonstra que a pobreza favorece nossa união com Deus, diminui nosso egoísmo, produz paz interior, facilita o trabalho de evangelização porque abre espaço à ação de Deus: assim fizeram os grandes evangelizadores.

3º ORAR. Dialogar com Deus

Jesus, eu estou na minha família, cuidando dos meus compromissos, e participando das atividades pastorais da Igreja. Você me chama para ser discípulo missionário, qual é a minha missão? Como devo fazer na situação em que me encontro? Me dê generosidade para superar a acomodação e o medo, e peço também o discernimento para não descuidar dos meus compromissos sagrados que assumi por vocação e são inadiáveis.
Jesus, dá generosidade aos jovens, e fique em nossas famílias para que eduquem os filhos à generosidade da fé.

4º CONTEMPLAR. Qual é a Palavra que mais tocou meu coração?
As palavras e a reflexão deixam lugar ao silêncio para olhar com amor a Deus e ao próximo.
Contemplar com amor o que senti no coração durante este encontro com Deus.

ORAÇÃO FINAL em agradecimento

Missa de encerramento do X Encontro Mundial

Na tarde deste sábado, 25 de junho, o Papa Francisco voltou a se encontrar com as famílias na Praça São Pedro. Papa Francisco disse na homilia:
A família é o lugar do encontro, da partilha, da saída de si mesmo para acolher o outro e estar junto dele. É o primeiro lugar onde se aprende a amar.
Imagino a riqueza de experiências, propósitos, sonhos, como não faltaram também as preocupações e as incertezas. Agora apresentamos tudo ao Senhor e pedimos-Lhe que vos sustente com a sua força e o seu amor. Sois pais, mães, filhos, avós, tios; sois adultos, crianças, jovens, idosos; cada qual com uma experiência diversa de família, mas todos com a mesma esperança feita oração: Que Deus abençoe e guarde as vossas famílias e todas as famílias do mundo
“.

Em seguida o Papa recordou a segunda Leitura da Missa na qual São Paulo fala de liberdade. A liberdade – disse Francisco – é um dos bens mais apreciados e procurados pelo homem moderno e contemporâneo. Todos desejam ser livres, não sofrer condicionamentos, nem ver-se limitados; por isso todos aspiram a libertar-se de qualquer tipo de «prisão»: cultural, social, económica.
E, no entanto, quantas pessoas carecem da liberdade maior: a liberdade interior! O Apóstolo lembra-nos, a nós cristãos, que esta é primariamente um dom, quando exclama: «Foi para a liberdade que Cristo nos libertou» (Gal 5, 1). A liberdade foi-nos dada“.

Nascemos, todos, com muitos condicionamentos, interiores e exteriores, e sobretudo com a tendência para o egoísmo, isto é, para nos colocarmos a nós mesmos no centro e privilegiar os nossos interesses. Mas, desta escravidão, libertou-nos Cristo.
Todos vós, esposos, ao formar a vossa família, com a graça de Cristo fizestes esta corajosa opção: não usar a vossa liberdade para proveito próprio, mas para amar as pessoas que Deus colocou junto de vós. Em vez de viver como «ilhas», fizestes-vos «servos uns dos outros». Assim se vive a liberdade em família!
A família – sublinhou o Papa – é o lugar do encontro, da partilha, da saída de si mesmo para acolher o outro e estar junto dele. É o primeiro lugar onde se aprende a amar.

O Santo Padre então reafirmou que bem sabemos que na realidade dos fatos não é sempre assim, por muitos motivos e pelas mais variadas situações. Por isso, justamente enquanto afirmamos a beleza da família, sentimos mais do que nunca que devemos defendê-la.
Não deixemos que seja poluída pelos venenos do egoísmo, do individualismo, da cultura da indiferença e do descarte, perdendo assim o seu DNA que é o acolhimento e o espírito de serviço.

na primeira Leitura da Missa apresentou a relação entre os profetas Elias e Eliseu, Francisco disse que a mesma nos faz pensar na relação entre as gerações, na «passagem do testemunho» entre pais e filhos. No mundo atual, esta relação não é simples, revelando-se muitas vezes motivo de preocupação. Os pais temem que os filhos não consigam orientar-se no meio da complexidade e confusão das nossas sociedades, onde tudo parece caótico e precário, acabando por extraviar-se da sua estrada. Este medo torna alguns pais ansiosos; outros, superprotetores. E por vezes acaba até por bloquear o desejo de trazer novas vidas ao mundo.
“Faz-nos bem refletir sobre a relação entre Elias e Eliseu. Elias, num momento de crise e medo face ao futuro, recebe de Deus a ordem de ungir Eliseu como seu sucessor. Deus faz compreender a Elias que o mundo não termina com ele, e manda-lhe transmitir a outro a sua missão“.
Como é importante, – continuou o Papa – para os pais, contemplar o modo de agir de Deus! Deus ama os jovens, mas isto não significa que os preserve de todo o risco, desafio e sofrimento. Não é ansioso, nem superprotetor; pelo contrário, tem confiança neles e chama cada um à medida alta da vida e da missão.

