LEITURA ORANTE – 29/06/2021

13 Comum Terça f.

Mt 8,23-27

Tempestade acalmada: Senhor, salva-nos!

Oração: Vinde, Espírito Santo

Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.

23 Subiu ele a uma barca com seus discípulos. 24 De repente, desencadeou-se sobre o mar uma tempestade tão grande, que as ondas cobriam a barca. Ele, no entanto, dormia. 25 Os discípulos achegaram-se a ele e o acordaram, dizendo: Senhor, salva-nos, nós perecemos! 26 E Jesus perguntou: Por que este medo, gente de pouca fé? Então, levantando-se, deu ordens aos ventos e ao mar, e fez-se uma grande calmaria. 27 Admirados, diziam: Quem é este homem a quem até os ventos e o mar obedecem?

Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.

23 Subiu ele a uma barca com seus discípulos. Jesus gostava de evangelizar à beira do lago de Genesaré, onde havia muitos povoados que viviam de agricultura e de pesca. Jesus está no lado ocidental do lago, e depois de uma jornada de evangelização, à tarde, pede aos discípulos para atravessar o lago e ir à margem oriental do rumo ao território dos gerasenos, que eram pagãos. Uma travessia de 7-8 quilômetros. 24 De repente, desencadeou-se sobre o mar uma tempestade tão grande, que as ondas cobriam a barca. Ele, no entanto, dormia. Já é noite e Jesus cansado dorme dentro do barco. Uma tempestade desaba no lago, o perigo é real. Jesus não se assusta porque confia no Pai, mas os discípulos ficam apavorados porque se sentem pequenos, frágeis, frente ao perigo e não sabem mais o que fazer. 25 Os discípulos achegaram-se a ele e o acordaram, dizendo: Senhor, salva-nos, nós perecemos! Frente ao perigo superior às nossas forças é natural ter a sensação de insegurança. O medo de afundar facilmente toma conta do ser humano. Todos nós passamos por tempestades na vida, ficamos apavorados e gritamos. Tem medo quem se sente sozinho frente a um perigo superior às suas forças. 26 E Jesus perguntou: Por que este medo, gente de pouca fé? O que é ter fé? Uma criança nos braços da mãe não tem medo porque confia na mãe. Tem fé quem sabe que está nos braços de Deus e confia. Depois de fazer todo seu esforço para se sair bem confia e diz: se Deus me ama não permitirá nada que não seja para meu bem verdadeiro. Quem faz oração – está unido a Deus na oração – sabe pedir socorro sem exigir que Deus faça o que nós queremos, sem julgar a ação de Deus. Eu peço o que acho necessário e confio que ele dá o que ele acha necessário. Então, levantando-se, deu ordens aos ventos e ao mar, e fez-se uma grande calmaria. 27 Admirados, diziam: Quem é este homem a quem até os ventos e o mar obedecem? Parece que o mal é mais forte do que o bem. Na realidade, Jesus é o mais forte, ele é o vencedor. É necessário confiar no poder dele sobre as forças do mal. A fé cristã é incompatível com o medo do futuro da nossa existência, porque Jesus nos oferece a sua paz. Jesus, o libertador, oferece-nos uma libertação total, inclusive do medo, desde que nossa fé em sua presença seja viva.

Orar adorar, agradecer, pedir perdão a Jesus Jesus, você confia no Pai e não tem medo porque se sente amparado. Eu sei que o Pai me ama e está comigo em todas as situações, mas no momento da dificuldade esta certeza fica fraca, a gente fica angustiada e quer ver-se livre do perigo. Que minha oração se torne um grito como fizeram seus discípulos na tempestade. Dá-nos a sua paz para confiar e acolher a vontade de Deus também quando é difícil.

Contemplação:  perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.

Oração final: Alma de Cristo, santificai-me. Corpo de Cristo, salvai-me. Sangue de Cristo, inebriai-me. Água do lado de Cristo, purificai-me. Paixão de Cristo, confortai-me. Ó bom Jesus, ouvi-me. Dentro de vossas chagas, escondei-me. Não permitais que eu me separe de vós. Do espírito maligno defendei-me. Na hora da morte, chamai-me, e mandai-me ir para Vós, para que com todos os santos vos louve. Por todos os séculos dos séculos. Amém.

Pe. Giovanni Pontarolo

LEITURA ORANTE – 28/06/2021

13 Comum Segunda

Mt 8,18-22

O discípulo deixa tudo para seguir Jesus.

Oração invocando: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.

