
O novo mandamento
1. A preocupação de Jesus nesse tempo é formar a sua Comunidade, lembrar o que é fundamental na vida comunitária: o amor mútuo.
“Mandamento”: porque é algo importante como o Decálogo.
“Novo”: a Lei antiga dizia: Ama a teu próximo como a ti mesmo. Agora: como Eu vos amei. Amar a maneira de Jesus.
2. Surpreende que Jesus, nesta despedida, não apresente como seu mandamento: Amai a Deus! Por que será?
Porque se pode pensar de amar a Deus e não amar o próximo. Rezo e não amo. Comungo e não amo.
O apóstolo Paulo escrevia aos Coríntios: “Receio que quando chegar (em Corinto), encontre entre vós: discórdia, inveja, rivalidade, maledicências, falsas acusações…” (2Cor 13, 20).
Parece à foto de certas nossas comunidades.
Podemos ser muito religiosos e não olhar para o irmão que precisa não se interessar por ele. “Eu e Deus só”.
Prevendo isso o apóstolo João escreveu: “Se alguém disser: Amo a Deus, mas odeia o seu irmão, está mentindo (1 Jo 4, 20).
3. Nisto todos conhecerão…
Outra surpresa. O que identifica o verdadeiro discípulo de Jesus no mundo não é tanto a doutrina, a oração, mas o amor fraterno, o amor-serviço. Todos, também os fiéis de outras religiões (Islâmicos, Hinduístas…) rezam, às vezes mais do que os cristãos.
Se tivermos amor uns aos outros, iremos revelar aos homens o amor do nosso Deus, a nossa fé em Jesus. É a nossa missão no mundo.
4. O amor que Jesus ensinou não é um vago sentimento de amor à humanidade em geral. É algo de concreto, é amar as pessoas concretas, com gestos concretos. Jesus amou assim: acolhendo, curando, fazendo felizes as pessoas que encontrava no dia a dia. Devemos amar as pessoas concretas que vivem conosco: os familiares, os vizinhos, os colegas de estudo, de trabalho. Fazer tudo para que os outros sejam felizes.