Papa Francisco acrescentou ainda que a melhor maneira de um educador ajudar a outrem a seguir a sua vocação é abraçar com um amor fiel a própria vocação. Foi o que os discípulos viram Jesus fazer; e o Evangelho mostra-nos um momento emblemático disso mesmo, quando Jesus «Se dirigiu resolutamente para Jerusalém» (Lc 9, 51), sabendo bem que lá seria condenado e morto. E, no caminho para Jerusalém, Ele vê-Se repelido pelos habitantes da Samaria; uma rejeição, que suscita a reação indignada de Tiago e João, mas que Jesus aceita pois faz parte da sua vocação: ao princípio, fora rejeitado em Nazaré, agora, na Samaria e, no fim, será rejeitado em Jerusalém. Jesus aceita tudo isto, porque veio para tomar sobre Si os nossos pecados.

Imediatamente depois deste episódio que, de certo modo, nos descreve a «vocação de Jesus», o Evangelho apresenta-nos outros três chamamentos, três vocações de igual número de aspirantes a discípulos de Jesus. O primeiro é convidado a não procurar, no seguimento do Mestre, uma morada estável, uma acomodação segura. Com efeito Ele «não tem onde reclinar a cabeça» (Lc 9, 58). Seguir Jesus significa pôr-se em movimento e estar sempre em movimento, «em viagem» com Ele através das vicissitudes da vida.
Como tudo isto é verdade para vós, casados! Também vós, ao acolher a vocação para o matrimónio e a família, deixastes o vosso «ninho» e começastes uma viagem, da qual não podíeis conhecer de antemão todas as etapas, e que vos mantém em constante movimento, com situações sempre novas, factos inesperados, surpresas. Assim é o caminho com o Senhor: dinâmico, imprevisível mas sempre uma maravilhosa descoberta!”
O segundo discípulo é convidado a não voltar atrás porque queria, «primeiro, sepultar o pai» (cf. Lc 9, 59-60). Não se trata de faltar ao quarto
mandamento, que permanece sempre válido; mas é um convite a obedecer, antes de tudo, ao primeiro mandamento: amar a Deus sobre todas as coisas. O mesmo se verifica com o terceiro discípulo, chamado a seguir Cristo resolutamente e de todo o coração, sem «olhar para trás», nem mesmo para se despedir dos seus familiares (cf. Lc 9, 61-62).

O Papa acrescentou: “Queridas famílias, também vós sois convidadas a não ter outras prioridades, a «não olhar para trás», isto é, a não vos lamentardes repassando a vida de outrora, a liberdade de antes com as suas ilusões enganadoras: a vida fossiliza-se quando não acolhe a novidade do chamamento de Deus, chorando pela falta do passado. Quando Jesus chama, nomeadamente ao matrimónio e à família, pede para olharmos em frente, e sempre nos precede no caminho, sempre nos precede no amor e no serviço. Quem O segue, não fica decepcionado!
O amor que viveis entre vós seja sempre aberto, comunicativo, capaz de «tocar com a mão» os mais frágeis e os feridos que encontrardes pelo caminho: frágeis no corpo e frágeis na alma. De facto é quando se dá que o amor, incluindo o amor familiar, se purifica e fortalece.
A Igreja está convosco; antes, a Igreja está em vós! Com efeito, a Igreja nasceu de uma família, a família de Nazaré, e é composta principalmente por famílias. Que o Senhor vos ajude cada dia a permanecer na unidade, na paz e na alegria, mostrando a todos que Deus é amor e comunhão de vida.”

10º ENCONTRO MUNDIAL DAS FAMÍLIAS

10º ENCONTRO MUNDIAL DAS FAMÍLIAS

26 de Junho – Os avós e os idosos!

Os avós e os idosos também fazem parte das nossas famílias. Hoje a cultura do descarte dominante tende a considerar os idosos como pouco importantes e até mesmo insignificantes para a sociedade. A velhice, pelo contrário, é um tempo adicional para responder ao chamado de Deus. Trata-se sem dúvida de uma resposta nova, diferente, e de um certo ponto de vista também mais adulta e madura.

