LEITURA ORANTE – 23/10/2021
30 Comum Segunda
Lc 13,10-17
Cura de uma mulher encurvada.
Vinde, Espírito Santo, oração espontânea
Leitura: Pela Palavra inspirada Deus se manifesta a seus filhos.
10 Estava Jesus ensinando na sinagoga em um sábado. 11 Havia ali uma mulher que, havia dezoito anos, era possessa de um espírito que a detinha doente: andava curvada e não podia absolutamente erguer-se. 12 Ao vê-la, Jesus a chamou e disse-lhe: Estás livre da tua doença. 13 Impôs-lhe as mãos e no mesmo instante ela se endireitou, glorificando a Deus. 14 Mas o chefe da sinagoga, indignado de ver que Jesus curava no sábado, disse ao povo: São seis os dias em que se deve trabalhar; vinde, pois, nestes dias para vos curar, mas não em dia de sábado.* 15 Hipócritas!, disse-lhes o Senhor. Não desamarra cada um de vós no sábado o seu boi ou o seu jumento da manjedoura, para os levar a beber? 16 Esta filha de Abraão, que Satanás paralisava há dezoito anos, não devia ser livre desta prisão, em dia de sábado? 17 Ao proferir estas palavras, todos os seus adversários se encheram de confusão, ao passo que todo o povo, à vista de todos os milagres que ele realizava, se entusiasmava.
Meditação: Na leitura da Palavra o que chama minha atenção? Que sentimentos, apelos desperta em mim?
Jesus está na Judeia, onde os escribas e fariseus mantinham forte controle sobre a observância religiosa. É dia de sábado e Jesus vai à sinagoga. Na frente de Jesus está uma situação triste. Uma mulher doente encurvada, oprimida pelo espírito do mal, incapaz de se endireitar. Jesus se comove ao ver o sofrimento desta mulher e a liberta do poder do espírito do mal.
Enquanto o povo se alegra e louva a Deus pelas maravilhas que Jesus faz, os inimigos ficam confusos. O chefe da sinagoga quer conservar a sua autoridade e critica a mulher que está na frente de Jesus, mas na realidade ele quer criticar Jesus que curou em dia de sábado.
E Jesus corrige o fariseu: “Você leva seu boi ou jumento na fonte para beber também em dia de sábado? Vocês são hipócritas porque interpretam a lei em modo duro para os pobres e em modo brando para vocês, para seus interesses”. Assim Jesus ajuda o povo a entender o verdadeiro sentido do descanso semanal.
Hoje nós cristãos dizemos que o domingo é o Dia do Senhor para o nosso encontro com o Pai e para a convivência com a família, mas a opinião comum divulga que domingo é fim de semana para lazer.
Oração: Eis-me aqui ao serviço do Senhor……. Louvar, amar, pedir, agradecer, pedir perdão, sorrir, chorar, prometer.
Jesus, o povo se alegra vendo as curas e os milagres, mas você está querendo mostrar que o dia do descanso é para se encher de compaixão e fazer as obras de misericórdia para os necessitados. Ajuda-nos a compreender que o domingo é o dia da ressurreição, festa da vida, e aumentar as atenções para a nossa família e a comunidade. Ajuda-nos também a entender que uma lei deve ser entendida em favor do ser humano.
Contemplação: Deixar-me envolver pelas coisas de Deus. Em cada pessoa que encontro, em cada acontecimento é Jesus que vive, se alegra, sofre e necessita de mim.
Hoje a Igreja no Brasil celebra Santo Antônio de Sant’Anna Galvão. Nasceu em ambiente familiar profundamente religioso. Foi ordenado sacerdote no dia 11 de julho de 1762, sendo destinado para o Convento de São Francisco em São Paulo onde atuava como confessor, pregador e porteiro do convento. Conhecido como “o homem da paz e da caridade”.
Cheio do espírito da caridade, não media sacrifícios para aliviar os sofrimentos alheios. Por isso o povo a ele recorria em suas necessidades. Em 1774, fundou o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência, Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz que se tornou um lar para meninas que desejavam viver uma vida religiosa sem fazer votos. Frei Galvão é o religioso cujo coração é de Deus, mas as mãos e os pés são dos irmãos. Toda a sua pessoa era caridade, delicadeza e bondade: testemunhou a doçura de Deus entre os homens. Frei Galvão era um homem de muita e intensa oração, era procurado pelo seu alegado poder de curar doenças numa época em que os recursos médicos eram escassos.
Numa dessas ocasiões, escreveu num pedaço de papel uma frase em latim: “Após o parto, permaneceste virgem: Ó Mãe de Deus, intercedei por nós”. Em seguida, enrolou o papel no formato de uma pílula e deu-o a uma jovem cujas fortes cólicas renais estavam colocando sua vida em risco. Depois que ela tomou a pílula a dor cessou imediatamente e ela expeliu uma grande quantidade de cálculo renal. Em outra ocasião, um homem pediu a Galvão que ajudasse sua esposa, que estava passando por um parto difícil. Galvão fez com que ela tomasse a pílula de papel, e a criança nasceu rapidamente, sem maiores complicações. A história das pílulas se espalhou rapidamente e Galvão teve que ensinar às irmãs do Recolhimento como fabricá-las, o que elas fazem até os dias de hoje. Elas são distribuídas gratuitamente para cerca de 300 fiéis diariamente.
Pe. Giovanni Pontarolo