18 Certo dia, vendo-se no meio de grande multidão, ordenou Jesus que o levassem para a outra margem do lago. 19 Nisto aproximou-se dele um escriba e lhe disse: Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores. 20 Respondeu Jesus: As raposas têm suas tocas e as aves do céu, seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça. 21 Outra vez um dos seus discípulos lhe disse: Senhor, deixa-me ir primeiro enterrar meu pai.* 22 Jesus, porém, lhe respondeu: Segue-me e deixa que os mortos enterrem seus mortos.

Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.

Jesus está totalmente consagrado ao anúncio do Reino de Deus, e uma multidão o rodeia. Alguns sentem-se empolgados para acompanhar o Mestre. Quem é que pode seguir a Jesus e como seguir a Jesus? Um escriba, mestre da lei, está empolgado com o sucesso de Jesus e queria segui-lo. Mas Jesus mostra as exigências de sua vida entregue ao anúncio do Amor de Deus, desapegado do conforto dos bens materiais. Também seus discípulos missionários devem ter a mesma confiança em Deus porque a nossa fraqueza abre o caminho para Deus. Para seguir a Cristo não podemos ter compromissos humanos que nos amarrem, que estejam acima do nosso compromisso com ele. Amar pai e mãe mais do que Cristo não combina com o Reino de Deus, porque o seguimento de Cristo está acima até dos afetos mais sagrados. Todos os filhos tem a obrigação natural de cuidar dos pais, mas aquele que é chamado deve seguir Jesus e apoiar-se somente no Reino de Deus. Então Jesus pede aos discípulos que envia em missão: “deixa a obrigação de cuidar dos compromissos da família aos outros que ainda não compreenderam o Reino de Deus, quem não segue Jesus, está ainda na morte espiritual.”.

Jesus, vivendo em completa e absoluta entrega nas mãos do Pai, nos ensina o espírito que deve animar seus discípulos missionários: confiar somente no amparo do Pai, viver com o que o Pai oferece através da generosidade dos discípulos. A experiência demonstra que a pobreza favorece nossa união com Deus, diminui nosso egoísmo, produz paz interior, facilita o trabalho de evangelização porque abre espaço à ação de Deus: assim fizeram os grandes evangelizadores.

Oração: é a minha resposta a Deus é louvor e adoração, é intercessão e ação de graças.

Jesus, eu estou na minha família, cuidando dos meus compromissos, e participando das atividades pastorais da Igreja. Você me chama para ser discípulo missionário, qual é a minha missão? Como devo fazer na situação em que me encontro? Me dê generosidade para superar a acomodação e o medo, e peço também o discernimento para não descuidar dos meus compromissos sagrados que assumi por vocação e são inadiáveis. Jesus, dá generosidade aos jovens, e fique em nossas famílias para que eduquem os filhos à generosidade da fé.

Contemplação:  perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.

Pe. Giovanni Pontarolo

LEITURA ORANTE – 27/06/2021

Domingo 13º B

Mc 5,21-43

A filha de Jairo e a mulher doente.

Oração: Vinde, Espírito Santo.

Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.

21 Tendo Jesus navegado outra vez para a margem oposta, de novo afluiu a ele uma grande multidão. Ele se achava à beira do mar, quando 22 um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo, se apresentou e, à sua vista, lançou-se-lhe aos pés, 23 rogando-lhe com insistência: Minha filhinha está nas últimas. Vem, impõe-lhe as mãos para que se salve e viva. 24 Jesus foi com ele e grande multidão o seguia, comprimindo-o. 25 Ora, havia ali uma mulher que já por doze anos padecia de um fluxo de sangue. 26 Sofrera muito nas mãos de vários médicos, gastando tudo o que possuía, sem achar nenhum alívio; pelo contrário, piorava cada vez mais. 27 Tendo ela ouvido falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou-lhe no manto. 28 Dizia ela consigo: Se tocar, ainda que seja na orla do seu manto, estarei curada. 29 Ora, no mesmo instante se lhe estancou a fonte de sangue, e ela teve a sensação de estar curada. 30 Jesus percebeu imediatamente que saíra dele uma força e, voltando-se para o povo, perguntou: Quem tocou minhas vestes? 31 Responderam-lhe os seus discípulos: Vês que a multidão te comprime e perguntas: Quem me tocou? 32 E ele olhava em derredor para ver quem o fizera. 33 Ora, a mulher, atemorizada e trêmula, sabendo o que nela se tinha passado, veio lançar-se-lhe aos pés e contou-lhe toda a verdade. 34 Mas ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e sê curada do teu mal. 35 Enquanto ainda falava, chegou alguém da casa do chefe da sinagoga, anunciando: Tua filha morreu. Para que ainda incomodas o Mestre? 36 Ouvindo Jesus a notícia que era transmitida, dirigiu-se ao chefe da sinagoga: Não temas; crê somente. 37 E não permitiu que ninguém o acompanhasse, senão Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago. 38 Ao chegar à casa do chefe da sinagoga, viu o alvoroço e os que estavam chorando e fazendo grandes lamentações. 39 Ele entrou e disse-lhes: Por que todo esse barulho e esses choros? A menina não morreu. Ela está dormindo. 40 Mas riam-se dele. Contudo, tendo mandado sair todos, tomou o pai e a mãe da menina e os que levava consigo, e entrou onde a menina estava deitada. 41 Segurou a mão da menina e disse-lhe: Talita cumi, que quer dizer: Menina, ordeno-te, levanta-te! 42 E imediatamente a menina se levantou e se pôs a caminhar (pois contava doze anos). Eles ficaram assombrados. 43 Ordenou-lhes severamente que ninguém o soubesse, e mandou que lhe dessem de comer.

Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.

A filha de Jairo está nas últimas, e o pai cheio de fé humilde pede a Jesus que vá impor as mãos para curá-la, e ele vai. Está rodeado por pessoas que se apertam em torno de Jesus por curiosidade, mas não tem fé para a salvação.

Uma mulher com corrimento de sangue é marginalizada na sociedade, é considerada impura e torna impuros aqueles que ela toca. Mas esta mulher tem tanta fé em Jesus que, apesar da proibição da lei, vai tocá-lo dizendo para si mesma: “Se tocar, ainda que seja na orla do seu manto, estarei curada”. Tem vergonha de pedir publicamente a cura, mas ela mesma toca a barra do manto e fica curada. Jesus reforça a fé. “Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz” a salvação não é merecimento, não é comércio, não é força humana, mas é Dom gratuito de Deus. Esta fé é total quando nos leva à conversão e adesão à pessoa de Cristo.

Chega a notícia que a filha de Jairo morreu, e o povo comenta: “O que ele vai fazer agora? Ele pode curar a doença, mas poderá devolver a vida?”, não tem fé bastante para sentir que Jesus é o Senhor da vida. Jairo tem fé na cura, mas frente à morte vacila. E Jesus solicita uma fé incondicional para acolher a salvação. A fé cresce na calma e no silêncio. Por isso Jesus manda sair todo mundo do quarto e leva consigo somente três discípulos e os pais da criança. Então chama a menina de volta para vida: “Menina, levanta”. Jesus é tão realista que manda dar alimentação para a menina que readquiriu a vida.

A fé é confiar na presença amorosa de Deus que nos ama e faz viver. Fé é esforçar-se de viver a vida de Deus que é amor. A bondade todo poderosa de Deus Criador e Salvador, vem sempre ao nosso encontro para nos fazer existir, e salvar do mal que nós fazemos. Mas é necessário ter fé para acolher esta salvação.

Oração: é a minha resposta a Deus é louvor e adoração, é intercessão e ação de graças.

Jesus, quero ficar bem próximo de você como Pedro, Tiago e João para contemplar estes fatos e ver sua bondade com todas as pessoas. Àquelas que tem fé, você reforça a fé, e àquelas que só tem curiosidade, você pede para se afastar e fazer silêncio respeitoso. Você não veio fazer show de milagres, mas veio anunciar o Reino do Pai para que em nossas necessidades confiemos em sua misericórdia.

Contemplação:  perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.

Oração final: Alma de Cristo, santificai-me. Corpo de Cristo, salvai-me. Sangue de Cristo, inebriai-me. Água do lado de Cristo, purificai-me. Paixão de Cristo, confortai-me. Ó bom Jesus, ouvi-me. Dentro de vossas chagas, escondei-me. Não permitais que eu me separe de vós. Do espírito maligno defendei-me. Na hora da morte, chamai-me, e mandai-me ir para Vós, para que com todos os santos vos louve. Por todos os séculos dos séculos. Amém.

Nos próximos dias, em particular entre o domingo 27 e a terça-feira 29 de junho, festa dos Santos Pedro e Paulo, realiza-se nas igrejas de todo o mundo as ofertas do Óbolo de São Pedro, a tradicional coleta para apoiar a caridade do Bispo de Roma para com quem mais precisa e seu serviço às Igrejas do mundo por meio da Cúria Romana. No ano da pandemia foram inúmeras as intervenções para responder às necessidades e emergências, com atenção particular às populações que vivem em condições mais desfavorecidas.