A vocação ao amor é uma chamada que Deus nos faz em cada fase das nossas vidas. Isto significa que mesmo os avós e os idosos são chamados a viver a graça da sua relação com o Senhor através do relacionamento com os filhos, com os netos, com os jovens, com os adolescentes e as crianças. A resposta a esta chamada se articula em duas direções: uma é dada pelo que eles podem oferecer aos outros através da sua experiência, paciência e sabedoria; a outra, do que eles podem receber dos outros na sua condição de fragilidade, fraqueza e necessidade.

Os idosos oferecem, desta forma, a si próprios e aos que com eles entram em relação, uma ocasião a mais de crescimento humano, autêntico e maduro.

Envelhecer é difícil. Não podemos negar que seja difícil tornar-se idoso. Para uns, é uma experiência repleta de amargura e tristeza, principalmente se vier associada a doenças ou patologias que tornam complicado realizar as atividades normais que se faziam no passado.

Às vezes, o tempo da velhice é marcado também pelo luto causado pela perda do cônjuge com o qual se passou grande parte da vida. Num certo sentido, mesmo o tempo da velhice, caracterizada pelos simples e humildes episódios da vida vividos no escondimento, no silêncio e numa condição de aparente irrelevância para a história do mundo, pode ser comparado à vida da Sagrada Família de Nazaré. O período da velhice é também o momento no qual, depois de se tornar mais necessitados e menos independentes, cresce nos idosos a oração e o diálogo com Deus. É indubitavelmente um tempo privilegiado e propício de graça e de santificação.

Sugestões de reflexão em casal/família:

O que fazemos para envolver os avós e idosos? O que mais podemos fazer?Oração espontânea pela família.

13° Domingo do Tempo Comum

1. Na segunda leitura o apóstolo Paulo escreve aos Gálatas, tentados de voltar à prática da Lei antiga:

“É para que sejamos livres, que Cristo nos libertou”.

Livres de que? Do poder do mal, do Demônio, das paixões pecaminosas, e também da Lei.

Não somos mais obrigados a observar as prescrições da Lei antiga. Toda a Lei se resume no único mandamento: “Amarás o teu próximo”. Por isso, Paulo faz uma exortação:

“Fazei-vos escravos uns dos outros pela caridade”.

Sou livre, mas no mesmo tempo devo me fazer escravo de todos, servindo-os por amor.

Os cristãos da Galácia

Sabiam, por experiência, o que significava “ser escravo”. A vida cristã é uma vida de escravo, mas escravo por amor.

2. Evangelho: condições para seguir Jesus

Três indivíduos anónimos querem seguir Jesus. Ele responde:

– Ao primeiro: Tu deves estar   disposto a passar por renúncias e sacrifícios.

– Ao segundo: Nada e ninguém é mais importante de Jesus Cristo e do anúncio do Reino de Deus.

– Ao terceiro: Seguir o Cristo é tomar a firme decisão de partir e não voltar atrás.

Diante do chamado a servir na comunidade:

Alguns aceitam por motivos mesquinhos (auto-promoção),

Outros não aceitam, porque não querem se empenhar (“não sou capaz, não tenho condições, não tenho tempo”…). Se o Senhor chamar, respondamos com humildade, espírito de serviço e dedicação.

Pe. Luís Mandelli,

10º ENCONTRO MUNDIAL DAS FAMÍLIAS

10º ENCONTRO MUNDIAL DAS FAMÍLIAS

25 de Junho – Pais e mães

A força de um amor que gera vida. O caminho para a santidade, quando tomado por um pai ou uma mãe, passa pelo crescimento do amor recíproco e do amor que dão aos filhos. Existe um chamado belíssimo e forte em tornar-se pai e mãe. Esse chamado consiste em partilhar com Deus o poder de um amor que gera vida na carne e no espírito. É um chamado que durará a vida inteira e em todas as circunstâncias. O amor de um homem e de uma mulher é sempre fecundo, mesmo quando não têm filhos ou quando os pais ficam velhos. Com efeito, os cônjuges sempre podem gerar filhos de Deus.

Sempre que um pai e uma mãe acolhem uma nova vida e a protegem, sempre que perdoam e tomam o seu caminho, trazem o Céu à terra. Nesse momento, é o Espírito Santo que age neles.

