LIÇÕES DA EPIFANIA

A narração de Mateus parece um conto para crianças. Mas não é. É uma grande catequese, rica de ensinamentos. Há nos Evangelhos duas narrações paralelas. Uma de Lucas:  numa noite escura, uns pastores foram envolvidos numa grande luz e foram convidados a ver um menino recém-nascido. Os pastores não eram santos. Eram pessoas afastadas de Deus, com fama de ladrões. Viviam dia e noite com os animais, indivíduos então impuros, que não conheciam nem praticavam a Lei. Faziam parte da categoria dos “pecadores”, excluídos da vida religiosa, excluídos da salvação. Mas são os primeiros e os únicos a ver o Salvador, que nasceu para eles.

A outra narração é de Mateus:  ele não fala de pastores, mas de Magos. Numa noite escura viram uma estrela, uma grande luz. Quem eram esses magos? Pagãos, afastados da fé no verdadeiro Deus. Adoradores dos ídolos, desprezados pelos Hebreus porque idólatras, não dignos da salvação. Mas são esses Magos que são chamados a homenagear o recém-nascido Rei dos Judeus.

Qual é então o significado dessa festa? O amor de Deus é universal, para todos. Não há ninguém no mundo que deve se sentir excluído do amor de Deus. Nem você, meu irmão. Nem você, minha irmã. (Pe. Luiz)