Ajudemos o Papa a ajudar.

Pe. Giovanni Pontarolo,

LEITURA ORANTE – 26/06/2021

12 Comum Sábado

Mt 8,5-17

Em Cafarnaum cura do servo do centurião e da sogra de Pedro.

Oração invocando: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.

5 Entrou Jesus em Cafarnaum. Um centurião veio a ele e lhe fez esta súplica: 6 Senhor, meu servo está em casa, de cama, paralítico, e sofre muito. 7 Disse-lhe Jesus: Eu irei e o curarei. 8 Respondeu o centurião: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra e meu servo será curado. 9 Pois eu também sou um subordinado e tenho soldados às minhas ordens. Eu digo a um: Vai, e ele vai; a outro: Vem, e ele vem; e a meu servo: Faze isto, e ele o faz…* 10 Ouvindo isto, cheio de admiração, disse Jesus aos presentes: Em verdade vos digo: não encontrei semelhante fé em ninguém de Israel. 11 Por isso, eu vos declaro que multidões virão do Oriente e do Ocidente e se assentarão no Reino dos céus com Abraão, Isaac e Jacó, 12 enquanto os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes.* 13 Depois, dirigindo-se ao centurião, disse: Vai, seja-te feito conforme a tua fé. Na mesma hora o servo ficou curado. 14 Foi então Jesus à casa de Pedro, cuja sogra estava de cama, com febre. 15 Tomou-lhe a mão, e a febre a deixou. Ela levantou-se e pôs-se a servi-los. 16 Pela tarde, apresentaram-lhe muitos possessos de demônios. Com uma palavra expulsou ele os espíritos e curou todos os enfermos. 17 Assim se cumpriu a predição do profeta Isaías: Tomou as nossas enfermidades e sobrecarregou-se dos nossos males (Is 53,4).

Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.

Os pagãos não tiveram profetas como o povo de Israel, eram desprezados como pecadores e os judeus não entravam nas casas dos pagãos para não se contaminar. O centurião não pertence ao povo judeu, é pagão, mas é solidário com o seu servo e com humildade pede a cura dele.

Sendo que o povo pensava que Jesus devia estar perto do doente para curar, o Senhor e se dispõe ir até a casa do centurião e atender ao pedido.

8 Respondeu o centurião: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra e meu servo será curado. O soldado romano pede a cura porque tem fé em Jesus, mas é pagão e sente-se indigno de receber o Senhor. Então por respeito confessa que não é necessário ir até a casa dele, basta que ele dê uma ordem de longe para curar. A fé do centurião é simples e humilde, e Jesus se alegra por esta disposição que é própria do reino de Deus, e vê que pagãos e estrangeiros, povos de todas as nações entrarão no Reino de Deus em maior número do que os judeus. Os judeus são os filhos do Reino porque preparados pelos profetas, mas por orgulho recusam aceitar Jesus e seu ensinamento, assim se excluem do Reino de Deus.

Jesus não é um curandeiro, mas o missionário do amor do Pai, não cura todos, mas alguns que pedem com fé humilde. É a fé em Jesus que salva. Jesus cura porque tomou sobre si as nossas enfermidades. Todos são convidados a participar do Reino de Deus. Depende das atitudes de cada um: humildade, solidariedade para sermos capazes de acolher o Reino do Cristo que vem.

Em Cafarnaum Jesus prega na sinagoga e depois vai para a casa de Simão Pedro. A sogra de Simão Pedro está com febre alta e Jesus a cura. Agradecida, imediatamente se levanta e começa a servi-los. Durante o dia de sábado era proibido trabalhar, carregar doentes, curar. Então os judeus esperam chegar a noite para levar os doentes, e Jesus atende a todos os que pedem. Jesus não para, vai onde estão as pessoas porque sente que esta é a missão recebida do Pai, cumpriu a predição do profeta Isaías: Tomou as nossas enfermidades e sobrecarregou-se dos nossos males (Is 53,4). Cafarnaum é a cidade que ele mais favorece com sua pregação e seus milagres.

ORAR: Para dar minha resposta a Jesus.

Senhor Jesus, quero ser fiel ao evangelho, e não cristão somente de sacramentos, sem compromisso. Dá-me uma fé simples e humilde, que acolhe a graça do Espírito Santo, fiel às suas inspirações, também quando são contrárias à opinião do mundo. Me dá a sensibilidade de reconhecer todo o bem que fazem as pessoas ao meu redor, também se não frequentam a Igreja junto comigo, porque o que vale é a humildade perante Deus e o amor ao próximo.