“Portanto, a primeira necessidade é precisamente esta: que o pai esteja presente na família. Que se encontre próximo da esposa, para compartilhar tudo, alegrias e dores, dificuldades e esperanças. E que esteja perto dos filhos no seu crescimento: quando brincam e quando se aplicam, quando estão descontraídos e quando se sentem angustiados, quando se exprimem e quando permanecem calados, quando ousam e quando têm medo, quando dão um passo errado e quando voltam a encontrar o caminho; pai presente, sempre. Estar presente não significa ser controlador, porque os pai demasiado controladores anulam os filhos e não os deixam crescer. […] Um pai bom sabe esperar e perdoar, do profundo do coração. Sem dúvida, também sabe corrigir com firmeza: não se trata de um pai fraco, complacente, sentimental. O pai que sabe corrigir sem aviltar é o mesmo que sabe proteger sem se poupar”.

“Ser mãe não significa somente colocar um filho no mundo, mas é também uma escolha de vida. O que escolhe uma mãe, qual é a escolha de vida de uma mãe? A escolha de vida de uma mãe é a escolha de dar a vida. E isto é grande, é bonito. Uma sociedade sem mães seria uma sociedade desumana, porque as mães sabem testemunhar sempre, mesmo nos piores momentos, a ternura, a dedicação, a força moral. As mães transmitem, muitas vezes, também o sentido mais profundo da prática religiosa: nas primeiras orações, nos primeiros gestos de devoção que uma criança aprende, está inscrito o valor da fé na vida de um ser humano.” (Papa Francisco)Oração espontânea pela família.

LEITURA ORANTE – ”Sagrado Coração de Maria – Jesus entre os doutores” – Sábado 25/06/2022

Sábado depois da festa do Sagrado Coração:

IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA = Lc 2,41-51 Jesus entre os doutores

ORAÇÃO INICIAL para sentir-se à presença de Deus

1º LER Escuta a Palavra de Deus!

41 Seus pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa.

42 Tendo ele atingido doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa.

43 Acabados os dias da festa, quando voltavam, ficou o menino Jesus em Jerusalém, sem que os seus pais o percebessem.

44 Pensando que ele estivesse com os seus companheiros de comitiva, andaram caminho de um dia e o buscaram entre os parentes e conhecidos.

45 Mas não o encontrando, voltaram a Jerusalém, à procura dele.

46 Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os.

47 Todos os que o ouviam estavam maravilhados da sabedoria de suas respostas.

48 Quando eles o viram, ficaram admirados. E sua mãe disse-lhe: Meu filho, que nos fizeste?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição.

49 Respondeu-lhes ele: Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu  Pai?*

50 Eles, porém, não compreenderam o que ele lhes dissera.

51 Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração.

2º MEDITAR. Refletir sobre esta Palavra

A Sagrada família era fiel às tradições de sua fé: José, Maria com Jesus iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa. Com a idade de doze anos a criança era admitida a participar plenamente do culto na sinagoga e no Templo. Tendo Jesus atingido a idade de doze anos os pais levam o menino em Jerusalém. Mas ele sente-se tão atraído pela Palavra de Deus que permanece no Templo, sem que seus pais o percebam.

A mãe mostra sua aflição: “Meu filho, o que nos fizeste?”.

A razão disso ele mesmo a dá: precisa estar à disposição de seu Pai. “Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?” Na Sagrada família está presente o Pai, a quem Jesus deve obedecer em primeiro lugar, antes de seus pais terrenos.

E Maria guarda os fatos e as palavras do Senhor meditando-as em seu coração (Lc 2,19), é um coração imaculado totalmente entregue a Deus.

Maria contempla e guarda no seu coração todos os acontecimentos da vida de seu filho, ela louva a Deus, não compreende tudo, sofre, mas confia na misericórdia do Pai.

3º ORAR. Dialogar com Deus

Coração Imaculado de Maria, ardente de bondade, mostra seu amor para nós. Queremos agradecer todo seu cuidado materno para todos os homens que Jesus assumiu como irmãos e na cruz confiou aos seus cuidados. Ensina também a nós a meditar nos fatos de nossa vida e contemplar a presença de Deus sempre desejando fazer a sua vontade.

4º CONTEMPLAR. Qual é a Palavra que mais tocou meu coração?

As palavras e a reflexão deixam lugar ao silêncio para olhar com amor a Deus e ao próximo.

Contemplar com amor o que senti no coração durante este encontro com Deus.

A Memória do Imaculado Coração de Maria nos convida a meditar sobre o mistério de Cristo e da Virgem em sua interioridade e profundidade. O Coração Imaculado de Maria acompanha a humanidade com carinho materno para leva-la a Jesus.Nossa Senhora é uma Mãe, e nos foi dada por Jesus do alto da Cruz (cf. Jo 19,26). Ela é a intercessora e medianeira das graças para a humanidade.