Jo 13,16-20 = Quem me recebe, recebe aquele que me enviou.
Invocar luz do Espírito de Deus e pedir sua ajuda.
Leitura – Lendo este evangelho eu estou presente perto de Jesus, o que ele está me falando?… a Palavra de Deus é sempre nova e atual.
16 Em verdade, em verdade vos digo: o servo não é maior do que o seu Senhor, nem o enviado é maior do que aquele que o enviou.
17 Se compreenderdes estas coisas, sereis felizes, sob condição de as praticardes.
18 Não digo isso de vós todos; conheço os que escolhi, mas é preciso que se cumpra esta palavra da Escritura: Aquele que come o pão comigo levantou contra mim o seu calcanhar (Sl 40,10).
20 Em verdade, em verdade vos digo: quem recebe aquele que eu enviei recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou.
Meditação – Esta Palavra ilumina minha vida. O que mais toca no meu coração? O que Deus está iluminando na minha vida?
Jesus é o Bom Pastor. Toda a vida de Jesus foi serviço para que Deus reinasse no coração de seus discípulos. Nos três anos de evangelização Jesus lavou e purificou seus discípulos. Ele forma discípulos e os envia como pastores para apascentar e conduzir o seu rebanho.
Mas como é difícil a pessoa que tem autoridade colocar-se no serviço humilde, de joelhos como Jesus, até na frente de quem depois o trairá.
O servo não é maior do que o seu Senhor, nem o enviado é maior do que aquele que o enviou. O discípulo não pode considerar-se superior ao Mestre, e muito menos dono do rebanho que está conduzindo a nome de Jesus, porém Jesus sabe que no meio dos discípulos sempre haverá alguns interesseiros que traem Jesus como fez Judas. Judas traiu porque colocava si mesmo em primeiro lugar.
“Desde já vo-lo digo, antes que aconteça, para que, quando acontecer, creiais e reconheçais que eu sou”. “Quando eu for traído, não se preocupem: eu já vos avisei”. Jesus é o Filho que sempre ama e obedece ao Pai, ele cumpre as escrituras até convivendo com amor com o discípulo que o entrega aos inimigos. Os discípulos não devem se escandalizar por causa desta traição. Ele já está sabendo o que vai acontecer, e avisa antes que aconteça a paixão, a fim de que, depois da ressurreição, “creiais, EU SOU O FILHO que cumpre a vontade do Pai. Jesus é o filho de Deus que se entrega totalmente até ao traidor.
Neste tempo de Páscoa meditamos como Jesus envia seus discípulos continuar seu serviço no meio da comunidade humana, e garante que tudo o que será feito para estes discípulos-servos, é feito a Jesus, é acolhido pelo Pai que enviou Jesus: “Quem vos recebe, a mim recebe. Que me recebe, recebe aquele que me enviou”.
E nós sempre devemos acolher com o coração aberto o irmão em qualquer modo ele se apresente, porque nele estaremos acolhendo e servindo Jesus.
Também não podemos nos maravilhar se também hoje na comunidade da Igreja acontecem escândalos e traições.
ORAR: Para dar minha resposta a Jesus.
Jesus, que eu acolha você sempre com o coração aberto, em qualquer modo você se apresente. Que eu não seja como Judas que abandonou você quando viu que não servia mais aos seus interesses de grandeza. Mas que eu realize o seu desejo de servir, cumprindo a missão que você me confiou.
Contemplação – Esta Palavra me leva a ver a mim e aos outros com o olhar de Jesus.
Esta contemplação me leva a um compromisso, uma ação, um gesto concreto.
Durante a Audiência geral nesta quarta feira Papa Francisco lembrou:
“Durante a minha permanência em Budapeste pude sentir o afeto de todos os húngaros.
As raízes cristãs do povo húngaro foram colocadas à prova.
Entre estas raízes estão sobretudo os santos. Os santos nos recordam que Cristo é o nosso futuro.
Contudo, as sólidas raízes cristãs do povo húngaro foram colocadas à prova pela opressão nazista, com a trágica deportação de uma grande população judaica. Mas nesse genocídio atroz, muitos se distinguiram pela resistência e capacidade de proteger as vítimas, e isto foi possível porque as raízes da convivência eram firmes.
Durante a perseguição ateia do século XX, perseguição perigosa levada adiante pelo consumismo: os cristãos foram atingidos violentamente, com bispos, sacerdotes, religiosos e leigos assassinados ou privados da liberdade”. “Mas, enquanto se procurava cortar a árvore da fé, as raízes permaneceram intactas: foi uma Igreja escondida, mas viva, forte com a força do Evangelho.”
“Ainda hoje a liberdade está ameaçada, Como? Sobretudo com as luvas brancas, com um consumismo que anestesia, com as pessoas se contentam com um pouco de bem-estar material e, esquecendo o passado, “flutuam” num presente feito à medida do indivíduo”, disse o Papa. “Esta é a perseguição perigosa da mundanidade levada adiante pelo consumismo. Mas quando a única coisa que conta é pensar em si mesmo e fazer o que bem entender, as raízes sufocam”.
Na Europa inteira estão em crise o dedicar-se ao próximo, o sentir-se comunidade, a beleza de sonhar em conjunto e de criar famílias numerosas. A Europa inteira está em crise. Então, reflitamos sobre a importância de preservar as raízes”.
Oração final
Alma de Cristo, santificai-me. Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me. Água do lado de Cristo, purificai-me.
Paixão de Cristo, confortai-me. Ó bom Jesus, ouvi-me.
Dentro de vossas chagas, escondei-me. Não permitais que eu me separe de vós.
Do espírito maligno defendei-me. Na hora da morte, chamai-me,
e mandai-me ir para Vós, para que com todos os santos vos louve.Por todos os séculos dos séculos. Amém.