Contemplação:  perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.

Os capítulos 8-10 do Evangelho de Mateus apresentam Os missionários do Reino de Deus.Mateus narra a atividade missionária de Jesus nos povoados ao redor do Mar da Galileia: Uma série de dez milagres mostra Jesus anunciando o Reino do amor de Deus a todos os necessitados, pobres e doentes. Ele é o servo de Deus que carrega as enfermidades do povo. Em seguida Jesus envia seus discípulos como missionários do Reino de Deus, e com o Sermão da missão e indica como deverão cumprir esta missão.

Pe. Giovanni Pontarolo

LEITURA ORANTE – 25/06/2021

12 Comum Sexta f.

Mt 8,1-4

Cura de um leproso.

Oração: Vinde, Espírito Santo

Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.

1 Tendo Jesus descido da montanha, uma grande multidão o seguiu. 2 Eis que um leproso aproximou-se e prostrou-se diante dele, dizendo: Senhor, se queres, podes curar-me. 3 Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse: Eu quero, sê curado. No mesmo instante, a lepra desapareceu. 4 Jesus então lhe disse: Vê que não o digas a ninguém. Vai, porém, mostrar-te ao sacerdote e oferece o dom prescrito por Moisés em testemunho de tua cura.*

Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.

Naquele tempo o doente de lepra era excluído da comunidade porque tinha chagas incuráveis, era proibido tocar nele para evitar se contagiar.

O leproso confia que Jesus pode curar, porque é Messias enviado por Deus. Jesus acolhe com solidariedade este pedido humilde e cura: toca nele e o reintegra na comunidade. Pelo fato de ter tocado o leproso, Jesus terá alguma dificuldade da parte das autoridades.

A cura devia ser verificada pela autoridade, que neste caso era o sacerdote do lugar, que devia receber também o dom prescrito pela legislação de Moisés.

Hoje há muitos excluídos da comunidade, são considerados descartáveis porque não oferecem lucro para as empresas. É necessário reintegrá-los, devolvendo-lhes sua dignidade humana. Jesus é Deus que quer curar todo mundo também hoje, ele cura através de nossa ação, quando fazemos o bem, quando tiramos alguém do sofrimento, da marginalização. O Pai através de nós quer fazer o bem a todos os seus filhos, devemos sempre dizer: Eu quero o seu bem. Eu quero partilhar com você os dons que o Pai me deu.

Oração: é a minha resposta a Deus é louvor e adoração, é intercessão e ação de graças.

Jesus você tocou o leproso, sem se importar com as leis da pureza legal e com as consequências para você. Você mesmo disse: o que você tiver feito ao menor dos destes mais pequeninos você fez para mim. Hoje nós podemos “tocar a carne sofrida de Cristo” indo ao encontro de todos os que sofrem, sem medo de sujar as mãos, de gastar tempo com eles.

Contemplação:  perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.

Oração final: Alma de Cristo, santificai-me. Corpo de Cristo, salvai-me. Sangue de Cristo, inebriai-me. Água do lado de Cristo, purificai-me. Paixão de Cristo, confortai-me. Ó bom Jesus, ouvi-me. Dentro de vossas chagas, escondei-me. Não permitais que eu me separe de vós. Do espírito maligno defendei-me. Na hora da morte, chamai-me, e mandai-me ir para Vós, para que com todos os santos vos louve. Por todos os séculos dos séculos. Amém.

Pe. Giovanni Pontarolo

LEITURA ORANTE – 24/06/2021

NATIVIDADE DE SÃO JOÃO BATISTA

Solenidade

Lc 1,57-68.80

Nascimento de João Batista: “Que virá a ser este menino?”

Oração: Vinde, Espírito Santo

Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.

57 Completando-se para Isabel o tempo de dar à luz, teve um filho. 58 Os seus vizinhos e parentes souberam que o Senhor lhe manifestara a sua misericórdia, e congratulavam-se com ela. 59 No oitavo dia, foram circuncidar o menino e o queriam chamar pelo nome de seu pai, Zacarias. 60 Mas sua mãe interveio: Não, disse ela, ele se chamará João. 61 Replicaram-lhe: Não há ninguém na tua família que se chame por este nome. 62 E perguntavam por acenos ao seu pai como queria que se chamasse. 63 Ele, pedindo uma tabuinha, escreveu nela as palavras: João é o seu nome. Todos ficaram pasmados. 64 E logo se lhe abriu a boca e soltou-se-lhe a língua e ele falou, bendizendo a Deus. 65 O temor apoderou-se de todos os seus vizinhos; o fato divulgou-se por todas as montanhas da Judéia. 66 Todos os que o ouviam conservavam-no no coração, dizendo: Que será este menino? Porque a mão do Senhor estava com ele. 80 O menino foi crescendo e fortificava-se em espírito, e viveu nos desertos até o dia em que se apresentou diante de Israel.

Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.

A Igreja desde os primeiros tempos celebrou o nascimento de João Batista seis meses antes do Natal, celebrando o profeta que deu a vida para preparar o povo para Jesus. João Batista é o maior entre os profetas (Lc 7,26-28), é dito “o Precursor do Messias” porque apontou o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1,29.36). Sua vocação profética desde o ventre materno reveste-se se acontecimentos extraordinários, repletos de júbilo messiânico, que preparam o nascimento de Jesus (cf. Lc 1,14.58). O Espírito Santo santificou o Batista para melhor anunciar e preparar o Messias: esse é o seu carisma.

Quando o menino nasceu, os parentes se alegraram com o casal que finalmente podia apertar em seu colo um filho, o herdeiro da família. Mas não sabiam nada do misterioso plano de Deus a respeito do menino. Estavam ansiosos para escolher o nome da criança, indicando que seria o sucessor da família de Zacarias. Deus tinha outros planos, conhecidos apenas pelos pais do menino, que tinham mais sabedoria e fé no Espírito Santo. O seu nome é João: o nome indica que Deus é benévolo, e começa a salvar seu povo.

Zacarias sente a ação do Espírito que inspirava os profetas e louva a Deus. Em todo acontecimento, alegre ou triste, devemos louvar a ação salvadora de Deus em nosso favor, como fez Zacarias. Os parentes esperavam de Zacarias um filho herdeiro do Pai. Zacarias sabe que o filho não será o herdeiro continuador da sua família humana, mas será consagrado para cumprir uma missão superior, por isso louva a Deus.

João é o “último profeta do Antigo Testamento”, ele anuncia o Messias que foi longamente esperado pelos profetas e os humildes do Povo de Israel. Ele prepara o caminho para o Messias com a palavra, a vida, e o batismo de penitência que é a figura do Batismo segundo o Espírito. Sente-se feliz em diminuir e desaparecer na frente do povo, para que o Messias possa crescer. Essa é a grandeza da sua missão.

Todos os pais tem sonhos a respeito de seus filhos, mas louvem a Deus quando o filho tem uma vocação superior. São muitas as coisas que devem ser feitas para a salvação dos homens. Entre elas, precisamos aprender a esperar pela hora certa e reconhecer os sinais da vontade de Deus. Precisamos, mais ainda, vencer a tentação de querer “substituir” o Espírito Santo”.

Oração: é a minha resposta a Deus é louvor e adoração, é intercessão e ação de graças.

Senhor Jesus, você elogiou o Batista como “o maior” entre os profetas do Antigo Testamento, mas acrescentou que “o menor no Reino de Deus” é ainda maior do que ele, porque é batizado no seu Espírito e recebe a missão de continuar neste mundo a ação salvadora de Jesus. Que seu Espírito não me deixe acomodado nos sacramentos recebidos, e que eu consiga discernir a necessidade que pede minha atividade em favor dos meus irmãos.

Contemplação:  perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.

Pe. Giovanni Pontarolo

LEITURA ORANTE – 23/06/2021

12 Comum Quarta f.

Mt 7,15-20

Guardai-vos dos falsos profetas!

Oração invocando: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.

15 Guardai-vos dos falsos profetas. Eles vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos arrebatadores. 16 Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinhos e figos dos abrolhos? 17 Toda árvore boa dá bons frutos; toda árvore má dá maus frutos. 18 Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má, bons frutos. 19 Toda árvore que não der bons frutos será cortada e lançada ao fogo. 20 Pelos seus frutos os conhecereis.

Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.

Guardai-vos dos falsos profetas, pelos seus frutos os conhecereis. Jesus prevê que sempre haverá pessoas interesseiras que enganam aos outros por orgulho, por ganância. Realmente vivemos em um mundo em que há muitas trapaças, muitas ilusões. Isso acontece não somente no mundo, mas também na comunidade da Igreja. Sempre aparecem pessoas que exploram a fé do povo, muitos cristãos simples são vítimas desses falsos profetas. Jesus ensina como saber distinguir o profeta de Deus e o falso profeta. Importante é olhar os frutos, as suas ações. É profeta de Deus se está fazendo as coisas do jeito de Jesus, por amor desinteressado. É falso profeta se está puxando as pessoas para seu lado, procurando vantagens próprias, querendo aparecer, disfarçar, mentir. É falso profeta quem não ama os outros, mas os julga e condena. É falso profeta quem não anuncia Jesus Cristo crucificado, para nos salvar, mas só fala em sucesso e bem estar.

