2° Domingo da Páscoa

  1. Jesus se apresenta ao apóstolo João exilado na ilha de Patmos: “Eu sou o que vive. Estive morto, mas agora estou vivo pelos séculos dos séculos”.
  2. Domingo que fala da fé, mas também da misericórdia. Domingo da Divina Misericórdia.
    A revelação da Divina Misericórdia é biblica, é o centro do Evangelho.
  3. Os discípulos estavam ” com medo”…
    E nós, de que temos medo?
    Da morte, de um Deus que castiga, das doencas, da pandemia, da guerra, dos assaltos e roubos, da solidão…
    Os medos podem ser vencidos, junto com Cristo.
  4. Jesus foi misericordioso com os Onze.
    Não os repreende pelo abandono do Mestre.
  5. Primeira palavra: “Paz a vós”.
    Não é uma saudação, mas Jesus está lhes oferecendo
    um “dom”. Vos dó a minha paz.
  6. Jesus mostra as feridas.
    Não tanto para mostrar que não é um fantasma, mas para mostrar os sinais da sua paixão, do seu amor ao extremo, de sua entrega na cruz.
  7. “Recebei o Espírito Santo”
    É o maior presente que Jesus faz aos discípulos: o amor de Deus em pessoa. O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo.
  8. “A quem perdoardes os pecados, serão perdoados”
    Os Onze devem levar o perdão de Deus a quem se arrepende. Com a absolvição, o sacerdote concede o perdão e a “paz”.
  9. “Eu vos envio ao mundo…”
    É a mesma missão confiada a Jesus pelo Pai: testemunhar o amor e a misericórdia do Pai a todos.
  10. Jesus foi misericordioso com Tomé
    ” olha as minhas mãos e o meu lado”…
  11. ” Felizes os que irão crer sem ter visto”
    “Felizes os misericordiosos porque encontrarão misericórdia no Pai”.

Pe. Luiz Mandelli

LEITURA ORANTE – “Aparição aos discípulos na Galiléia” – Sexta-feira 22/04/2022

Jo 21,1-14 = Aparição aos discípulos na Galiléia.

Invocar luz do Espírito de Deus e pedir sua ajuda.

Leitura – Lendo este evangelho você está presente perto de Jesus, o que ele está me falando?… a Palavra de Deus é sempre nova e atual.

1 Depois disso, tornou Jesus a manifestar-se aos seus discípulos junto ao lago de Tiberíades. Manifestou-se deste modo:

2 Estavam juntos Simão Pedro, Tomé (chamado Dídimo), Natanael (que era de Caná da Galiléia), os filhos de Zebedeu e outros dois dos seus discípulos.

3 Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Responderam-lhe eles: Também nós vamos contigo. Partiram e entraram na barca. Naquela noite, porém, nada apanharam.

4 Chegada a manhã, Jesus estava na praia. Todavia, os discípulos não o reconheceram.

5 Perguntou-lhes Jesus: Amigos, não tendes acaso alguma coisa para comer?  Não, responderam-lhe.

6 Disse-lhes ele: Lançai a rede ao lado direito da barca e achareis. Lançaram-na, e já não podiam arrastá-la por causa da grande quantidade de peixes.

7 Então aquele discípulo, que Jesus amava, disse a Pedro: É o Senhor! Quando Simão Pedro ouviu dizer que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se às águas.

8 Os outros discípulos vieram na barca, arrastando a rede dos peixes (pois não estavam longe da terra, senão cerca de duzentos côvados).

9 Ao saltarem em terra, viram umas brasas preparadas e um peixe em cima delas, e pão.

10 Disse-lhes Jesus: Trazei aqui alguns dos peixes que agora apanhastes.

11 Subiu Simão Pedro e puxou a rede para a terra, cheia de cento e cinqüenta e três peixes grandes. Apesar de serem tantos, a rede não se rompeu.

12 Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. Nenhum dos discípulos ousou perguntar-lhe: Quem és tu?, pois bem sabiam que era o Senhor.

13 Jesus aproximou-se, tomou o pão e lhos deu, e do mesmo modo o peixe.

14 Era esta já a terceira vez que Jesus se manifestava aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado.

Meditação – Esta Palavra ilumina minha vida. O que mais toca no meu coração? O que Deus está iluminando na minha vida?

Hoje contemplamos Jesus ressuscitado que encontra os discípulos na Galiléia, nos lugares em que tinha iniciado a evangelização. Os discípulos continuam sendo as mesmas criaturas humanas com todos seus limites. Estão no barco a uns cem metros da margem, cansados, tristes. Passaram a noite pescando e não pegam nada.

Jesus está na praia, mas não o reconhecem, porque é “o Senhor ressuscitado”. Ele pede para trazer algum peixe. Eles não têm nada, mas Jesus dá a ordem: “Lançai a rede à direita da barca, e achareis”.

Os discípulos obedecem. Com Cristo, a pesca é abundante. No encontro aparece a grande ternura de Jesus para os amigos, ele está de pé na margem e já preparou umas brasas com peixe assado e pão para a refeição.

João reconhece logo: aquele que mandou jogar a rede para aquela pesca milagrosa é o Senhor. Ao enxergar o Senhor, o coração sensível de Pedro bate de alegria, lança-se ao mar impaciente por estar junto ao Mestre.

Jesus fortifica a fé e a amizade com seus discípulos: “Vinde comer”, e pede para trazer também do peixe que eles acabam de pescar, para assar e comer juntos.

Jesus tem todo o poder de Deus, e nos ama, amor que se manifesta através de gestos: prepara pão e peixe para a refeição dos discípulos cansados, conforta-os e fortifica sua fé e sua amizade. Mas Ele pede nossa resposta de amor: “Trazei alguns dos peixes que acabam de pescar”, porque na amizade cada um oferece aos amigos tudo o que tem.

Na confraternização junto com o Senhor ficam conversando, explicando as escrituras e falando das coisas do Reino de Deus, vai crescendo a alegria, a doação total, a formação da comunidade do Reino de Deus. Cristo é fonte da verdadeira alegria.

Jesus ressuscitado está sempre conosco nos acontecimentos do dia a dia. Ele nos trata como amigos e nesta amizade se oferece a nós todo dia na intimidade da oração, e na Missa se une a nós na Eucaristia.

Oração – Esta Palavra me leva a dar uma resposta a Deus, um louvor, um agradecimento, um pedido perdão, uma adoração, uma promessa.

Jesus, você voltou aos lugares conhecidos da Galileia onde tinha começado a evangelizar junto com seus discípulos. Você é o Senhor ressuscitado, mas na convivência continua sendo o amigo que está junto com os amigos. Você está sempre junto conosco com esta mesma amizade e ternura. Aumenta nossa fé para que sempre sintamos sua proximidade nos momentos alegres ou tristes de nossa vida.

Contemplação – Esta Palavra me leva a ver a mim e aos outros com o olhar de Jesus. Esta contemplação me leva a um compromisso, uma ação, um gesto concreto. O Documento de Aparecida nos ensina: “Não podemos deixar de aproveitar a hora da graça no tempo pascal. Necessitamos de um novo Pentecostes. Necessitamos sair ao encontro das pessoas, das famílias, das comunidades e dos povos para lhes comunicar e compartilhar o dom do encontro com Cristo, que tem preenchido nossas vidas de ‘sentido’, de verdade e de amor, de alegria e de esperança! Não podemos ficar tranquilos em espera passiva em nossos templos, mas é urgente ir em todas as direções para proclamar que o mal e a morte não têm a última palavra, que o amor é mais forte, que fomos libertos e salvos pela vitória pascal do Senhor da história…” (DAp 548).