Jo 15,12-17 = Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.
Oração invocando: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo de vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.
Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.
Leitura: para entender o que o Espírito diz à Igreja.
12 Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo.
13 Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos.
14 Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando.
15 Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai.
16 Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos conceda.
17 O que vos mando é que vos ameis uns aos outros.
Meditação: refletir sobre esta palavra para ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo.
Amai-vos uns aos outros, como eu vos amo Jesus é a origem, o modelo e o alimento do amor ao próximo. Amar como Jesus ama até dar a vida, custa muito, mas é fonte de paz e de alegria.
Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos.
Jesus vem do Pai. Tudo recebe do Pai e tudo transmite a seus discípulos que escolhe e acolhe como amigos. Jesus coloca sua doação aos homens como sua primeira preocupação, acima de qualquer conforto pessoal. Ele está livre do medo de perder alguma coisa material, ou até de perder a própria vida física, porque confia no Pai.
Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando. Só o amigo participa da intimidade da família. Jesus introduz seus discípulos na intimidade das coisas que o Pai lhe dá com a finalidade de produzir os frutos esperados pelo Pai. Somos amigos de Jesus quando nos doamos aos outros como ele se doou. Jesus quer ter conosco uma relação de amizade, quer ser nosso amigo e por isso nos oferece tudo quanto recebe do Pai.
Eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. Jesus reuniu os discípulos e conviveu com eles formando uma comunidade unida no amor. Agora pede a seus discípulos para tudo transmitir uns aos outros.
A fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos conceda. No cumprimento de nossa missão, podemos pedir tudo que necessitamos, e receberemos a pacto de cumprir o grande mandamento: “Amai-vos como eu vos amei”. Quem está na intimidade com Jesus, pede ao Pai e recebe. Naturalmente o primeiro dom a pedir é o Espírito Santo.
O fruto que a comunidade é chamada a produzir é o amor. Ora, Jesus não quer uma adesão como de servos que obedeçam a um patrão, mas uma adesão livre, de amigos. E a amizade é dom: Jesus é o amigo que dá a vida pelos amigos.
A missão da comunidade é resultado do dom livre, discípulos que que participam com alegria da tarefa comum, testemunhando o amor de Deus para suas criaturas.
Oração: é a minha resposta a Deus é louvor e adoração, é intercessão e ação de graças.
Jesus, você nos acolheu como amigos para participar de sua missão de amar-nos uns aos outros como você nos amou. Por isso você nos transmite agora tudo quanto recebe do Pai para o cumprimento de nossa missão que é superior as nossas forças humanas. Devemos ir ao encontro das pessoas que sofrem, e dar-lhes o seu conforto. Devemos ir ao encontro das pessoas cheias de defeitos e falhas sem condená-las, porque também nós temos nossos defeitos. Por isso pedimos o dom do teu Espírito que nos ajude a amar como você amou.
Contemplação: perceber a ação do Espírito nos fatos, nas pessoas, nas criaturas, no mundo, e participar da construção do mundo segundo Deus.
Oração final:
Os missionários do Pime trabalhavam no meio das tribos selvagens da Birmania. Costumavam recolher em orfanatos as crianças que os pais não conseguiam criar por causa de fome, doenças, drogas… O Padre Clemente Vismara chegou a ter até duzentos entre meninos e meninas, e junto com as Irmãs os alimentava, cuidava da saúde e da educação. O mais difícil era encontrar comida para todos: 40-50 kg de arroz por dia, por isso todo dia enviava cartas e pedia ajuda aos benfeitores. Durante a guerra não chegavam ofertas, e ele tentava ganhar algum dinheiro cortando lenha do mato e vendendo para comprar o arroz. Este trabalho lhe provocou uma dor nas costas que o fez sofrer por toda a vida. Ele dizia: são meus filhos, eu os amo, quando vejo que comem me sinto feliz e esqueço os meus problemas. Do meio destas crianças, depois de adultos, surgiram os melhores catequistas, e também padres e freiras.