19 Toda árvore que não der bons frutos será cortada e lançada ao fogo. Falsos profetas existiam também nas primeiras comunidades cristãs. Os Apóstolos São Paulo, São João em suas cartas esclarecem os cristãos e pedem a seus bispos para corrigi-los, e tirar da comunidade quem não se corrigir. Quem escandaliza a comunidade será cortado e merece o fogo do inferno. São Paulo nos ensina quais são os frutos da carne: o egoísmo, a luxúria, o orgulho, a falsidade. E quais são os frutos do Espírito: a paz, a alegria, a bondade e a generosidade.

Oração: é a minha resposta a Deus é louvor e adoração, é intercessão e ação de graças.

Jesus, dá-me o discernimento para distinguir o que é segundo Deus e o que me afasta dele, que eu seja generoso no seguir as inspirações do espírito bom que me leva a servir aos irmãos com humildade. Senhor, que eu não seja falso profeta sendo relaxado na comunidade, ou pior fazendo os meus interesses.

Contemplação:  perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizou no sábado, 19 de junho, um dia de orações em memória dos 500 mil mortos pelo novo coronavírus, para manifestar solidariedade, esperança e consolo.

Com o mote de que “Toda vida importa“, as Igrejas também foram convocadas a repicarem seus sinos às 15h, como uma forma de manifestação e solidariedade e conforto às famílias impedidas de vivenciar o luto.

Pe. Giovanni Pontarolo

Encontro com Cristo

Será que somos nós que vamos ao encontro de Cristo ou será que é Ele quem vem ao nosso encontro?

Muitas são as desculpas que inventamos para não ir ao encontro Dele, mas Jesus quer nos encontrar e sempre dá um “jeitinho” muito próprio. Antes da chegada de Jesus, Deus já preparava a humanidade para esse momento, inúmeros foram os profetas que anunciavam….até o dia em que Jesus nasceu.

Muitos o encontraram outros Ele encontrou. Na Bíblia encontramos muitos relatos de encontros, tais como; o encontro no templo quando Jesus era apenas um menino, o encontro com João Batista, com cada um dos apóstolos, o cego de nascença em Siloé,o paralitico em Cafarnaum, a samaritana no poço de Jacó, enfim são vários os encontros de Jesus.

Diante de cada encontro concluímos que as pessoas renasciam, encontravam no Nazareno a alegria de renascer, a esperança, a salvação e acima de tudo o Amor que sua presença sempre expressava, com isso crescia dentro de todos a necessidade de anunciar esse sentimento ao maior número de pessoas, afim de que todos soubessem que esse sentimento é universal e infinito, foi assim naquele tempo, é assim hoje e será assim enquanto dois ou mais estiverem reunidos em seu nome.

– Patrícia Aparecida Lemes Pereira

O papel dos catequistas na construção da igreja doméstica

Desde a vinda de Cristo tivemos os apóstolos para nos transmitir os ensinamentos Dele. Diante de tantos discípulos deixados, também tivemos vários dons recebidos por eles, dom da cura, dom das línguas, dom da profecia, e alguns ministérios como os da Palavra e da Eucaristia, foram também instituídos.

A catequese também tem seu lugar como ministério, para difundir a alegria do Evangelho de Jesus e o Amor do Pai em comunhão com o Espirito Santo. Quando assumimos esse ministério, sabemos o compromisso que temos com a comunidade, com a Igreja, e acima de tudo com o compartilhar a Palavra de Deus.

Quando saímos em missão para evangelizar em nossa comunidade, é como dizer sim a Deus, e um sim também a quem tem sede de conhecer a Boa Nova na mensagem de Jesus Cristo, com isso podemos possibilitar que essa sede seja saciada através da descoberta da própria vocação pessoal, dando assim uma direção, um sentido à vida cristã, tendo o Cristo como modelo a ser seguido.

O dom de dividir o conhecimento da Palavra, faz parte da aceitação do chamado de Jesus para sermos seus discípulos. Como catequistas nós proclamamos nossa fé e testemunhamos a Boa Nova com histórias de nossa própria vida, tentando assim preparar os catecúmenos para a vida cristã em comunidade. Esse processo de transmissão da Palavra tem sentido de mão dupla, porque ao mesmo tempo em que ensinamos, também aprendemos, e essa é outra graça que a Catequese nos concede quando nos dispomos por inteiro em assumir a missão que Cristo nos confiou.

