
23° Domingo do Tempo Comum
Evangelho: muita gente acompanhava Jesus, pensando que estava próximo o dia do seu triunfo. Jesus desfaz os sonhos dessa gente. E apresenta três condições para ser realmente seu discípulo.
Primeiro: colocar em primeiro lugar Jesus e, em segundo lugar, tudo o resto:
a família e até a própria vida. Muitos tem admiração por Jesus, mas ficam só nisso. Depois vivem como querem. “Jesus em primeiro lugar” é viver conforme manda o Evangelho.
Segundo: carregar a própria cruz, isto é se sacrificar e oferecer a própria vida aos irmãos.
Terceiro: renunciar a tudo o que se possui. O que temos não é só para nós, mas para ser compartilhado com os outros.
Depois Jesus faz o exemplo do construtor de uma torre e de um rei que quer fazer uma guerra. É preciso pensar bem, antes de iniciar uma obra. Podemos usar o exemplo também do casamento. Quem casa despreparado e não está disposto a renunciar a tantas coisas, corre o risco de fracassar. Assim é para o seguimento de Jesus.
Quem é então o discípulo de Jesus? Quem é capaz de renunciar a tantas coisas, boas e más, e é capaz de amar e se doar aos irmãos.
2a leitura: a história de um escravo
Paulo tinha batizado Onésimo, um escravo fugitivo. O manda de volta ao seu patrão, levando consigo uma cartinha em que pede a Filêmon que o receba de volta, não como era antes, mas como um irmão em Cristo. Essa cartinha entrou a fazer parte da Bíblia.
Paulo sabe que, para a lei dos homens, a escravidão vai continuar. Ele não tem condição de mudá-la. Mas dentro da Comunidade cristã, o patrão e o escravo devem viver doravante como dois irmãos e ambos tem um só Senhor, Jesus Cristo, a quem devem servir.
O Pastor americano Martin Luther King, lider do movimento negro norte americano, que morreu assassinado, afirmou:
“Aprendemos a voar como os pássaros, aprendemos a nadar como os peixes, mas não aprendemos a conviver
como irmãos!”.
Até quando?
Pe. Luiz Mandelli