E é com esperança sempre renovada, que acreditamos que a cada Igreja doméstica fundada pela ação de nossos catecúmenos, nossa partilha da Palavra tenha sido frutífera e cheia do vigor que precisamos para transformar nossa realidade, na realidade que Cristo anunciou.

– Sandra Mara de Souza

JOÃO BATISTA: O nascimento

João é um homem que só Deus poderia dar a Israel. Na origem de sua história há uma mulher estéril e idosa, Isabel, e há um pai no templo, também nos anos: eles são os pobres do Senhor, “os justos diante de Deus”. Nada pode condicionar a escolha de Deus, nem isso pode ser impedido por limitações humanas como a velhice e a esterilidade: Deus requer apenas que haja predisposição, expectativa, fé.

Quando João nasce, recebe um nome que fixa para ele a vocação e a missão, o nome dado por Deus através do anjo: João, dom de Deus, será chamado de profeta do Altíssimo, que irá “diante do Senhor a preparar os seus caminhos”

Toda a atividade e existência de João são expressas e – poderíamos dizer – esgotadas, por ser testemunhas de Cristo. João é todo atraído, magnetizado por Àquele que está por vir. Ele sente que entre ele e o Cristo há uma distância abismal, não é digno de oferecer o serviço humilde de um escravo: “desatar as sandálias de seu mestre”.

Sua pessoa, sua existência e sua atividade encontram a sua dobradiça em Jesus, nele encontra sua explicação. Para Isabel o tempo foi cumprido e o filho nasceu. As crianças veem a luz como cumprimento de um projeto, veem de Deus, trazem com elas faíscas de infinito, alegria e palavras de Deus, não nascem por acaso, mas por profecia.

“No oitavo dia foram circuncidar o menino e a mãe pronunciou o nome a dar-lhe : se chamará João “, que significa em hebraico: Dom de Deus. Se manifesta aqui um derrubamento revolucionário das partes: o sacerdote, Zacarias, cala e a mulher pega a palavra!

Isabel compreendeu que a vida, o amor que sente bramir, dentro de si, são um pedaço de Deus; que a identidade de seu filho é para ser um presente para todos. E esta é também a profunda identidade de todos nós: o nome profundo de cada criança é: “dom perfeito”, dom de Deus.

A palavra ficava encerrada dentro dela , até que a mulher fosse mãe e casa de profeta, enquanto Zacarias permaneceu em silêncio porque ele não havia acreditado no anúncio do anjo. Ele fechou o ouvido do coração e desde então, perdeu sua palavra. Ele não ouviu, e agora ele não tem mais nada a dizer.

Indicações que fazem pensar! Quando nós crentes, nós sacerdotes, perdemos a referência à Palavra de Deus e da vida, nos tornarmos áfonos (sem palavra), insignificantes, nós não enviamos mais mensagem para ninguém.

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Os profetas ainda existem, eles estão presentes entre nós. Eles são homens e mulheres que vivem o Evangelho com simplicidade e convicção: o casal que amplia suas casas para levar em custódia uma criança ferida na alma, o jovem que dedica algum tempo para manter as crianças e educá-las para a vida, a consagrada que consome dias e saúde para dar esperança ao desesperado.

Estamos cercados por testemunhas silenciosas, por milhares de profetas que testemunham Jesus, como João Batista. Estamos nos acostumando ao pessimismo, mesmo na Igreja, uma pequena e briguenta lógica mundana prevalece. Não deve ser assim entre nós: a profecia nos ajuda a captar os sinais luminosos que nos alcançam na vida cotidiana

Novos tempos exigem novas formas de viver e anunciar o Evangelho. Portanto, devem ser as nossas comunidades cristãs chamadas a ler o presente à luz do Evangelho para dar esperança ao nosso mundo inquieto.

Como João, somos chamados a viver e propor a conversão dos corações, a acolher a Deus que vem, a denunciar o abuso e a injustiça, com mansidão, mas com decisão, dentro e fora da Igreja, para ser pelo menos um pouco de transparência de Deus.

Pe Gianfranco Vianello

NB. Sobre o texto do Benedictus, o Hino de louvor de Zacarias, ao nascimento do filho João, é disponível uma reflexão bíblica, recolhida num pequeno livro “O sol que vem do Alto” Editora Mundo e Missão, proposto por padre Gianfranco Vianello, Pime.